O valor do auxílio gás de R$ 51 para abril anunciado nesta quinta-feira (14) pelo governo federal não custa nem a 40% do preço médio do botijão de 13 quilos no Amapá.
Os beneficiários recebem pelo país, a cada dois meses, o valor correspondente a pelo menos 50% do preço médio nacional de revenda do botijão de 13 kg.
De acordo com o último levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na semana de 3 a 9 de abril, o preço médio do produto no Amapá foi de R$ 127,75. Os R$ 51 cobrem 39,92% desse valor. O ideal para os beneficiários do estado seria R$ 63,87.
Pelo país, o valor anunciado de R$ 51 equivale à metade do preço médio do botijão de gás apenas no estado do Rio de Janeiro. Veja abaixo:
Os mais altos preços médios do botijão de gás foram registrados nos estados de Rondônia e Mato Grosso, onde o valor ultrapassou os R$ 134.
Vale ressaltar que os valores divulgados pela ANP são uma média em cada localidade, após consulta às revendedoras.
Além disso, o valor do vale-gás de abril é R$ 1 menor que o de fevereiro. O benefício será pago para 5,39 milhões de famílias, no valor total de R$ 275 milhões.
Questionado pelo g1, o Ministério da Cidadania informou que o valor do benefício é de no mínimo 50% da média do preço nacional de referência do botijão dos 6 meses anteriores.
Além disso, o número de famílias contempladas caiu: em fevereiro eram 5,58 milhões, queda de cerca de 190 mil beneficiários. Já o valor total destinado ao pagamento teve redução de R$ 4 milhões (de R$ 279 milhões para R$ 275 milhões).
O pagamento de mais uma parcela do benefício começou nesta quinta-feira (14). Os primeiros a receber são os beneficiários que possuem final de número de inscrição social (NIS) 1.
O benefício foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em novembro do ano passado para ajudar famílias de baixa renda a comprar o botijão de gás de 13 kg.
O pagamento do benefício é bimestral e o valor corresponde a 50% da média do preço do botijão de 13 kg de gás liquefeito de petróleo (GLP).
Neste ano, os pagamentos são feitos nos meses pares, nas mesmas datas das parcelas do Auxílio Brasil – que se baseiam no final de número de inscrição social (NIS).