Economia

Dólar volta a subir e fecha a R$ 5,15; Ibovespa cai 0,33%





Investidores acompanham novos dados de inflação nos Estados Unidos

Após três sessões em queda, o dólar fechou a quarta-feira (24) em alta, em sintonia com o avanço da moeda americana no exterior e com a elevação das taxas dos Treasuries, em um dia de leilão de títulos nos Estados Unidos.

O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,1492 reais, alta de 0,40%. Em abril, a divisa dos EUA acumula elevação de 2,66%.

Já o Ibovespa fechou com um declínio marginal, com o avanço da Vale atenuando o efeito do movimento dos títulos do Tesouro, enquanto agentes financeiros aguardam dados dos Estados Unidos para buscar mais pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA).

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,33%, a 124.740,69 pontos, com o movimento de baixa atenuado pelas ações da Vale em meio à recuperação do minério de ferro na China e antes do balanço da companhia.

Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a 125.472,55 pontos.

Em três dias úteis, o dólar tinha acumulado queda de 2,33%, revertendo apenas parte dos fortes ganhos registrados mais cedo neste mês, em meio à reprecificação de cortes de juros pelo Federal Reserve e aos riscos fiscais domésticos.

Operadores, que entre o final de 2023 e o início de 2024 chegaram a apostar em até 1,50 ponto percentual de afrouxamento monetário nos EUA ao longo deste ano, precificam atualmente apenas dois cortes de 0,25 ponto. 

Juros mais altos nos EUA são, num geral, benéficos para o dólar, já que tornam os rendimentos dos Treasuries mais atraentes, chamando investidores para os mercados norte-americanos.

Agora, a expectativa fica pela divulgação de dados do índice de inflação PCE, o preferido do Federal Reserve, na sexta-feira, e, antes disso, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA referentes ao primeiro trimestre, na quinta.

No Brasil, investidores continuavam de olho nas perspectivas de política monetária, uma vez que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou que a elevação das incertezas poderia levar a uma desaceleração do ritmo de afrouxamento monetário. Isso levou a elevação nas projeções de mercado para o nível da Selic ao final deste ano.

Um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil, em teoria, seria positivo para o real por preservar melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, mas esse aspecto positivo pode ser compensado pelo risco fiscal elevado que ajudou a provocar essa reprecificação sobre os juros em primeiro lugar.

Fonte: CNN - Reuters.