Cotidiano

Queiroga diz que vacina não é necessária para volta às aulas





O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu que a vacina contra a covid-19 não é necessária para o retorno presencial às escolas. “As aulas devem acontecer, há segurança”, afirmou. A declaração foi feita nesta 2ª feira (17.jan.2022), à CNN Brasil.

“Já prejudicaram as nossas crianças em 2020, prejudicaram novamente em 2021. Será que querem prejudicar novamente?”, questionou Queiroga. Ele afirma ser “desarrazoável” que a vacina seja uma condição para a ida presencial a escolas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a aplicação da vacina da Pfizer na faixa etária de 5 a 11 anos em dezembro. A imunização começou na 6ª feira passada (14.out.2022). As sociedades brasileiras de Imunizações, Pediatria e Infectologia defendem a vacinação do grupo. 

CoronaVac em crianças

A Anvisa analisa pedido do Instituto Butantan para a aplicação da CoronaVac na faixa etária de 3 a 17 anos. A decisão deve ser tomada nos próximos dias. A vacina poderia acelerar a imunização de crianças.

Queiroga afirmou que, se a vacina for aprovada, o Ministério da Saúde irá analisar a possibilidade de incluir o imunizante para o grupo. Também disse que não será necessária audiência pública para analisar a vacina para essa idade, como foi feito com a vacina da Pfizer.

Queiroga comentou que a CoronaVac já é aplicada em crianças, em países como o Chile e a China. Disse que a Anvisa “faz parte de um rol de agências com um patamar de exigência de mais segurança nas suas análises”. Disse que a avaliação da agência é mais qualificada e segue o nível da EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e do FDA (Food and Drug Administration) –que só aprovaram a Pfizer para crianças.

“Sempre nós queremos que tenha mais insumos disponíveis, mais vacinas, mais medicamentos. Mas é preciso observar os aspectos regulatórios”, disse.

Ômicron

Queiroga afirmou que sua expectativa é que o Brasil tenha um desempenho contra a variante “tão bem-sucedido como na Espanha”. O país enfrente recorde de casos de covid-19. Mas o número de mortes continua longe do pico da pandemia, apesar de ter havido um aumento.

A Espanha, no entanto, tem uma cobertura vacinal maior que a do Brasil: 82% dos espanhóis estão com duas doses ou dose única, contra 69% dos brasileiros.

Queiroga também defendeu as vacinas usadas no Brasil como reforço. “Estudos realizados no Reino Unido já apontam que com o esquema vacinal completo e uma dose de reforço da AstraZeneca ou da Pfizer temos uma taxa de 70% a 80% de eficácia contra a ômicron”, disse.

Vacina errada em crianças na Paraíba

A Prefeitura de Lucena (PB) vacinou de forma irregular cerca de 40 crianças. Elas foram vacinadas com imunizantes de adultos uma semana antes da chegada da dose pediátrica à Paraíba.

“Isso é considerado um erro vacinal. Essas vacinas elas devem ser aplica conforme as recomendações do Ministério da Saúde e a orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, afirmou Queiroga. Ele disse que o Ministério da Saúde está acompanhando o caso. Também declarou já foi instaurado um processo administrativo para investigar as responsabilidades.

 

Confira outras notícias 

- Não queremos punir ninguém, diz Queiroga sobre erro em vacinação de crianças na PB

Grupo recebeu dose de imunizante contra Covid-19 da Pfizer feito para adultos e com data de validade vencida; MPF investiga o caso paraibano 

Um grupo de quase 50 crianças foi vacinado na Paraíba com doses do imunizante da Pfizer contra a Covid-19 feito para adultos, que estava fora do prazo de validade.

O episódio aconteceu entre dezembro e janeiro no município de Lucena, na Região Metropolitana de João Pessoa, e está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF).

Em entrevista à CNN nesta segunda (17), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que “temos que cuidar para que não haja esse tipo de erro novamente”.

“Já foi instaurado um processo administrativo para apurar as responsabilidades. O MPF acompanha o caso. Nós não queremos buscar punição de ninguém, mas precisa ser averiguado para que fatos como esse não voltem a acontecer”, declarou o ministro.

À analista da CNN, Basília Rodrigues, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiro, informou, neste sábado (15), que crianças entre 4 e 9 anos receberam a vacina para adultos. Elas apresentaram eventos adversos leves como febre e dor no local da aplicação. Mas passam bem, de acordo com o secretário.

O ministro Queiroga afirmou que foi até a cidade de Lucena para conversar com o prefeito, as autoridades sanitárias e os familiares das crianças vacinadas.

De acordo com Queiroga, 48 crianças foram vacinadas neste “erro vacinal”. “Essas doses foram aplicadas antes da distribuição das vacinas específicas”, explicou o ministro.

Queiroga destacou que a vacinação infantil aprovada recentemente pelo Ministério da Saúde deve ocorrer com uma série de protocolos de segurança para evitar erros.

Ele pontua que a imunização das crianças deve acontecer com vacinadores e salas exclusivos para essa faixa etária, e que a tampa da ampola com a vacina tem cor diferente da usada em adultos.

“As crianças devem ser acompanhadas de perto para detectar possíveis efeitos adversos da vacina”, disse.

“É necessário que os municípios e as salas de vacinação recebam todas as orientações, e isso incumbe à Secretaria Estadual de Saúde junto aos municípios”, completou Queiroga.

 

- Com aprovação da Anvisa, usaremos Coronavac em crianças, diz Queiroga à CNN

Ministro da Saúde disse que as vacinas não devem ser um fator condicionante para o retorno presencial às aulas previsto para o fim do mês

A vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19 no Brasil teve início neste fim de semana em nove capitais: Florianópolis, Belo Horizonte, Campo Grande, Salvador, São Luís, Fortaleza, Aracaju, Vitória e Recife. Já no domingo (16), foi a vez de Brasília e João Pessoa iniciarem a imunização do grupo.

Nesta segunda-feira (17), 10 capitais iniciam a vacinação e outras duas abrem o cadastro.

Em entrevista à CNN, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, elencou as condições para que o governo federal comece a utilizar a Coronavac em crianças.

O ministro afirmou que, caso a vacina seja aprovada pela equipe técnica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e por uma análise da aprovação feita internamente pelo Ministério, a vacina contra Covid-19 do Instituto Butantan poderá ser disponibilizada à população brasileira.

Ele argumenta que embora vacinas que utilizam a tecnologia da Coronavac tenham sido aprovadas em outros países, elas não receberam aprovação regulatória no Brasil para essa faixa etária.

“A Anvisa faz parte de um rol de agências que tem patamar de exigência de mais segurança nas suas análises”, afirmou. Ele pontua que agência, como a Europeia de Medicamentos (EMA) e o FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, aprovaram apenas o imunizante da Pfizer para vacinação infantil.

“Sempre queremos que tenha mais insumos, mais vacinas, mais medicamentos disponíveis. Mas é preciso observar os aspectos regulatórios”, pontuou.

Queiroga também declarou que não seria necessária nova audiência pública para discutir a vacinação infantil. No entanto, ele pontua que “a questão não é acelerar” o processo de imunização das crianças.

“As doses têm que ser aplicadas no momento certo, observando as recomendações do Ministério da Saúde e da Anvisa para que não aconteçam erros vacinais como aqui no meu estado da Paraíba”, disse.

O ministro também destacou que as vacinas não devem ser um fator condicionante para o retorno presencial às aulas previsto para o fim do mês.

Ele argumenta que a vacinação, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, não é obrigatória. “É desarrazoado se associar vacinação com aulas. As aulas devem acontecer, a segurança existe, as medidas são as mesmas. Aos pais que quiserem vacinar seus filhos, as vacinas estarão disponíveis”, afirmou.

 

- Onyx Lorenzoni está com covid pela 2ª vez

Ministro do Trabalho e Previdência foi diagnosticado com covid pela primeira em julho de 2020

O Ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, disse nesta 2ª (17.jan.2022) que foi diagnosticado com covid-19 pela 2ª vez. Em julho de 2020, o gaúcho também recebeu diagnóstico positivo para coronavírus.

“Estamos em áreas separadas da casa, porque ontem eu recebi a comunicação de que testei positivo para covid”, afirmou o ministro durante uma live com sua mulher no Instagram.

Onyx diz que está estável: “Estou com uma gripe forte, mas não mais do que isso”.

Durante a live, Denise Lorenzoni, mulher do ministro, disse que Onyx já “está pós-graduado em covid”. O ministro explica que ficou doente nas festas de fim de ano: “No recesso entre natal e ano novo todos nós pegamos h3n2”.

 

Fonte: Poder360 - CNN Brasil