Polícia

Agentes penitenciários realizam manifestação nesta terça-feira





 (Foto: arquivo JD)

Os agentes penitenciários de Macapá, realizarão nesta terça-feira (17), um manifesto em frente ao Palácio do Setentrião. A decisão foi tomada em assembleia realizada pela categoria na última quinta-feira (12), após o descontentamento dos agentes com o reajuste de 2,8% para o funcionalismo público estadual, anunciado pelo Governo do Amapá no último dia 7.

No ato, os agentes deverão apresentar um documento com reivindicações ao Governador Waldez Góes, dentre elas o corte na tabela salarial, pagamento da gratificação de insalubridade, pagamento do retroativo das progressões, entre outras. O manifesto terá início em frente ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

Segundo os servidores, atualmente o agente penitenciário recebe o menor salário da segurança pública. E de acordo com a pauta referente a assembleia, as condições de trabalho dos agentes são péssimas, classificando-as como uma das mais deterioradas do estado e chamando atenção ao fato de que o governo ofereceu mais benefícios as outras categorias, inclusive na área da segurança pública, e deixou de fora os agentes penitenciários.

No documento a respeito da assembleia, os agentes citaram também os perigos aos quais ficam expostos. Com capacidade para abrigar cerca de 1.500 detentos, o Iapen possui mais de 3.000 internos, sendo que apenas dois agentes são responsáveis por um pavilhão com mais de 250 presos, representando um risco para os agentes.

De acordo com os agentes, o ato faz parte também de uma série de protestos que eles vêm realizando contra ataques que ocorreram em guaritas, no mês de março, julho e agosto de 2017. Em duas das ocorrências, houveram vários disparos contra as guaritas e em um deles um agente penitenciário ficou ferido ao ser alvejado por um tiro enquanto fazia vigilância.

No ato deverá ocorrer também, menção ao ex-chefe de plantão Clodoaldo Pantoja Brito, que morreu ao ser alvejado por 19 tiros em junho de 2012. Na próxima semana, os acusados retornarão ao banco de réus após quase 6 anos do ocorrido. “O que nós queremos é que a justiça seja feita. Que os criminosos paguem pelo crime. Não foi apenas um servidor que veio a óbito, e sim uma afronta ao estado. Isso não pode ficar impune", disse um agente no documento divulgado.

A expectativa do sindicato é que todos os agentes penitenciários do Estado participem da manifestação.


Luciana Cordeiro