Cotidiano

Sead promete melhorias aos agentes penitenciários





(Foto: arquivo JD) 

A classe fez uma manifestação na última terça-feira e exigiu, entre outras coisas, melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Em resposta, a Sead disse que está buscando atender as necessidades dos profissionais.

 

Os agentes penitenciários de Macapá, realizaram na última terça-feira (17), um manifesto que começou em frente ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), e seguiu para a frente do Palácio do Setentrião. No protesto, os servidores exigiram melhores condições de trabalho, reajuste salarial, e reivindicaram o corte na tabela, visto que, o plano de aposentaria do grupo penitenciário é de 25 anos conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

No ato, foi entregue um documento com as reivindicações da classe à Secretaria de Estado da Administração (Sead). Cerca de 100 agentes participaram do ato, que entre discursos de líderes dos servidores, também fez uma homenagem ao ex-chefe de plantão Clodoaldo Pantoja Brito, que morreu ao ser alvejado por 19 tiros em junho de 2012. Nesta semana, os acusados retornarão ao banco dos réus após quase 6 anos do ocorrido.

De acordo com um dos agentes, a Sead informou que não há como conceder um aumento salarial neste momento, devido à lei eleitoral que proíbe concessão de vantagens em período de eleições, mas que o Governo do Estado do Amapá (GEA) realizará o concurso público do Iapen ainda este ano. A previsão é de que até junho, o edital seja lançado.

Sobre o retroativo e as melhores condições de trabalho, segundo o agente, a Sead informou que as medidas estão sendo tomadas. “Em maio deverá chamar para ver a situação do retroativo e das progressões. Sobre os equipamentos, a direção do Iapen está em processo de compra de armamentos, coletes e rádios comunicadores”, informou.

Os atos dos agentes tiveram início em uma assembleia na semana passada, após a insatisfação com o reajuste de 2,8% para o funcionalismo público estadual, anunciado pelo Governo do Amapá. Segundo os servidores, atualmente o agente penitenciário recebe o menor salário da segurança pública.

E de acordo com a pauta referente à assembleia, as condições de trabalho dos agentes são péssimas, classificando-as como uma das mais deterioradas do estado e chamando atenção ao fato de que o governo ofereceu mais benefícios as outras categorias, inclusive na área da segurança pública, e deixou de fora os agentes penitenciários.

De acordo com os agentes, o ato faz parte também de uma série de protestos que eles vêm realizando contra ataques que ocorreram em guaritas, nos meses de março, julho e agosto de 2017. Em duas das ocorrências, houveram vários disparos contra as guaritas e em um deles, um agente penitenciário ficou ferido ao ser alvejado por um tiro enquanto fazia vigilância.

Luciana Cordeiro