Cotidiano

Anvisa pede explicações ao Butantan sobre uso da CoronaVac em crianças





A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta terça-feira (11) que solicitou ao Instituto Butantan novos esclarecimentos para avaliar o pedido de uso da vacina contra a covid-19 CoronaVac em crianças.

O Instituto Butantan entrou com a solicitação de autorização de uso em caráter emergencial do imunizante, fabricado em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, em pessoas com idades entre 5 e 11 anos ainda em dezembro. A Anvisa vem mantendo reuniões para analisar esse requerimento.

Ontem, a Anvisa recebeu do Instituto Butantan respostas a questionamentos feitos diante das informações apresentadas pela instituição de pesquisa paulista. Entre eles estavam pontos sobre um estudo sobre o imunizante conduzido em crianças no Chile.

A Anvisa hoje enviou pedidos de esclarecimentos adicionais sobre o estudo que segundo o Butantan atestaria a efetividade do uso do imunizante no público pretendido. Uma nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (13) para discutir os dados e eventuais compromissos no caso de aprovação da autorização.

Até o momento, apenas o imunizantes da Pfizer tem uso em crianças autorizado pela Anvisa.

 

Confira outras notícias 

- AGU: intervenção do Judiciário na pandemia afronta separação

A AGU (Advocacia Geral da União) disse nesta 3ª feira (11.jan.2021) que a intervenção do Poder Judiciário em temas sobre a pandemia, como a vacinação, podem afrontar a separação dos Poderes. A manifestação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal, que avalia uma ação sobre a imunização de crianças de 5 a 11 anos.

Em manifestação, a AGU disse que o Poder Judiciário não tem “indispensável capacidade institucional” para substituir o Poder Executivo em casos envolvendo políticas públicas “complexas”, como as relacionadas à pandemia.

Tendo-se em vista que o pedido formulado envolve ações materiais a serem efetivadas pela União, é preciso ressaltar que as atribuições concernentes à implementação de políticas públicas, como as ora demandadas do Poder Judiciário, inserem-se, em sua totalidade, na margem de atuação do Poder Executivo, de modo que eventual intervenção judicial no referido mister representaria afronta indiscutível ao basilar princípio da separação dos Poderes”, disse a defesa da União.

A AGU negou que o governo Jair Bolsonaro (PL) tenha sido inerte ao tratar da vacinação infantil e disse que o Executivo “tem atuado de forma coordenada” sobre o tema.

A ação foi movida pela CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), que cobra a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Imunização e questiona a consulta pública sobre a imunização infantil contra a covid-19 feita pelo Ministério da Saúde.

Na 2ª feira (10.jan), a Procuradoria Geral da República também se manifestou sobre o tema. Sem entrar no mérito se a vacinação deve ou não ser obrigatória, a PGR pediu o arquivamento da ação por um motivo técnico ao considerar que a CNTM não tem ligação com o tema do processo.

O caso está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia. Apesar do recesso do Judiciário, que segue até fevereiro, a ministra informou que continuará atuando em seu gabinete.

Fonte: Poder360 - Agência Brasil