Política

ONU estima 8,3 milhões de refugiados da Ucrânia este ano





A agência de refugiados da ONU (Acnur) está esperando que cerca de 8,3 milhões de pessoas fujam da Ucrânia este ano, revisando para cima sua projeção anterior, disse um porta-voz nesta terça-feira (26).

Mais de 12,7 milhões de pessoas fugiram de suas casas nos últimos dois meses, incluindo 7,7 milhões de pessoas deslocadas internamente e mais de 5 milhões que fugiram através das fronteiras, disse a porta-voz do Acnur, Shabia Mantoo, em entrevista coletiva.

O Acnur havia estimado anteriormente cerca de 4 milhões de refugiados na sequência imediata da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, mas o número foi ultrapassado no mês passado.

"A escala da crise, definitivamente a rapidez da fuga de pessoas, não temos visto nos últimos tempos", disse Mantoo.

A Síria continua sendo a maior crise atual de refugiados do mundo, com 6,8 milhões de pessoas tendo fugido, acrescentou.

 

Confira outras notícias 

- Polônia diz que Rússia alertou que fornecimento de gás vai parar na quarta-feira

Dados da rede de operadoras de transporte de gás mostraram que fluxos físicos de um país ao outro foram interrompidos, mas retomados nesta terça-feira (26) 

A gigante de energia russa Gazprom disse ao PGNiG da Polônia que interromperá o fornecimento de gás ao longo do oleoduto Yamal a partir de quarta-feira (27) de manhã, disse o PGNiG em comunicado, embora o governo polonês tenha dito que tinha reservas suficientes.

Mais cedo, dados da rede de operadoras de transporte de gás da União Europeia mostraram que os fluxos físicos de gás através do gasoduto Yamal-Europa da Bielorrússia para a Polônia foram interrompidos, mas foram retomados nesta terça-feira (26).

O fornecimento de energia da Polônia está seguro, disse o Ministério do Clima da Polônia nesta terça-feira, acrescentando que não há necessidade de extrair gás das reservas de gás e que o gás para os consumidores não será cortado.

O presidente russo, Vladimir Putin, exigiu que os países que ele chama de “hostis” após sua invasão da Ucrânia concordem em implementar um esquema sob o qual abririam contas no Gazprombank e fariam pagamentos pelas importações de gás russo em euros ou dólares que seriam convertidos em rublos.

A Gazprom disse na terça-feira que a Polônia precisaria começar a fazer pagamentos sob um novo esquema a partir de terça-feira. Não detalhou e não comentou a declaração do PGNiG sobre a possível paralisação do fornecimento de gás.

A Polônia, cujo acordo de gás com a Rússia expira no final deste ano, disse repetidamente que não cumpriria o novo esquema de pagamentos de gás. Ele também disse que não iria prorrogar o contrato.

O contrato da Polônia com a Gazprom é de 10,2 bilhões de metros cúbicos por ano e cobre cerca de 50% do consumo nacional.

A PGNiG disse na terça-feira que tomaria medidas para restabelecer o fluxo de gás de acordo com o contrato de Yamal e que qualquer interrupção no fornecimento era uma violação desse contrato.

Acrescentou que tem o direito de pleitear danos por quebra de contrato.

Na terça-feira, a Polônia anunciou uma lista de 50 oligarcas e empresas russas, incluindo a Gazprom, que estariam sujeitas a sanções sob uma lei aprovada no início deste mês que permite o congelamento de seus ativos. A lei é separada das sanções impostas conjuntamente pelos países da UE.

Fonte: Agência Brasil - CNN Brasil