Cotidiano

Intervenção Militar, solução para o Brasil?





 

A cada dia surge um novo escândalo de corrupção no Brasil envolvendo políticos e empresários. Desvio (lavagem) de dinheiro, corrupção ativa ou passiva, fraude em licitação e entre outros, se tornaram o principal assunto do país pelo mundo afora. Toda essa prática ilícita tem prejudicado, de forma avantajada, os principais direitos básicos da população brasileira: educação, saúde, segurança e moradia.

Brasileiros estão cansados de ver tanta corrupção e não acreditam que a política possa melhorar. Por conta de inúmeros escândalos, julgamentos que não prendem os principais “infratores” do país, é que general de exército da reserva, Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, afirmou que o Brasil possa sofrer uma intervenção militar.

A declaração dada ao site de notícias O Estadão é referente ao caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o julgamento de habeas corpus para não ser preso em segunda instância.

O general citou a intervenção alegando que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve cumprir o que manda a lei e autorizar a prisão do petista. Para Luiz Gonzaga, se o ex-presidente ficar solto, o Supremo estará deixando de agir como “indutor” da violência entre os brasileiros e “propagando a luta fratricida”.

“Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá”, disse ele.

O comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villa Boas, também comentou sobre os últimos acontecimentos envolvendo políticos no Brasil. Em sua conta do Twitter, ele frisou que acompanha as manifestações ocorridas no país e a decisão do STF sobre o caso de Lula. Na ocasião, ressaltou que a entidade compartilha do anseio da população.

“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, opinou.

Em outra mensagem, Villa disse que analisando a situação atual do Brasil, resta questionar aos brasileiros sobre quem está pensando no bem do país e nas gerações futuras.

A medida de intervenção militar vem sendo questionada desde as manifestações, denominadas “Vem pra Rua”, ocorridas em 2013. No entanto, este tipo de intervenção só pode acontecer sob ordem dos poderes constituídos, Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, formado em conselhos.

De acordo com a Constituição Brasileira de 1998, a intervenção militar, em que acontece o uso do poder das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) só pode ocorres em intervenção federal, Estado de Defesa e Estado de Sítio.

O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira”, diz o artigo Art. 137 da constituição.

Sem definição, a corrupção no Brasil segue sendo analisada e julgada pelos órgãos competentes.  


Redação