Cotidiano

Mais de 6,8 mil concorrem às 414 vagas de trabalho na Maternidade da Zona Norte de Macapá





São oportunidades de níveis médio e superior, cujos salários chegam a R$ 3,8 mil.

O Processo Seletivo Público Simplificado teve 6.822 inscritos para as 414 vagas de emprego para trabalhar na Maternidade de Risco Habitual Zona Norte de Macapá – Dra. Euclélia Américo. O certame encerrou as inscrições on-line no dia 8 de março, com propostas salariais que ultrapassam os R$ 3,8 mil. 

São ofertadas oportunidades de emprego para várias profissões, mas as que têm mais vagas são técnico em enfermagem (206 vagas) e enfermeiro (60 vagas ao todo). Das 414 vagas, 99 são de nível superior e 315 de nível médio e técnico. 

cargo que teve mais inscritos foi o de técnico em enfermagem, com 1.359 candidatos - isso significa, em média, 7 candidatos por vaga. Na lista das funções mais procuradas aparece em 2º lugar a de auxiliar administrativo, com 903 candidatos - são ofertadas 14 vagas, ou seja, a concorrência é de 64 profissionais por vaga. 

Há reserva de vagas para portadores de deficiência, quilombolas e indígenas, e também há formação de um cadastro reserva. A seleção será em 3 etapas: inscrição, análise de currículos e treinamento. 

Confira a seguir o número de inscritos para os 5 cargos mais procurados: 

  • técnico de enfermagem - 1359 candidatos (para 206 vagas)
  • auxiliar administrativo - 903 candidatos (para 14 vagas)
  • enfermeiro - 660 candidatos (para 40 vagas)
  • recepcionista plantonista - 530 candidatos (para 20 vagas)
  • agente de portaria plantonista - 425 candidatos (para 20 vagas)
  • período para inscrições: de 28 de fevereiro a 8 de março
  • resultado preliminar da etapa de análise curricular: 23 de março 
  • treinamento: 29 a 31 de março 
  • resultado final preliminar: 5 de abril
  • resultado final definitivo: 7 de abril

 

Construção da maternidade

 

Não foi a primeira vez que a maternidade abriu certame para captar funcionários. Em 2018 foi divulgado um outro processo seletivo para contratar pessoal para trabalhar na unidade de saúde, porém, segundo a Sesa, o certame deixou de ter validade devido a empresa responsável ter rompido contrato com o Estado. 

O prédio começou a ser construído em 2013, no bairro Renascer, na Zona Norte de Macapá. A estrutura chegou a ser usada duas vezes durante a pandemia para receber e tratar pacientes com Covid-19. No entanto, até este mês, não chegou a ser inaugurada com a finalidade para a qual foi criada.  

A obra, comandada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foi uma solução encontrada pelo governo para desafogar os atendimentos do Hospital de Mulher Mãe Luzia - a maior maternidade pública do estado - e, consequentemente, sanar os problemas da unidade que passa a atender exclusivamente os casos graves. 

A data de entrega do prédio já foi adiada várias vezes. O último prazo, anunciado em novembro de 2021, é para o mês que vem. Uma inspeção do Ministério Público do Amapá (MP-AP) constatou uma série de precariedades no prédio. 

A unidade atenderá exclusivamente a área obstétrica, que contará com centro cirúrgico, UTI neonatal e UTI adulto para gestantes que necessitem de outros atendimentos enquanto estiverem em tratamento. 

A previsão é que a maternidade realize 600 partos por mês, o equivalente a 60% da capacidade do Hospital da Mulher Mãe Luzia. 

 Fonte: g1 Amapá - Fabiana Figueiredo