O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), minimizou a reforma ministerial feita pelo presidente Jair Bolsonaro. Em coletiva de imprensa, o senador disse que a atitude de Bolsonaro é “comum”.
Após o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, entregar o cargo na tarde desta segunda, os comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército fizeram o mesmo nesta manhã. Sobre o ocorrido, o presidente do Senado disse que “enxerga os fatos com naturalidade”, e que isso “precisa ser tratado dentro do universo das forças armadas”.
Pacheco reforçou que as Forças Armadas atuam sob o compromisso constitucional de não promover a guerra, mas de promover a paz, além de garantir a manutenção do estado democrático de direito. O presidente do Congresso defendeu que não seja permitido que "cortinas de fumaça" desviem o foco do combate à pandemia. "Eu não me permito fazer nenhum tipo e especulação", afirmou.
Foi a primeira vez que o presidente do Congresso Nacional se pronunciou sobre as mudanças. Na tarde de ontem, após a renúncia do então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que foi cobrado pelo Senado sobre os atrasos nas negociações internacionais de compra das doses de vacinas, o senador mudou o status de sua conta no twitter de público para privado. Até o momento, os tweets seguem bloqueados.
Questionado sobre o Projeto de Lei 1074/2021, que dá “superpoderes” ao presidente Bolsonaro permitindo que ele decrete “estado de mobilização nacional” durante a pandemia de covid-19, Pacheco disse não conhecer a matéria a fundo, mas que o foco do Congresso deve ser a ampliação da vacinação, o enfrentamento da pandemia e a redução no número de mortos vítimas da covid no Brasil.
Fonte: Congresso em Foco