O primeiro tempo foi desastroso, mas o Liverpool acordou depois do intervalo e venceu o Villarreal de virada por 3 a 2 na tarde de hoje (3), no Estádio de La Ceramica, para garantir seu lugar na final da Liga dos Campeões. Dia e Coquelin marcarem para os espanhóis, mas Fabinho, Luis Díaz e Sadio Mané fizeram os gols da classificação.
Apesar do sufoco, o Liverpool chega à décima final de Liga dos Campeões de sua história. O clube eliminou Inter de Milão, Benfica e Villarreal no mata-mata, e agora espera a definição de seu adversário da decisão: Manchester City ou Real Madrid, que se enfrentam amanhã (4). A final da Champions é no dia 28, em Paris.
O colombiano saiu do banco no intervalo para mudar o jogo completamente. Ele virou o escape do Liverpool pelo lado esquerdo, prendeu a atenção do Villarreal por ali e assim ainda deu fôlego para Robertson, que vinha sofrendo muito defensivamente. Díaz marcou o segundo gol, de cabeça, que àquela altura já praticamente resolvia a classificação.
Gerónimo Rulli passou metade do jogo praticamente sem trabalhar, mas na outra metade viveu um pesadelo em campo. Tomou dois gols por entre as pernas e saiu todo atrapalhado no terceiro, sendo facilmente driblado por Mané. Jogo ruim do goleiro argentino.
O time espanhol entrou em campo precisando fazer o que ninguém fez nesta temporada: vencer por dois gols um Liverpool que só perdeu três vezes em um ano (todas por um gol de diferença). O tamanho do desafio pareceu empolgar ainda mais o Villarreal, e em uma atmosfera incrível o time da casa abriu o placar logo aos três minutos (veja acima). Depois disso o ritmo caiu um pouco porque o adversário finalmente se achou, mas ainda assim o time da casa ampliou antes do intervalo.
O erro da defesa no gol sofrido foi o primeiro de um raro jogo em que o Liverpool estava meio desconjuntado em campo. Logo o Liverpool de Klopp, tão exaltado pela energia costumeira, não parecia ele mesmo em uma semifinal de Champions: não achou caminho para sair jogando, atrapalhou-se e errou demais no primeiro tempo inteiro e só deu o primeiro chute no começo do segundo. O Villarreal deu um nó.
Os dois gols do time espanhol na primeira etapa saíram de cruzamentos nas costas dos laterais do Liverpool. Bem no comecinho, Estupiñán compensou o jogo ruim que fez na ida e cruzou com precisão para Capoue adiantar-se a Robertson e depois Dia abrir o placar. Depois, aos 41 minutos, o contrário: Capoue ganhou de Robertson no chão e cruzou para Coquelin aparecer nas costas de Alexander-Arnold.
Os 45 minutos ruins do Liverpool viraram passado com uma substituição: Luis Díaz no lugar de Diogo Jota. Se antes o ataque estava nada criativo e preso na marcação, depois o colombiano levou ampla vantagem no lado esquerdo e deu novas possibilidades ao time inglês. A troca potencializou os laterais, e não à toa os dois gols do empate foram criados por Alexander-Arnold: primeiro serviu Fabinho, que se apresentou à frente e bateu por entre as pernas do goleiro (assista acima); depois cruzou para o próprio Díaz bater a linha de impedimento e cabecear completamente livre (veja abaixo).
Depois de tanto sufoco na primeira metade, o Liverpool finalmente mostrou as caras na etapa final para provar sua força. O time aproveitou o recuo natural do Villarreal depois do 2 a 0, cuidou melhor da bola, empatou na base da pressão e ainda teve toda a tranquilidade do mundo para fazer o terceiro em um contra-ataque mortal: Mané driblou o goleiro e completou para o gol vazio aos 29 minutos. Daí em diante, a classificação estava resolvida.
Fonte: UOL