Cotidiano

Após registrar 37 mil casos de Covid, média móvel cai pelo 12º dia consecutivo





Nesta segunda-feira (21), média móvel de casos chegou a 101.007, menor número desde 19 de janeiro

O Brasil registrou 37.339 casos e 318 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta segunda-feira (21).

A média móvel de casos está no 12º dia seguido de declínio, chegando a 101.007. Já a média móvel de mortes marca 824 — acima de 800 desde 8 de fevereiro de 2022.

Médias móveis levam em consideração as médias dos números dos últimos sete dias e são utilizadas para evitar distorções causadas por eventuais subnotificações aos finais de semana.

Ao todo, já são 28.245.551 casos de Covid-19 e 644.604 óbitos registrados desde o início da pandemia.

 

Confira outras notícias 

- Estudo mostra desigualdade em casos de covid em trabalhadores da saúde

Pesquisa analisou testes sorológicos realizados em 1.154 trabalhadores

Uma pesquisa realizada no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), mostrou que fatores ligados à desigualdade social influenciaram a contaminação dos trabalhadores da unidade pelo SARS-CoV-2 entre junho e julho de 2020.

O vírus infectou mais os trabalhadores não brancos, os de menor escolaridade e renda e os que não trabalham diretamente na assistência em saúde, como recepcionistas, guardas e agentes de limpeza. A pesquisa analisou testes sorológicos realizados em 1.154 trabalhadores, e os resultados foram publicados na revista científica Lancet Regional Health - Americas.

O artigo relata que 30% dos trabalhadores do hospital tiveram anticorpos contra o vírus detectados em seus exames, percentual muito superior à taxa de contaminação da população em geral, que foi de 3% a 5%.

O percentual médio de 30%, porém, esconde disparidades, que aparecem quando os dados são cruzados com informações como cor da pele, escolaridade, renda, área de atuação e forma de locomoção.

A pesquisa mostrou que 23,1% dos trabalhadores que se identificam como brancos tiveram resultado positivo no inquérito sorológico, enquanto entre os não brancos o percentual foi de 37,1%.

Os profissionais que atuam na assistência, como técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos tiveram um percentual de positividade de 25%, enquanto para os cargos administrativos, recepcionistas, seguranças e agentes de limpeza essa proporção chega a 40,4%. A maior taxa de contaminação foi dos profissionais da limpeza, com 47,5%.

A Fiocruz aponta ainda que a forma de deslocamento da residência para o trabalho influenciou nos percentuais de contaminação, já que os trabalhadores que usaram transporte coletivo (trem, metrô e ônibus) tiveram resultados positivos com mais frequência do que aqueles que foram trabalhar caminhando, de carro, motocicleta ou táxi.

Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, a primeira autora do artigo, a aluna de doutorado e fisioterapeuta do IFF/Fiocruz, Roberta Fernandes Correia, destacou que a "desigualdade é o vírus mais letal do mundo".

"Os achados deste trabalho não divergem da desigual contaminação da população brasileira e países afins, em especial os da América Latina. Apesar do IFF/Fiocruz ser uma instituição pública de vanguarda na atenção à saúde da população, também sofre inevitavelmente os reflexos da economia de seu país, o que afeta na contaminação pelo Sars-CoV-2 entre seus trabalhadores. É provável que a solidariedade seja o antídoto e precise urgentemente ser incorporada às políticas sociais, econômicas, de saúde, educação, ambientais e de afeto".

A orientadora da pesquisa, a professora e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e do IFF/Fiocruz Elizabeth Artmann, ressalta que o estudo reforça o papel de determinantes sociais nas taxas de contaminação em trabalhadores da saúde.

"Em um país com tanta desigualdade como o nosso, estes resultados são muito relevantes e mostram a importância de pesquisas que possam ancorar a tomada de decisões, neste caso, a priorização dos grupos mais vulneráveis". 

 

- Boris Johnson anuncia fim das restrições contra a Covid no Reino Unido

Segundo o plano "Vivendo com a Covid" as medidas deixam de valer nesta quinta-feira; ao menos outros 14 países europeus flexibilizam medidas 

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou hoje (21), que as restrições sanitárias terminarão na Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – que compõem o Reino Unido – nesta quinta-feira (24). No dia 1 de abril, testes gratuitos para a Covid-19 deixarão de ser fornecidos à população em geral.

Segundo um levantamento da agência CNN, outros 14 países europeus anunciaram a flexibilização das medidas de combate à pandemia neste ano. São eles: Suíça, França, Noruega, Lituânia, Dinamarca, Áustria, Irlanda, Holanda, Espanha, Bélgica, Alemanha, Suécia, Portugal e Finlândia.

O plano “vivendo com a Covid”, anunciado por Johnson, ainda estabelece que a exigência legal de autoisolamento para aqueles que testem positivo será abandonada.

Segundo o premiê, os esforços de combate à pandemia realizados nos últimos dois anos permitem que agora as restrições deixem de ser determinadas pelo governo e se tornem uma questão de responsabilidade pessoal.

As medidas levantaram objeções de que o país estará vulnerável ao surgimento de novas variantes do coronavírus. A estratégia do primeiro-ministro deve focar no oferecimento de doses de reforço da vacina, especialmente para grupos mais suscetíveis à doença.

O fim das restrições era uma prioridade para muitos integrantes do Partido Conservador, do qual o primeiro-ministro faz parte.

Líderes da Escócia e do País de Gales, que são fortemente críticos ao governo de Johnson, disseram que a política dificulta o enfrentamento das variantes do coronavírus.

Fonte: Agência Brasil - CNN Brasil