Cotidiano

Macapá apresenta o pior Índice de Desenvolvimento entre as capitais brasileiras





 

A capital amapaense apresentou um índice de 0,6, considerado o pior entre 2011 a 2016. Florianópolis é a cidade com o melhor desempenho na pesquisa.

 

O resultado negativo obtido na pesquisa mostra que o município de Macapá ocupa a última colocação das capitais brasileiras quando se trata de desenvolvimento nas áreas da Educação, Saúde e Emprego. Os dados são da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) e fazem parte do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) divulgados na última semana.

Na média geral das capitais brasileiras, o município apresentou o índice de 0,6446, ficando atrás de Manaus (0,6931); Maceió (0,6918) e Belém (0,6918). Esse é o pior resultado obtido pelo município no período de 2011 a 2016. No topo da lista estão Florianópolis (0,8583); Curitiba (0,8513) e São Paulo (0,8370). A média geral do Brasil é de 0,6678.

Os dados obtidos em relação ao Brasil mostrou que em 2016 o índice voltou a subir, interrompendo uma série de duas quedas seguidas. A partir de 2014, o país mergulhou em uma forte recessão, o que fez com que os indicadores de mercado de trabalho acumulassem perdas recordes.

Na comparação entre os municípios do Amapá, a capital Macapá atingiu a melhor média somente no setor de Emprego e Renda, ficando com 0,5819, seguido por Porto Grande (0,4181); Itaubal (0,4153) e Pedra Branca (0,4084). A pior média nesse setor ficou com Laranjal do Jari (0,2008).

No setor da Saúde, as melhores pontuações do estado ficaram com Serra do Navio (0,8382); Vitória do Jari (0,7480); Itaubal (0,7288) e Ferreira Gomes (0,7125). Macapá (0,7054) ficou com a 5º posição.

No setor da Educação, Santana (0,6737) ficou com a melhor pontuação, seguido de Macapá (0,6464); Ferreira Gomes e Porto Grande ambos com a mesma média (0,6374) e Itaubal (0,6320).

Regiões

O IFDM revela as enormes disparidades regionais que ainda existem no país. O Sul continua apresentando-se como a região mais desenvolvida, sua composição 98,8% dos municípios são classificados com desenvolvimento moderado ou alto, e nenhum município classificado em baixo desenvolvimento. A Região Sudeste tem perfil semelhante. O Centro-Oeste alcançou o padrão Sul-Sudeste, com 92,4% dos municípios com desenvolvimento moderado ou alto e nenhum município com baixo desenvolvimento. Por sua vez, as regiões Norte e Nordeste apresentaram, respectivamente, 60,2% e 50,1% dos seus munícipios classificados com desenvolvimento regular ou baixo.

Em 2016, apenas 2.254 municípios registraram geração de empregos, ou seja, quase 60% das cidades no Brasil fecharam postos de trabalho, incluindo capitais e grandes centros econômicos.

O IFDM Educação apresentou crescimento desde o início da série histórica. Com isso, alcançou o maior nível em 2016, com 0,7689 ponto. No entanto, esse foi o ano em que a educação menos avançou (0,6%) na última década. Além disso, os indicadores que compõe o IFDM Educação continuam longe das metas definidas no Plano Nacional da Educação (PNE), do Ministério da Educação.

O IFDM Saúde também apresentou crescimento em todos os anos da série, atingindo 0,7655 ponto. Mas assim como na Educação, 2016 foi o ano de menor avanço na última década (1,6%). Isso em um contexto em que o acesso à saúde básica ainda não é realidade para 77 milhões de brasileiros.

Redação