Cotidiano

Olimpíadas 2024: cerimônia tem Lady Gaga, desfile de atletas e chuva





Pela primeira vez na história dos jogos olímpicos, a abertura é realizada fora de um estádio ou ginásio

Após dois dias de provas, os jogos olímpicos são abertos oficialmente nesta sexta-feira (26/7). De forma inédita, a cerimônia de boas-vindas às Olimpíadasde Paris 2024 é realizada no Rio Sena. A festa já contou com o show da cantora Lady Gaga e apresentação da delegação brasileira e de outros atletas no Rio Sena sob chuva. A cerimônia também teve apresentações de dança e de uma banda de heavy-metal acompanhada de uma ópera.

Antes do desfile iniciar, um vídeo estrelado por Zinedine Zidane carregando a tocha olímpica abriu a cerimônia. Nas imagens, o ídolo do Real Madrid e da seleção francesa sofre uma série de dificuldades para levar o símbolo dos jogos ao local do início do início da celebração. Três crianças ajudam o ex-jogador, e levaram a tocha para o local onde estavam as autoridades.

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A Grécia foi o país que abriu o desfile sendo a primeira embarcação. O procedimento é tradição nas Olimpíadas. Na sequência, a equipe dos refugiados foi apresentado ao público. 

Com 274 atletas inscritos, o Brasil entrou na apresentação ocupando um barco inteiro. Isaquias Queiroz, do remo, e Raquel Kochhann, do rúgbi, representaram o Time Brasil na cerimônia de abertura como porta-bandeiras. O barco com a delegação brasileira se apresentou para os presentes com muita festa.

Um dos pontos de destaque durante a celebração foi a Torre de Notre-Dame. Imagens da reforma que foi realizada no ponto turístico antes dos jogos. Outro momento marcante foi a apresentação da banda de heavy-metal Gojira, que realizou um show nas janelas da Conciergerie, palácio localizado nas margens do Rio Sena.

Outra apresentação musical que marcou a cerimônia de abertura de Paris 2024 foi da cantora do rap Aya Nakamura. Durante todo o trajeto foram feitas uma série de referências a produções famosas da cultura francesa.

Ao todo, 204 delegações participam do evento, além da equipe de refugiados e dos atletas “neutros”, que engloba russos e bielorrussos, por conta da Guerra da Ucrânia. Essa será a primeira cerimônia que não será realizada dentro de um ginásio. Todo o percurso será no principal rio de Paris.

Cerca de 85 barcos levam os atletas ao longo do percurso. Mais de 400 dançarinos e três mil artistas participam da celebração. O trajeto teve início nas beiras do rio e irá percorrer um circuito de 5km. O ponto final do percurso será a Torre Eiffel. Por fim, o desfile das delegações foi encerrado com a França, país-sede do evento, e com os Estados Unidos, próxima nação a receber os Jogos Olímpicos.

Com 609 atletas, os donos da casa levam a segunda maior delegação das olimpíadas, superados apenas pelos Estados Unidos, com 640 desportistas. As duas delegações foram as últimas a passar pelo Rio Sena. Na reta final da cerimônia, uma apresentação musical da canção “Imagine” foi feita, acompanhada de pedido por paz no mundo.

A cerimônia seguiu para o momento de encerramento no Trocadero, esplanada central localizada em frente à Torre Eiffel, onde a pira olímpica será acesa. Após caminhada acompanhada das bandeiras das 204 nações participantes dos jogos, a bandeira olímpica foi hasteada em frente ao principal monumento de Paris e o hino olímpico foi cantado.

Ao final da cerimônia, o presidente da França Emmanuel Macron declarou abertos os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Uma grande arquibancada com personalidades, líderes de estado e atletas assistia à abertura na praça central do Trocadero.

Final emocionante

Como tudo começou, Zidane recebeu a tocha olímpica a caminho do Trocadero e a entregou ao multicampeão espanhol Rafael Nadal. Na sequência, um show de luzes tomou conta da Torre Eiffel enquanto o tenista surgiu com a pira olímpica em embarcação no Rio Sena, junto de Serena Williams, próxima atleta a receber a tocha.

De mão em mão de lendas olímpicas, a tocha ainda passou por Nadia Comaneci e Carl Lewis, nomes de peso da ginástica artística e do atletismo. Na sequência, Amélie Mauresmo recebeu a tocha ao redor do Sena e correu até chegar ao Museu do Louvre, onde o revezamento ainda passou por nomes icônicos do esporte francês até chegar aos multicampeões olímpicos Marie-José Perec e Teddy Riner, que levam a chama até a pira, em formato de balão, e a acendem.

Em final emocionante, o balão flamejante, incendiado pela pira olímpica, começou a flutuar e Céline Dion surgiu no alto da Torre Eiffel, cantando em francês. Esta é a primeira apresentação da cantora de 56 anos, desde que se afastou dos palcos em dezembro de 2022, após diagnóstico de síndrome rara.

 

- Olimpíadas de Paris: Macron fala de 'igualdade e sustentabilidade'

Durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, nesta sexta-feira (26/7), o presidente da França, Emmanuel Macron, limitou-se a anunciar: "Eu declaro abertos os Jogos de Paris!". Antes do evento, no entanto, a imprensa teve acesso a uma cartilha (link) que reúne as expectativas do líder francês e de personagens envolvidos na direção dos Jogos deste ano.

Neste documento, Macron destacou que o espírito olímpico deve ser utilizado para unir os povos e prol de um futuro de união entre os povos, com paridade e sustentabilidade. "Será o início de uma competição de 16 dias que marcará a história e deixará um legado duradouro", afirmou. 

"Este momento de união entre a humanidade, nossos atletas e nossos artistas terão um objetivo primordial: inaugurar um nova era olímpica, com ênfase na sustentabilidade, paridade e construção do futuro", desenvolveu Macron. Ao todo, 205 delegações participarão das olimpíadas. Os atletas desfilaram por meio de barcos, sobre o rio Sena.

Presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomac Bac discursou durante a cerimônia das Olimpíadas. Ele afirmou que os jogos serão marcados pela paridade de gênero. "Serão os primeiros jogos olímpicos com paridade entre atletas mulheres e homens na competição", discursou Thomac. 

"Por todas estas razões, estes são os primeiros Jogos Olímpicos inspirados na nossa Agenda Olímpica reformas do início ao fim", disse. "Em um mundo dividido por guerras e conflitos, é graças à solidariedade que hoje estamos juntos (na olimpíada)", completou o presidente do COI.

 

Fonte: Metropoles -Correio