Economia

Veja como deputados e senadores reagiram à prorrogação do auxílio emergencial





A prorrogação do auxílio emergencial por mais quatro meses repercutiu nesta terça-feira (1º) entre parlamentares. O valor definido pelo governo federal será metade do valor pago até agosto, passando de R$ 600 para R$ 300. A prorrogação do benefício será enviada ao Congresso Nacional por meio de medida provisória, com força de lei e vigência imediata.

O senador Elmano Ferrer (Podemos-PI) aprovou a decisão do governo. Segundo ele, os recursos serão fundamentais para o suporte daqueles atingidos diretamente pela pandemia.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também aprovou a prorrogação do benefício, ponderando que o Congresso poderá aprimorar a medida.

Já o líder do PT, Rogério Carvalho (SE), foi crítico ao anúncio. Para ele, o novo valor do auxílio emergencial não garante o mínimo de dignidade ao povo brasileiro. “Chega a ser desumano diminuir o auxílio emergencial sabendo que tanta gente precisa desse recurso pra comer! R$ 600 já não protegem as famílias da fome, imagina R$300!”, escreveu ele.

Presente no anúncio no Palácio do Planalto, o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), chamou atenção para a articulação política que resultou na extensão do programa. “É uma vitória da articulação política pelo bem do Brasil, em um movimento muito claro de que é preciso dar assistência e auxiliar a população brasileira, mas é preciso também dividir responsabilidade com o equilíbrio fiscal e pronto crescimento”, disse.

Aliado do governo, o deputado Bibo Nunes (PSL-RJ) chamou atenção para a primeira postergação do benefício, inicialmente previsto para durar três meses. “É uma maldade! Para que tanta maldade! Eram 5 meses. O governo, com muito esforço, com o ministro Paulo Guedes, aumentou mais quatro meses de R$ 300”, disse ele na sessão da Câmara.

Oposição critica redução do valor

O foco das reações da oposição recaiu sobre a redução do valor pela metade. A líder do PCdoB, Perpétua Almeida (PCdoB) afirmou que uma redução vai gerar mais dificuldades. Ela lembrou que a proposta inicial do governo trazia um valor de R$ 200, ampliado pelo Congresso.

“Foi uma luta aprovar o auxílio emergencial de R$ 600 no Congresso Nacional quando o governo queria pagar apenas R$ 200”, disse ela.

Para o líder do PSB, deputado Alessandro Molon (RJ), o valor de R$ 600 é o mínimo necessário para se oferecer à população enquanto o Brasil estiver enfrentando a pandemia.

“É impensável que se reduza o valor do auxílio antes do fim da pandemia. O Brasil só não mergulhou numa crise econômica e humanitária ainda mais profunda porque o Congresso aprovou R$ 600, à revelia de Bolsonaro, que queria R$ 200. A Oposição está consciente disto e por isso insistirá em manter o valor do auxílio em R$ 600. Esse dinheiro é fundamental para a sobrevivência dos brasileiros.”

Fonte: Congresso em foco