O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou presença na cúpula do G20 que será realizada no Brasil em novembro, segundo informou a Casa Branca nesta quinta-feira (7). A Cúpula dos Líderes está marcada para os dias 18 e 19, no Rio de Janeiro.
Biden, que deixa a Presidência norte-americana em janeiro para a volta do republicano Donald Trump, também viajará para a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no Peru, também em novembro.
"Ele planeja comparecer a ambas as cúpulas", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
Mais tarde, a Casa Branca informou que Biden conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as preparações para a cúpula do G20.
"O presidente Biden parabenizou o presidente Lula pela bem-sucedida presidência do Brasil no G20 e destacou o progresso feito no avanço dos direitos dos trabalhadores e no combate à fome e à pobreza", diz a nota.
A Casa Branca também disse que, na conversa, Biden desejou a Lula uma boa recuperação de sua lesão na cabeça e informou que os dois líderes "concordaram em manter contato próximo sobre questões regionais e globais, e expressaram seu compromisso de se reunir no G20".
Segundo a agência Reuters publicou em meados de outubro, Biden poderia incluir, na viagem ao Brasil, uma parada na Amazônia, em Manaus ou Belém, onde se encontraria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião entre os dois e a visita de Biden à Amazônia, no entanto, não estão confirmadas.
No G20, Lula deve aproveitar a cúpula para abordar duas de suas prioridades: a crise provocada pelo aquecimento global e sua proposta de criar um imposto sobre as grandes fortunas para combater a pobreza.
O Grupo dos 20, conhecido como G20, é na verdade uma organização que reúne ministros da Economia e presidentes dos Banco Centrais de 19 países e da União Europeia. Juntas, essas nações representam cerca de 80% de toda a economia global.
Na edição de 2024, os chefes de Estado farão o encontro anual do grupo no Museu de Arte Moderna do Rio (MAM), no Flamengo, Zona Sul do Rio, onde são aguardadas 55 delegações, de 40 países e de 15 organismos internacionais.
O G20 foi criado em 1999, após uma série de crise econômicas mundiais. A ideia era reunir os líderes para discutir os desafios econômicos, políticos e de saúde.
Naquele momento, falava-se muito em globalização e na importância de uma certa proximidade para poder resolver problemas. O G20 é, na verdade, uma criação do G7, o grupo de países democráticos e industrializados.
- Biden vai se reunir com indígenas e lideranças na Floresta Amazônica
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, terá uma agenda em Manaus, no dia 17 deste mês, onde visitará a Floresta Amazônica e se reunirá com líderes locais, indígenas e outros que trabalham na preservação e proteção do ecossistema. A informação foi divulgada pela secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na noite desta quinta-feira (7).
Segundo o governo norte-americano, esta será a primeira visita oficial de um presidente dos EUA à região.
Mais cedo, Biden telefonou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para confirmar a viagem, que também incluirá a participação dele na Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, que ocorrerá nos dias 18 e 19.
"No Rio de Janeiro, o presidente Biden se reunirá com o presidente Lula, à margem do G20, para reforçar a liderança dos EUA em direitos dos trabalhadores e crescimento econômico sustentável. Durante o evento, o presidente Biden destacará a proposta dos EUA para os países em desenvolvimento e liderará o G20 para trabalhar em conjunto no enfrentamento de desafios globais compartilhados, como a fome e a pobreza, mudanças climáticas, ameaças à saúde e a dívida dos países em desenvolvimento", informou Jean-Pierre, em declaração aos meios de comunicação.
Antes de desembarcar no Brasil, Joe Biden cumprirá agenda em Lima, no Peru, de 14 a 16 de novembro, para se encontrar com a presidente do país andino Dina Boluarte, e participar da cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC).
Durante a conversa com Lula, o presidente dos EUA confirmou a decisão de seu governo em aderir à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa do Brasil na presidência rotativa do G20.
Lançada oficialmente em julho, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza visa canalizar recursos para programas e projetos que visam ao enfrentamento a esses dois problemas persistentes no planeta.
Fonte: g1