Grandes Oportunidades

Emprego formal no Amapá apresenta saldo negativo em março





 

Desde o ano de 2014, o estado mais demite do que contrata nesse mês. Os resultados negativos foram registrados principalmente nos setores de Indústria de Transformação e Comércio.

 

No mês de março deste ano, o setor econômico do estado do Amapá apresentou números negativos em relação ao cadastro de empregos formais. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na sexta-feira (20), mostram que o estado teve um saldo de -182 empregos no terceiro mês de 2018, realizando 1.431 admissões e 1.613 desligamentos. Em relação ao mês de fevereiro, a variação foi de 0,28%.

Segundo o levantamento, o estado apresentou nos últimos 12 meses uma variação de 0,87%, com 21.464 novas vagas e 20.910 demissões, e um saldo de 554. Os dados para o Amapá são referentes apenas aos municípios de Macapá, Santana e Laranjal do Jari; cidades com mais de 30 mil habitantes.

A capital amapaense registrou os maiores números em março, com 1.176 novas vagas e 1.300 demissões (saldo de -124, ou 0,24%), seguida de Santana, que registrou 115 admissões e 170 desligamentos (saldo de -55, ou -0,84%). Já Laranjal do Jari criou 19 vagas de empregos formais e realizou 28 demissões, obtendo o saldo de -9 ou -0,98%. Os saldos e as variações percentuais foram observadas após comparações com o cenário econômico apresentado no mês anterior, fevereiro de 2018.

Entre 2014 e 2017, o mês de março só apresentou saldos negativos, -1.306 (2014), -669 (2015), - 521 (2016), e -50 (2017). Desde o início dos registros do Caged no Amapá, os únicos anos em que os saldos foram positivos nesse mês foram em 2007 (72), 2008 (171), e 2013 (264).

Também em relação ao mês anterior, no Amapá, os setores apresentaram os seguintes resultados: Serviços, com 562 contratações e 680 demissões, com saldo positivo de 67 ou 0,24%; Comércio, com 625 admissões e 680 desligamentos, com sado de -55 ou -0,22%; e Construção Civil, com 121 admissões e 152 demissões, um saldo de -31 ou 0,61%; Extração Mineral apresentou um saldo de 5 0,59%, com 11 contratações e 6 demissões; Indústria de Transformação, saldo de -210 ou -5,84%, com o 50 contratações e 260 desligamentos; Serviço Industrial de Utilidade Pública registrou 39 admissões e nenhum desligamento, sendo o saldo de 39 ou 3,93%; Agropecuária teve saldo de 3 ou 0,29%, com 23 admissões e 20 desligamentos. Já o setor de Administração Pública não apresentou nenhuma alteração, pois não contratou nem demitiu em fevereiro.

No país

No mês de fevereiro, o Brasil realizou 1,340 milhão de admissões e 1,284 milhão de demissões, gerando um saldo positivo de 56.151 ou de 0,15% em relação a fevereiro. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, seis dos oito setores apresentaram resultados positivos. São eles: serviços, indústria da transformação, construção civil, administração pública, extrativa mineral e serviços de utilidade pública. Já os resultados negativos foram apresentados pelos setores da Agropecuária e Comércio.

Caged

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foi instituído pelo MTE através da Lei 4.923/65, objetivando controlar as admissões e demissões de empregados no de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mensalmente, os dados coletados são divulgados, indicando qual setor se destacou positiva ou negativamente em relação à geração de emprego.

As informações servem como base para pesquisas e programas ligadas ao mercado de trabalho, assim como é um parâmetro para decisões do governo e instituições públicas responsáveis pelos setores avaliados

 Da Redação