O candidato e ex-presidente Donald Trump compareceu à seção eleitoral, acompanhado da esposa, Melania, para registrar seu voto no pleito dos Estados Unidos, na tarde desta terça-feira (5/11), na Flórida. À imprensa Trump disse estar confiante e afirmou que, “se for uma eleição justa”, ele será o primeiro a reconhecer uma eventual derrota. Ele não detalhou os critérios para considerar o pleito justo.
O republicano vota em um centro recreativo em Palm Beach, perto de Mar-a-Lago, onde tem uma mansão. A comitiva do republicano chegou ao local por volta das 13h30. O perímetro em torno do centro recreativo foi fechado e contou com ronda de agentes do Serviço Secreto e patrulha de helicóptero.
“Não me arrependo de nada. Talvez esta tenha sido uma das melhores entre as minhas três campanhas”, ressaltou.
Trump ainda falou em “respeitar o resultado” das eleições, apesar de dizer não saber o que vai ocorrer caso perca o pleito.
Ainda em declaração aos jornalistas, Trump acrescentou que não tinha planos de dizer aos apoiadores que se abstenham de violência caso seja derrotado por Kamala, já que, segundo ele, não há necessidade. “Não preciso dizer isso a eles, porque não são pessoas violentas”, alegou.
O ex-presidente voltou a falar sobre imigração — em tom mais ameno — e inflação, considerados os temas mais importantes para os norte-americanos. “Queremos que as pessoas venham para os Estados Unidos, sim, mas de forma legal, com fronteiras fortes. Queremos ser um país inclusivo. Essa é uma grande questão.”
Ao concluir a fala, Trump reafirmou o slogan “Make America Great Again” (“Faça a América boa de novo”, em tradução livre).
Kamala Harris, que votou por correio, convocou, pela rede social X, os eleitores a votarem nesta terça-feira.
“Hoje, votamos por um futuro mais brilhante. Os locais de votação em todo o país estão abertos”, divulgou a candidata, adicionando à mensagem vídeos que mostram as realizações ao longo da campanha.
Ainda pela rede social, a candidata democrata e vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, escreveu: “O dia da eleição chegou. Hoje, votamos porque amamos nosso país e acreditamos na promessa da América. Faça sua voz ser ouvida.”
Após Donald Trump perder a última corrida eleitoral, em 2021, seus apoiadores invadiram o Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro. Os invasores alegavam não aceitar o resultado da eleição que colocou Joe Biden na Casa Branca.
A invasão do Congresso dos EUA provocou a morte de dois manifestantes e três policiais, além de ter deixado outros 140 feridos. O prejuízo, segundo estimativas de outubro de 2022, ultrapassa R$ 15,2 milhões. O montante engloba danos no edifício e nos terrenos do Capitólio, entre outros.
Neste ano, o Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou que o Serviço Secreto terá um esquema de proteção ao prédio em 6 de janeiro de 2025 – data em que serão feitas a contagem e a certificação dos votos eleitorais em Washington.
- Eleições nos EUA: Inteligência americana investiga e-mail russo que teria enviado ameaças de bomba
Os funcionários da Inteligência dos EUA estão examinando uma conta de e-mail usando um domínio russo de internet como a fonte potencial de ameaças de bomba feitas nesta terça-feira (5) em locais de votação na Geórgia. Os alarmes eram falsos.
Um funcionário do governo americano disse que os investigadores acreditam que pelo menos algumas das ameaças se originaram na Rússia.
No entanto, os endereços de e-mail podem ser falsificados. Por esse motivo, as autoridades americanas ainda não confirmaram que as ameaças vieram da Rússia, disseram as fontes. Mas os investigadores estão analisando o histórico da atividade da conta de e-mail para tentar determinar quem está por trás das ameaças.
As ameaças provocaram o fechamento temporário dos locais de votação em Union City, nos arredores de Atlanta, de acordo com a polícia do condado de Fulton.
“Ouvimos algumas ameaças de origem russa”, disse o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, a repórteres. O secretário não detalhou como exatamente as autoridades estaduais determinaram que as ameaças de bombas vieram da Rússia.
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Israel
- Netanyahu demite ministro da Defesa alegando falta de confiança
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, demitiu seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, nesta terça-feira (5), dizendo não confiar nele para administrar as operações militares em andamento de Israel.
Netanyahu nomeou o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, para suceder Gallant como ministro da Defesa, enquanto Gideon Saar será o novo ministro das Relações Exteriores, informou o gabinete de Netanyahu em comunicado.
Gallant e Netanyahu, ambos do partido de direita Likud, tiveram discordâncias por meses sobre os objetivos da guerra de Israel em Gaza contra o grupo militante palestino Hamas, que já dura 13 meses.
Netanyahu disse que, além de opiniões divergentes, uma "crise de confiança foi gradualmente se acentuando e essa crise não permite a continuação normal do gerenciamento da campanha".
Por meses, houve discordâncias públicas entre Netanyahu e Gallant, refletindo uma divisão mais ampla dentro da coalizão governamental de direita de Israel e os militares, que há muito tempo defendem alcançar um acordo para encerrar os combates e trazer de volta dezenas de reféns detidos pelo Hamas.
Espanha
- Governo espanhol declara Valência área gravemente afetada por temporal
O Conselho de Ministros do governo espanhol declarou a região de Valência área gravemente afetada pela tempestade Dana, o que antes era conhecido como declaração de zona de catástrofe. O objetivo é receber ajudas de Estado destinadas a reconstruir as áreas atingidas e dar "resposta imediata à tragédia".
A declaração vai ser aplicada também a Castela-La Mancha, Andaluzia, Catalunha e Aragão locais que foram mais atingidos pela Dana. O governo espanhol vai ainda aprovar um decreto-lei com ajuda de emergência econômica, laboral e fiscal para os atingidos. No entanto, as medidas ainda não foram especificadas.
Uma semana depois da catástrofe provocada pela tempestade, a Justiça espanhola abriu inquérito sobre os incidentes, no domingo (3), durante a visita dos reis de Espanha, do primeiro-ministro e do presidente do governo regional de Valencia à região. A investigação baseia-se na possível existência de três crimes: atentado, desordem pública e danos, afirmam fontes judiciais citadas por diversos meios de comunicação social espanhóis.
Em comunicado, o Tribunal de Justiça da Comunidade Valenciana explica que a investigação foi aberta na sequência de um auto da Guarda Civil.
Na visita a Paiporta, o Rei Filipe VI e Letícia foram atingidos com lama e insultados, enquanto o primeiro-ministro era retirado do local por falta de condições de segurança.
Há uma semana, o céu desabou na região, deixando mais de 200 mortos. As operações de limpeza, remoção de escombros e busca por pessoas desaparecidas continuam.
A presença de tropas da Unidade Militar de Emergências (UME), do Exército, dos bombeiros e de diversas forças policiais nas zonas mais atingidas pela Dana em Valência aumenta a cada dia, onde também há mais máquinas pesada e outros veículos necessários para a realização dos trabalhos de busca e remoção de lama. Entre integrantes da UME e militares do Exército espanhol, estão quase 8 mil pessoas na região, mas as autoridades admitem que esse número pode aumentar.
Depois da tempestade que varreu a região de Valência, o líder da oposição espanhola, Nuñez Feijóo, do PP, pediu a declaração de emergência nacional, permitindo que o governo de Madri centralize a gestão da crise.
O chefe da UME rejeitou as críticas de quem considera que os militares chegaram tarde aos locais atingidos.
Fonte: Agência Brasil - CNN