Política

Manifestação contra habeas corpus de Lula é realizada no AP





 

Nesta quarta-feira, 04 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) vota para definir a prisão ou liberdade do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O julgamento do pedido de habeas corpus preventivo causou a organização de movimentos pró e contra Lula em várias cidades do país.

No Amapá, o Movimento Brasil Livre (MBL) e outros grupos contra o pedido do habeas corpus realizaram ato no fim da tarde desta terça-feira (03), na Praça da Bandeira, localizada no Centro de Macapá.

Para o coordenador estadual do Movimento Brasil Livre, Adler Neves, “A realização desse ato é clamar por Justiça. Qualquer cidadão comum seria preso após a condenação em segunda estância e o ex-presidente Lula está sendo tratado como um político, como se tivesse foro privilegiado”, sustenta.

“Nós pedimos justiça, não só para ele, mas para qualquer corrupto que seja condenado em segunda estância. Estamos esperando ansiosamente por justiça e que a Constituição Federal seja cumprida. Queremos a prisão do ex-presidente”, finaliza o coordenador do MBL Amapá.

De acordo com a Folha de São Paulo, manifestantes também marcaram atos na Capital paulista. De acordo com informações, os manifestantes a favor da liberdade de Lula realizaram panfletagem na periferia das Zonas Leste e Sul da cidade.

O Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), grupos opostos a permanência de Lula em liberdade, convocaram a realização de atos em mais de cem cidades do país.

O Caso

O ex-presidente recorre nas estâncias superiores de uma condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo que envolve um apartamento tríplex, no Guarujá, estado de São Paulo. No início deste ano, Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelo crime.

O julgamento pelo pedido habeas corpus preventivo de Lula foi suspenso no dia 22 de março, após extensa discussão preliminar. Agora, caso o STF não acate o pedido da defesa, o ex-presidente pode ir para a prisão, desde que os recursos disponíveis na segunda estância se esgotem. O ex-presidente ainda pode entrar com recurso especial junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e recurso extraordinário no STF.

Além do caso em que foi condenado, relativo ao tríplex no Guarujá, Lula ainda responde a mais sete processos judiciais, entre eles o caso envolvendo um sítio em Atibaia (SP); a suposta compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras; e o caso do suposto tráfico de influência pela liberação de recursos do BNDES para financiar obras da empreiteira Odebrecht em Angola.


Nathan Oliveira