Ao menos, cinco parlamentares estão envolvidos na utilização irregular de verba indenizatória na Câmara de Vereadores de Macapá. Na manhã de segunda-feira (03), a sede do Legislativo se tornou alvo da operação ‘Nota Fria’ deflagrada pelo Ministério Público (MP) do Amapá, através do Grupo de Atuação Especial para Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A ação deu o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão no local e em empresas privadas.
Em entrevista coletiva, o promotor Afonso Guimarães, responsável pelas investigações explicou que nenhum dos 23 parlamentares está descartado das investigações. Porém, até o momento, há indícios contra cinco deles: Yuri Pelaes, Ruzivan Pontes, Victor Hugo, Japão e o ex-vereador Acácio Favacho.
De acordo com o MP, parlamentares assinavam notas frias solicitando ressarcimento de valores em compras que teriam sido efetuadas para os seus gabinetes. No entanto, a compra não era efetivada.
Cada vereador recebe em torno de R$ 19 mil por mês para usar com atividades relacionadas ao mandato, como a compra de material de expediente e combustível ou aluguel de carros para as atividades parlamentares.
O MP informou que a operação poderá ter outros desdobramentos, visto que novas notas fiscais foram encontradas durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão.