Política

Secretário-geral da ONU pede trégua em conflitos durante a Olimpíada





O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu a todos os países que parem com os conflitos armados como parte da trégua olímpica, antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 nesta sexta-feira (26).

Em encontro com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o secretário-geral das Nações Unidas disse que os Jogos são uma chance para a paz. "Quero expressar o total apoio das Nações Unidas ao COI", afirmou Guterres. "Vivemos em um mundo dividido, onde os conflitos estão proliferando de forma dramática."

"O sofrimento terrível em Gaza, a guerra aparentemente interminável na Ucrânia, o sofrimento terrível [que vai] do Sudão à República Democrática do Congo, do Sahel a Mianmar", acrescentou.

"Em um momento como este, é importante dizer que a primeira iniciativa de paz real registrada na história foi a trégua olímpica", lembrou o secretário-geral da ONU. Durante as Olimpíadas na Grécia antiga, todos os conflitos cessaram durante os Jogos para permitir que as competições prosseguissem.

"Em um momento em que os Jogos Olímpicos terão início, é hora de lembrar o mundo da importância da trégua olímpica e fazer com que o mundo entenda que temos que silenciar as armas", enfatizou.

Os Jogos começam nesta sexta-feira e terminam em 11 de agosto com a participação de mais de 10,5 mil atletas, representando 206 nações e territórios.

Isso inclui uma equipe palestina, que, embora não seja membro pleno das Nações Unidas, tem um comitê olímpico nacional oficial, bem como atletas da Rússia e de Belarus, que competirão como neutros, sem bandeira ou emblema, como vem ocorrendo em muitos torneios após a invasão da Ucrânia em 2022.

"Portanto, este é o momento em que meu forte apelo é para que os países se unam com o mesmo espírito com que os atletas se unirão durante os Jogos Olímpicos em Paris", disse Guterres.

 

OMS envia para Gaza mais de 1 milhão de vacinas contra a pólio

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está enviando mais de um milhão de vacinas contra a poliomielite para Gaza. Elas serão administradas nas próximas semanas. A meta é evitar que crianças sejam infectadas depois que o vírus foi detectado em amostras de esgoto.

"Embora nenhum caso de pólio tenha sido registrado até o momento, sem ação imediata, é apenas uma questão de tempo até que o vírus atinja milhares de crianças que ficaram desprotegidas", disse nesta sexta-feira (26), em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (foto), em um artigo publicado no jornal britânico The Guardian.

Ele escreveu que as crianças com menos de cinco anos são as que correm mais risco de contrair a doença viral, especialmente os bebês com menos de dois anos, já que as campanhas normais de vacinação foram interrompidas por mais de nove meses de conflito.

Transmissão

A poliomielite, que é transmitida principalmente pela via fecal-oral, é um vírus altamente infeccioso que pode invadir o sistema nervoso e causar paralisia. Os casos de pólio diminuíram 99% em todo o mundo desde 1988, por causa de campanhas de vacinação em massa, e os esforços continuam para erradicá-la completamente.

As Forças Armadas de Israel disseram no domingo que começariam a oferecer a vacina contra a poliomielite aos soldados que servem na Faixa de Gaza, depois que restos do vírus foram encontrados em amostras de teste no enclave.

Além da poliomielite, a Organização das Nações Unidas (ONU) relatou um aumento generalizado de casos de hepatite A, disenteria e gastroenterite, à medida em que as condições sanitárias se deterioram em Gaza, com o esgoto sendo derramado nas ruas próximas a alguns acampamentos destinados a pessoas deslocadas.

 

Fonte: Agência Brasil