O Processo Seletivo Público Simplificado teve 6.822 inscritos para as 414 vagas de emprego para trabalhar na Maternidade de Risco Habitual Zona Norte de Macapá – Dra. Euclélia Américo. O certame encerrou as inscrições on-line no dia 8 de março, com propostas salariais que ultrapassam os R$ 3,8 mil.
São ofertadas oportunidades de emprego para várias profissões, mas as que têm mais vagas são técnico em enfermagem (206 vagas) e enfermeiro (60 vagas ao todo). Das 414 vagas, 99 são de nível superior e 315 de nível médio e técnico.
O cargo que teve mais inscritos foi o de técnico em enfermagem, com 1.359 candidatos - isso significa, em média, 7 candidatos por vaga. Na lista das funções mais procuradas aparece em 2º lugar a de auxiliar administrativo, com 903 candidatos - são ofertadas 14 vagas, ou seja, a concorrência é de 64 profissionais por vaga.
Há reserva de vagas para portadores de deficiência, quilombolas e indígenas, e também há formação de um cadastro reserva. A seleção será em 3 etapas: inscrição, análise de currículos e treinamento.
Confira a seguir o número de inscritos para os 5 cargos mais procurados:
Não foi a primeira vez que a maternidade abriu certame para captar funcionários. Em 2018 foi divulgado um outro processo seletivo para contratar pessoal para trabalhar na unidade de saúde, porém, segundo a Sesa, o certame deixou de ter validade devido a empresa responsável ter rompido contrato com o Estado.
O prédio começou a ser construído em 2013, no bairro Renascer, na Zona Norte de Macapá. A estrutura chegou a ser usada duas vezes durante a pandemia para receber e tratar pacientes com Covid-19. No entanto, até este mês, não chegou a ser inaugurada com a finalidade para a qual foi criada.
A obra, comandada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foi uma solução encontrada pelo governo para desafogar os atendimentos do Hospital de Mulher Mãe Luzia - a maior maternidade pública do estado - e, consequentemente, sanar os problemas da unidade que passa a atender exclusivamente os casos graves.
A data de entrega do prédio já foi adiada várias vezes. O último prazo, anunciado em novembro de 2021, é para o mês que vem. Uma inspeção do Ministério Público do Amapá (MP-AP) constatou uma série de precariedades no prédio.
A unidade atenderá exclusivamente a área obstétrica, que contará com centro cirúrgico, UTI neonatal e UTI adulto para gestantes que necessitem de outros atendimentos enquanto estiverem em tratamento.
A previsão é que a maternidade realize 600 partos por mês, o equivalente a 60% da capacidade do Hospital da Mulher Mãe Luzia.