Cotidiano

China quer iniciativa global de segurança indivisível





O presidente da China, Xi Jinping, propôs uma “iniciativa de segurança global”nesta 5ª feira (21.abr.2022). Sem detalhar medidas a serem implementadas, ele defendeu “o princípio da segurança indivisível”.

A Rússia usou esse mesmo conceito ao ser questionada sobre as investidas contra a Ucrânia. O Kremlin pede que os governos ocidentais respeitem um acordo de 1999 baseado no princípio que nenhum país pode fortalecer sua segurança enfraquecendo a de outros.

O governo chinês anunciou o envio de dinheiro e ajuda humanitária à Ucrânia, mas critica as sanções aplicadas contra a Rússia. A China e a Rússia são parceiros comerciais.

Xi Jinping, ao propor a “iniciativa de segurança global”, também falou sobre a importância de “respeitar a soberania e a integridade territorial de todos os países” e de “levar a sério as preocupações legítimas de segurança” de todos os governos. Defendeu ainda a solução pacífica de disputas entre países. Posicionou-se contra à “mentalidade da Guerra Fria” e ao unilateralismo.

As declarações fazem parte do discurso de Jinping na abertura da Conferência Anual 2022 do Fórum Boao para a Ásia.

 

Confira outras notícias 

- Índia quer impulsionar importações de petróleo do Brasil

A Índia, terceiro maior importador e consumidor de petróleo do mundo, está buscando impulsionar as compras de petróleo do Brasil, disse nesta quinta-feira o ministro do Petróleo da Índia, Hardeep Singh Puri, após uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

"Expressamos ao ilustre ministro que estamos dispostos a aumentar o nosso petróleo (importado) do Brasil repetidas vezes", disse Puri, acrescentando que as empresas indianas também estarão buscando impulsionar o investimento no país sul-americano.

As empresas estatais indianas Bharat Petroleum Corp e Oil and Natural Gas Corp têm feito investimentos no setor de exploração de gás e petróleo do Brasil.

A Índia quer importar petróleo do Brasil sob "contratos especiais de longo prazo", informou um comunicado do governo divulgado após a reunião, sem dar mais detalhes.

O Brasil, que está aumentando sua produção de petróleo em 10% para 3,3 milhões de barris por dia, está disposto a atender a demanda indiana por petróleo, disse Albuquerque.

A Índia, que atende cerca de 84% de suas necessidades de petróleo por meio de importações, está procurando maneiras de reduzir suas despesas com o produto, o que inclui intensificar o uso de biocombustíveis.

Os varejistas estatais de combustível da Índia estão ampliando a capacidade de armazenamento de etanol em 51%, diante de uma meta do país de dobrar a mistura do biocombustível com gasolina para 20% até 2025.

Puri disse que a Índia e o Brasil estão cooperando nas áreas de biocombustíveis e etanol.

A Unica, entidade que representa os produtores de açúcar e etanol no Brasil, assinou um memorando de entendimento com a Sociedade de Produtores Indianos de Veículos Automotivos para atuar nas áreas de etanol e tecnologia flex-fuel.

“Acreditamos que a Índia e o Brasil podem se unir para ajudar outros países que buscam aumentar o uso do etanol como combustível automotivo e desenvolver a tecnologia flex-fuel para reduzir a pegada de carbono”, disse Evandro Gussi, presidente-executivo da Unica.

A maior parte das importações e petróleo da Índia tem como origem o Oriente Médio e, em 2021, 9% das compras vieram da América Latina.

A Índia, recentemente, tinha aumentado suas compras de petróleo russo, disponível a preços mais baixos depois que algumas empresas e países acataram as sanções ocidentais a Moscou por sua invasão à Ucrânia.

Fonte: Poder360 - Agência Brasil