Economia

Dólar cai mais de 1%, a R$ 5,435, depois de duas altas seguidas





O dólar fechou a terça-feira (25) em queda de 1,24%, cotado a R$ 5,435 na venda, interrompendo uma sequência de duas altas consecutivas. É a terceira maior perda diária registrada no mês, perdendo apenas para as baixas de 1,7% e 1,67% registradas nos dias 19 e 11, respectivamente.

Com o desempenho de hoje, o dólar agora acumula queda de 2,52% frente ao real em janeiro.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), opera em forte alta na sessão. Por volta das 17h20 (horário de Brasília), o indicador subia 1,92%, aos 110.012,14 pontos, após cair 0,92% na véspera. As negociações se encerram às 18h.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Instabilidade no exterior

Os mercados continuam tensos quanto aos riscos envolvendo o conflito entre Rússia e Ucrânia, principalmente depois de os Estados Unidos terem colocado 8.500 soldados em alerta caso haja uma rápida escalada na crise. Pela manhã (horário de Brasília), Moscou reagiu dizendo observar as movimentações dos americanos "com grande preocupação".

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou "não ter intenção" de enviar tropas americanas ou da Otan à Ucrânia, mas voltou a ameaçar os russos com sanções em caso de ataque.

A tensão entre Rússia e Ucrânia é crescente. Moscou nega que vá atacar o vizinho, dizendo que o Ocidente exagera — mas já há mais de 100 mil soldados russos, com armamentos pesados, aglomerados na fronteira. Do outro lado, aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) já estão anunciando reforços, mas não há consenso cobre uma reação conjunta dos ocidentais.

Não há dúvidas, os russos estão se preparando. Mas para quê?Manchete de hoje do Libération

Expectativa pelo Fed

Paralelamente, investidores estão ansiosos por qualquer anúncio do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), que começou hoje a reunião de política monetária que deve confirmar planos de aumentar os juros — hoje próximos a zero — em março. A expectativa é de que a autoridade também dê sinais sobre o que pretende fazer com seu balanço patrimonial.

Juros mais altos nos EUA aumentam a rentabilidade dos títulos americanos, considerados investimentos muito seguros. Na prática, esse cenário tende a reduzir a atratividade de ativos mais arriscados, como o real e outras moedas de países emergentes, o que leva a uma valorização global do dólar.

Fonte: UOL com AFP, Reuters e RFI