Política

Com Lira, Centrão aguarda Ministério da Cidadania; favorito é deputado da Bahia





Grupo também cobra os ministérios da Saúde e da Educação, além da recriação do Ministério da Indústria pelo apoio ao nome defendido por Bolsonaro para a presidência da Câmara do Deputados.

Com a vitória do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) na eleição para presidência da Câmara dos Deputados, o Centrão começa agora a cobrar a fatura por ajudar a eleger o candidato que foi apoiado pelo Palácio do Planalto. 

A primeira promessa do Planalto ao Centrão é entregar o Ministério da Cidadania ao Republicanos, partido da base de Lira. O favorito para o posto é o deputado federal Marcio Marinho, da Bahia. 

Com a dança das cadeiras, Onyx Lorenzoni, hoje na Cidadania, deve migrar para a Secretaria-Geral da Presidência da República, que fica no Palácio do Planalto. 

Apesar da derrota de Baleia Rossi (MDB-SP), o governo vai trabalhar para atrair deputados que votaram no parlamentar. O Planalto tem boa relação com Baleia Rossi, candidato derrotado apoiado pelo ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

O governo também não quer que os eleitos para presidência do Senado e da Câmara negociem diretamente as pautas com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Assessores de Bolsonaro avaliam que a falta de intermediários entre Maia e Guedes atrapalhou o andamento da pauta econômica, pois auxiliares políticos podem “filtrar” as discussões e exigências de lado a lado. 

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse ao blog nesta terça-feira (1º) que a prioridade do governo, agora, é a votação do Orçamento de 2021 e a agenda de reformas. 

Barros disse que o Auxílio Emergencial vai ser discutido dentro do orçamento. 

“ Vamos ver uma solução, se a gente amplia o Bolsa Família. O auxílio pressupõe um cheque em branco, não tem limite para gastar e não temos mais a prerrogativa dentro de um decreto de calamidade. Temos que ver o que cabe no orçamento”, afirmou Barros

Ala política do governo apoia ida de Collor para o Itamaraty

Sobre uma reforma ministerial agora, o líder do governo diz que não vê ambiente para isso “mas que pode ocorrer” – a não ser a troca de Onyx para a Secretaria Geral. 

Nos bastidores, os partidos do Centrão cobram, além da Cidadania, o Ministério da Saúde, o Ministério da Indústria – que teria de ser recriado – e até o Ministério da Educação. 

Mas, para tentar diminuir o desgaste de Bolsonaro junto à sua base mais radical, de que cedeu ao toma lá dá cá, assessores defendem que ele faça trocas espaçadas nos ministérios, a conta-gotas. 

No Itamaraty, a ala política do governo defende a troca de Ernesto Araujo para um político, como o nome do senador Fernando Collor (PROS-AL). 

 Fonte: G1