Jane Nogara - Vatican News
Na manhã desta quinta-feira (28) o Papa Francisco recebeu os membros da “Papal Foundation”, a organização de caridade norte-americana dedicada exclusivamente a atender os pedidos do Santo Padre para as necessidades da Igreja.
Francisco iniciou sua saudação afirmando que é uma grande alegria poder encontrar todos pessoalmente depois do período de restrições por causa da Covid-19. E expressou sua "profunda gratidão pelo apoio generoso que vocês deram tanto a mim quanto à Igreja em várias partes do mundo”.
“Ao longo dos anos – continuou o Pontífice - a 'Papal Foundation' promoveu o desenvolvimento integral de muitos de nossos irmãos e irmãs em todo o mundo. Em particular, a resposta da sua Fundação aos diversos pedidos de assistência a projetos educacionais, caritativos e eclesiais, lhes permitiu apoiar o compromisso permanente da Igreja em construir uma cultura de solidariedade e de paz”.
Francisco recordou também a ajuda às vítimas da guerra ao afirmar: “Ao mesmo tempo, como estamos testemunhando nestes dias os efeitos devastadores da guerra e de outros conflitos, vocês têm o cuidado de reconhecer a necessidade de prestar cuidados e assistência humanitária às vítimas, refugiados e os que são forçados a deixar a sua pátria em busca de um futuro melhor e mais seguro para si mesmos e para seus entes queridos”.
Com a intenção de agradecer este gesto aos presentes disse:
“A sua ação ajuda a levar concretamente o Evangelho do amor, da esperança e da misericórdia a todos os que se beneficiam de sua generosidade e seu compromisso. Por isso, agradeço-lhes e rezo para que se renovem em seu zelo em servir ao Senhor, servindo os últimos de nossos irmãos e irmãs, como o próprio Jesus nos ensinou”.
Por fim Francisco afirmou:
“Desde sua criação, a solidariedade com o Sucessor de Pedro tem sido uma característica da 'Papal Foundation'. É por isso que sei que posso contar com suas orações por mim e por meu ministério, pelas necessidades da Igreja, pela difusão do Evangelho e pela conversão dos corações”.
- Papa a peregrinos da Polônia: unir misericórdia e ecumenismo na Igreja
Andressa Collet – Vatican News
“Queridos irmãos e irmãs, dzień dobry!” Se arriscando com expressões na língua eslava e iniciando seu discurso com um afetuoso “bom dia” em polonês, o Papa saudou cerca de 2 mil peregrinos da Arquidiocese de Łódź, da região central da Polônia. O grupo foi recebido na manhã desta quinta-feira (28) na Sala Paulo VI, por ocasião das comemorações de 100 anos da diocese.
Francisco começou agradecendo a iniciativa de encontrar o Pontífice, uma presença no Vaticano que “é um testemunho da fé e do amor pela Igreja e pelo Papa”, o mesmo objetivo de “comunhão, participação e missão” do Sínodo dos Bispos, que já está em andamento. Francisco, assim, descreveu a importância do evento, que está em fase diocesana, para “redescobrir a beleza da comunhão eclesial, do viver a fé juntos, do assumir responsabilidade recíproca uns pelos outros, do compartilhar com os outros a experiência de Deus, mesmo com aqueles que aparentemente estão distantes ou pensam de maneira diferente”.
A própria peregrinação, lembrou ele, “é uma bela imagem da Igreja sinodal”, já que desde a Polônia até Roma “uma família de irmãs e irmãos” de diferentes comunidades, inclusive representantes de outras Igrejas cristãs, resolveu caminhar unida. O Papa, assim, saudou várias pessoas e grupos presentes na Sala Paulo VI que retratam “uma oração comum” e “as relações contínuas e diárias” do ecumenismo: “a comunhão de vocês na diversidade é sinal de sinodalidade”, afirmou o Pontífice.
Em se tratando de ecumenismo e centenário da diocese, Francisco citou o primeiro bispo local, dom Wincenty Tymieniecki:
“Foi um homem de grande misericórdia e grande sensibilidade ecumênica. Através do seu ministério episcopal, o Espírito Santo inscreveu estes dois aspectos essenciais do cristianismo - misericórdia e ecumenismo - no ‘DNA’ da Igreja de vocês de Łódź, como legado e tarefa para as gerações vindouras.”
Uma misericórdia que, atualmente, recordou o Papa, “requer uma grande ‘imaginação’, uma grande criatividade”. Por isso, abençoou as mais diversas formas dela, desde quem abre a porta de casa e o coração para doentes, idosos, desempregados, sem teto, imigrantes, pobres, sofredores, marginalizados, até “às crianças que precisam de lar e família. É assim que a Igreja assume a face mais evangélica, aquela do Bom Samaritano, que não quer e não sabe ficar indiferente”, destacou o Pontífice, exortando todos a se inspirarem na ‘dupla coragem’ do bispo polonês:
“O bispo Tymieniecki foi capaz de unir a coragem da misericórdia e a coragem do ecumenismo. Ele escolheu o caminho do ecumenismo muito antes que a Igreja Católica o empreendesse oficialmente.”
E o Papa concluiu o discurso parabenizando novamente pelo centenário, desejando, porém, que todos façam do jubileu uma oportunidade para renovar a Igreja, “renovados e fortalecidos para a evangelização”:
“O ecumenismo na Igreja não é uma coisa opcional ou decorativa, mas uma atitude essencial. Eu encorajo vocês a caminharem juntos, na reflexão teológica e na evangelização, na oração comum e na escuta da Palavra de Deus, no testemunho da fraternidade. Nesse caminho vocês estão construindo a sociedade local, que orgulhosamente chamam de ‘comunidade das quatro culturas’.”
Dziękuję!, finalizou o Papa, com um "Obrigado", em polonês.
- Papa recebe o presidente da República do Gabão
A audiência entre o Papa Francisco e o presidente da República do Gabão, Ali Bongo Ondimba, durou mais de 20 minutos na manhã desta quinta-feira (28), no Vaticano. Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante o encontro foi lembrada com satisfação "a assinatura do Acordo-Quadro entre as Partes, que ocorreu há 25 anos".
Ambas as partes reiteraram a "intenção de desenvolver ainda mais a cooperação bilateral", enquanto o presidente sublinhou "a apreciada contribuição da Igreja Católica em muitos setores da sociedade gabonesa, especialmente no campo da educação". A situação econômica e social do país também foi analisada, assim como as "questões de caráter internacional e regional".
Ao final da audiência, o Papa deu uma medalha de bronze que recorda as palavras do profeta Isaías no Capítulo 32: "O deserto se tornará um jardim"; e vários volumes como o da Statio Orbis de 27 de março de 2020, a Mensagem pela Paz deste ano e o Documento sobre a Fraternidade Humana. Por sua vez, o Chefe de Estado deu um quadro que retrata a entrada de Jesus em Jerusalém e ainda uma árvore de 4 metros de altura (Celtis Australis).
Em seguida, o presidente Ali Bongo Ondimba reuniu-se com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo dom Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados.
- O Papa recorda o cardeal Vallejo, "uma vida de serviço à Igreja"
O Papa Francisco enviou um telegrama de pesar ao arcebispo de Sevilha, dom Josep Àngel Saiz Meneses, pelo falecimento do arcebispo espanhol emérito de Sevilha, cardeal Carlos Amigo Vallejo, na última quarta-feira (27/04), no Hospital Universitário de Guadalajara, aos 87 anos.
Francisco expressa suas condolências a dom Mesenes, ao clero, aos consagrados e fiéis leigos desta Igreja particular, assim como aos Frades Menores, ordem à qual pertencia o purpurado, aos parentes e à Igreja de Tânger que ele serviu como pastor.
"Durante anos e com fidelidade ele doou sua vida a serviço de Deus e da Igreja", ressalta o Papa no texto. Francisco assegura as orações de sufrágio pelo "descanso eterno de sua alma", esperando que "o Senhor Jesus, por intercessão de Nossa Senhora de Montserrat, lhe conceda a coroa de glória que não murcha".
A capela mortuária com os restos mortais do cardeal será aberta hoje, a partir das 20h30, na Sala do Trono do Arcebispado de Sevilha. Na sexta-feira, das oito da manhã às onze da noite, os fiéis poderão ir ao arcebispado para rezar diante do corpo do falecido arcebispo emérito de Sevilha.
A Câmara Municipal da cidade declarou 24h de luto oficial pela morte do cardeal. A missa das exéquias será celebrada às 11h30 de sábado (30/04), na Catedral de Sevilha.