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Simone Tebet diz que fake news é um desafio do mundo moderno





A candidata à presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, disse hoje (31) que as fake news representam o maior desafio das eleições brasileiras.

“Como conviver numa democracia saudável com a presença de fake news?”, questionou a candidata em reunião, em São Paulo, com integrantes do Observatório da Democracia do Parlamento do Mercosul (Parlasul).

O Parlasul destacou uma missão específica para observar as eleições no Brasil, com foco em temas como a desinformação política e a participação das mulheres e de grupos socialmente excluídos no processo. Além disso, os observadores vão coletar impressões e análises de organizações da sociedade civil e da mídia sobre o desenlace das votações.

A candidata ressaltou ainda que, em eleições com margens apertadas, com entre 2% e 5% de diferença entre os candidatos, tais mentiras podem alterar o resultado dos pleitos. “Esse é um problema do mundo moderno”, observou a candidata. “Mas vamos ter de enfrentá-lo.”

Na reunião, Simone também tratou da participação das mulheres no processo eleitoral brasileiro. A candidata ressaltou a importância da chapa 100% feminina, formada por ela e pela senadora Mara Gabrilli (PSDB). Simone Tebet observou que as mulheres representam 15% entre parlamentares na Câmara dos Deputados. “É pouco”, frisou. “Temos de caminhar para pelo menos 30%, ainda que esse também não seja o número ideal. Mas é um caminho.”

 

- Tebet pede para que TSE retire propaganda com Michelle Bolsonaro

Primeira-dama estreou na 3ª feira comercial de campanha de Bolsonaro; equipe de Tebet alega que a inserção é “irregular”

A campanha da candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) apresentou nesta 4ª feira (31.ago.2022) uma ação ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo que a propaganda do também candidato e presidente Jair Bolsonaro (PL) com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, fosse tirada do ar.

Segundo a ação, em nome de Tebet e da coligação Brasil para Todos –formada pelo MDB, pelo Podemos e pela Federação PSDB/Cidadania–, a propaganda é “irregular”, já que, por lei, apoiadores dos candidatos só podem aparecer em 25% do tempo de cada programa ou inserção. Eis a íntegra da ação (401 KB).

A representação considera Michelle como “apoiadora” de Bolsonaro e não como “apresentadora ou interlocutora”. Assim, a primeira-dama poderia propiciar “benefícios eleitorais” ao candidato ou partido que veicula a propaganda.

Poder360 procurou a campanha de Bolsonaro para se pronunciar sobre o episódio, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

A primeira-dama estreou na 3ª feira (30.ago.2022) comercial de campanha de Bolsonaro. Focou em mulheres da Região Nordeste.

A água chegou no sertão. Trouxe vida, alegria e esperança. A mulher sertaneja, que carregava lata d’água na cabeça, agora pode usar a força para voltar à escola ou para tirar o alimento que está brotando na terra”, disse. 

Há na campanha de Bolsonaro a análise de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquista principalmente o público feminino a partir do apelo sentimental. Bolsonaro, então, foi orientado a focar seu discurso na fé e na liberdade com a presença massiva de Michelle.

Em sua conta oficial do Instagram, o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) compartilhou a inserção com a legenda: “Essa é a propaganda que uma candidata à Presidência quer censurar”.

Segundo Flávio, a candidata quer “censurar uma mulher em seu lugar de fala” e afirmou que a defesa de Tebet é “seletiva”. A candidata do MDB também tem focado o seu discurso eleitoral no público feminino. Em sabatina do Jornal Nacional, da Globo, chegou a dizer duas vezes que é “a alma da mulher e o coração de mãe” na corrida pelo Planalto durante a entrevista.

 
 
Bolsonaro
Bolsonaro sofre tentativa de ataque durante motociata em Curitiba

Em vídeo, homem parece atirar objeto contra presidente; não é possível identificar objeto e nem se Bolsonaro foi atingido

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sofreu nesta 4ª feira (31.ago.2022) uma tentativa de ataque durante motociata realizada em Curitiba, capital do Paraná. Enquanto o chefe do Executivo passava na garupa de uma motocicleta, escoltada por batedores da Presidência e seguida por apoiadores, um homem se aproximou e atirou um objeto.

Pelas imagens, não fica claro o que é o objeto em questão e nem se Bolsonaro chegou a ser atingido. Ao Poder360, a equipe de campanha de Bolsonaro esclareceu que o presidente não foi atingido por nenhum objeto.

O vídeo foi feito pelo fotógrafo Cheng NV e divulgado pelo jornalista Renato Souza, do portal de notícias R7. Segundo o fotógrafo, o homem apenas fingiu jogar algo contra o chefe do Executivo. A motociata seguiu normalmente depois do episódio.

O presidente, que estava sem capacete, parece tentar se desviar do objeto jogado pelo pedestre. O ato de conduzir uma motocicleta com o passageiro sem o capacete de segurança é considerado uma infração gravíssima pelo Art. 244 do Código de Trânsito Brasileiro.

Apesar de a penalidade ser multa e a suspensão do direito de dirigir, Bolsonaro já participou de motociatas sem utilizar o equipamento de segurança em outras ocasiões. Leia mais sobre:

Além da motociata, o candidato do PL (Partido Liberal) também fez um comício em Curitiba e bebeu caldo de cana com apoiadores.

Horas antes, Bolsonaro esteve em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai,  onde fez uma visita técnica a uma das pontes com o país iniciada durante o seu governo e aproveitou para fazer críticas a uma obra não concluída da Unila(Universidade da Integração Latino-Americana), iniciada durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu rival pela disputa ao Palácio do Planalto.

 
Lula 
- Lula discursa sobre proteção de fronteiras e garimpo ilegal

Candidato do PT cumpriu agenda em Manaus

O candidato à presidente pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, cumpriu agenda em Manaus, nesta quarta-feira (31). Durante a tarde, ele se reuniu com ambientalistas e lideranças indígenas e prometeu enfrentar o garimpo ilegal na região amazônica. O ex-presidente também reafirmou o compromisso de criar o Ministério dos Povos Originários e indicar um indígena para o comando da pasta.

"É preciso que se abra espaço para que os povos originários decidam a própria vida e, com isso, evitar que haja mais garimpo ilegal nesse país", afirmou a jornalistas. Em seguida, durante a reunião, ele voltou a falar no assunto e argumentou que é preciso criar um amplo plano de proteção das fronteiras, em diálogo com países vizinhos.

"Passamos a tarde discutindo segurança pública e, dentro da segurança pública, está o cuidado que temos que ter com nossas fronteiras. Não é mais possível [haver] contrabando de armas e tráfico de drogas. Precisamos construir um acordo de verdade com países que fazem fronteira com Brasil", afirmou.

Citando mudanças climáticas e os desafios da agenda ambiental, Lula falou sobre preservação da floresta por meio de pesquisas científicas a partir de parcerias internacionais. "A nossa floresta será cuidada, a nossa biodiversidade será estudada. Pra isso, precisa dinheiro e parceria com pesquisadores estrangeiros".

Pela manhã, Lula concedeu uma entrevista por telefone para uma emissora de rádio do Pará. Em seguida, ele visitou as instalações da fábrica da montadora japonesa Honda, na zona industrial da capital amazonense. Ela estava acompanhado de políticos aliados e conversou com os operários.

Na entrevista concedida pela manhã, o candidato disse que vai tentar um acordo com a Câmara dos Deputados para acabar com o chamado "orçamento secreto", nome dado às emendas de relator, e que tem sua transparência questionada por congressistas e entidades da sociedade civil. Ele também repetiu que, se eleito, vai manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil.

 

Ciro

- Ciro diz que comício foi a 'gente preparada': 'Imagina explicar na favela'

 

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse que fez um "comício para gente preparada" em encontro com empresários na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro). Ao detalhar o seu plano econômico ao grupo, o político fez uma comparação sobre como seria fazê-lo em uma favela.

 

A fala aconteceu após a apresentação, quando Ciro foi interrompido por um dos presentes. O empresário Luiz Césio Caetano, que já presidiu a federação, disse que a explicação foi como uma aula: "Candidato Ciro Gomes, parabéns pela sua aula. Acho que foi uma aula, pelo menos para mim foi."

 

Ao que o candidato respondeu: "na verdade é um comício, né!? Um comício para gente preparada, você imagina eu explicar isso na favela, isso é um serviço pesado."

 

Ciro tenta crescer nas pesquisas, se distanciando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas enfrenta dificuldade. Pesquisa do Instituto Ipespe contratada pela XP Investimentos, feita por telefone e divulgada hoje, aponta o petista na liderança com 43% das intenções de voto, seguido pelo atual presidente e candidato à reeleição, que obteve 35%. Ciro aparece bem mais atrás, com 9%, e empata tecnicamente com a senadora Simone Tebet (MDB).

 

Ciro diz que Lula apresentou no JN uma ideia sua

 

Na sexta-feira passada, Ciro Gomes disse que a única proposta apresentada por Lula durante a sabatina no Jornal Nacional é dele: a de reestruturação da dívida dos consumidores. O candidato disse que não acha "nada ruim" que copiem suas ideias "porque elas não são minhas, mas do povo brasileiro".

 

"Mas se você for ver bem, essa foi a única proposta que Lula apresentou no 'JN'", disse, durante sabatina de o Globo, Rádio CBN e Jornal Valor Econômico.

 

Ainda segundo Ciro, as pessoas ficaram reféns dos bancos porque o governo Lula não baixou os juros, mas expandiu o crédito em 15% da proporção da riqueza brasileira.

 

Fonte: Agência Brasil - Poder360