Cotidiano

Brasil registra 70 mil casos em 24 horas





Com isso, a média móvel considerando os últimos 7 dias também cresceu e chegou a 43.660, maior patamar desde de 29 de julho de 2020

O Brasil registrou nesta terça-feira (11) 70.765 casos de Covid-19, mais que o dobro da segunda-feira (34.788).

Com isso, a média móvel considerando os últimos 7 dias também cresceu e chegou a 43.660, maior patamar desde de 29 de julho de 2020, quando o país tinha 45.094 casos.

O número de óbitos, no entanto, cresceu proporcionalmente menos: foi de 110 na segunda para 147 nesta terça-feira — ficando uma média móvel de 122 casos (considerando os últimos sete dias).

 

- Queiroga atribui aos municípios redução de testes de covid

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atribuiu aos municípios a redução de envio de testes de covid pela pasta. A declaração foi feita nesta 3ª feira (11.jan.2022) em entrevista à CNN Brasil.

Com o aumento no número de casos da doença no país, impulsionados pela variante ômicron, brasileiros têm encontrado dificuldade para realizar os exames.

Como a pandemia caminhava para um controle, houve uma diminuição de solicitação dos municípios”, afirmou Queiroga. Os casos de covid-19 estavam em queda até 28 de dezembro. Mas média móvel de diagnósticos voltou a subirem 30 de dezembro. Na 2ª feira (10.jan) estava em 36.231 registros por dia, alta de 798% em relação a duas semanas atrás.

O Ministério da Saúde disse que irá distribuir 28 milhões de testes rápidos de antígeno para detecção de covid-19 a Estados e municípios em janeiro. Desses, 13 milhões serão enviados até dia 15.

O quantitativo é próximo ao total distribuído pela pasta em 2021 inteiro. Segundo o ministério, foram distribuídos mais de 31,5 milhões de exames de antígeno no ano passado.

Queiroga disse nesta 3ª feira que só pode comprar testes se houver garantia de que eles serão utilizados. “Não posso chegar e comprar 300 milhões de testes sem que haja garantia que esses exames serão realizados lá na ponta”, afirmou o ministro.

Cerca de 2.100 municípios apresentaram na semana passada um ofício ao Ministério da Saúde, solicitando apoio para que as cidades tivessem melhores estruturas para testagem.

O chefe da Saúde também disse que a compra de testes não é uma função exclusiva da pasta. “Os Estados e municípios também podem adquirir esses testes”, afirmou.

Autotestes

O Ministério da Saúde está analisando a implementação de autotestes de covid no Brasil. Até o momento, a técnica é proibida no país. Doenças com notificação obrigatória às autoridades de saúde, como é o caso da covid-19, não podem ter autotestes, segundo uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de 2015.

Queiroga disse nesta 3ª feira que a pasta fará orientações para que os resultados possam ser notificados. Disse que uma campanha publicitária “ainda não está no horizonte”, mas “é uma boa sugestão”.

Também afirmou que o autoteste é uma “medida importante”, mas que a prioridade é fazer testes com os profissionais de saúde. O autoteste é um exame rápido de antígeno que pode ser feito pela própria pessoa, sem necessidade de ir à farmácia, laboratório ou hospital.

 

Confira outras notícias 

- Pfizer deve entregar 7,3 mi de vacinas infantis em fevereiro

A Brasil receberá 7,3 milhões de vacinas da Pfizer contra a covid-19 para crianças em fevereiro. Em março, serão entregues 8,4 milhões de doses. A previsão foi divulgada pelo Ministério da Saúde na 2ª feira (13.jan.2022). Eis a íntegra (175 KB).

Os primeiros imunizantes infantis chegarão ao país na 5ª feira (13.jan). A Pfizer entregará 1,2 milhões de unidades pela manhã no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Serão recebidas 4,3 milhões de doses neste mês. E 20 milhões até o final de março.

Eis o cronograma de entrega das doses pediátricas:

  • Janeiro: 4.314.000
  • Fevereiro: 7.272.000
  • Março: 8.418.000

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, receberá o 1º lote às 10h, em Guarulhos (SP). O Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos de Saúde, da pasta, fica na cidade. 

Depois que as vacinas chegarem, elas precisarão passar por inspeção da Anvisa, que faz a liberação de carga, e avaliação de lote do imunizante, feita pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Só depois serão distribuídas aos Estados para que comece a vacinação do grupo. O processo dura cerca de 24h.

A previsão do ministério é que a aplicação em crianças comece na 6ª feira (14.jan). Se a data for confirmada, será quase 1 mês depois de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar, em 16 de dezembro, o imunizante da Pfizer na faixa etária de 5 a 11 anos.

Distribuição de doses e ordem de aplicação

A distribuição das doses aos Estados seguirá a quantidade de crianças com essas idades em cada local. Há 20,5 milhões de pessoas na faixa etária no Brasil, segundo cálculo do IBGE. É necessário o dobro de doses (41 milhões) para vacinar todas, já que cada criança receberá 2 injeções. O intervalo entre cada aplicação será de 8 semanas.

O Ministério da Saúde recomendou que seja seguida a seguinte ordem de vacinação:

  • indígenas ou quilombolas de 5 a 11 anos;
  • crianças de 5 a 11 anos com deficiência permanente ou com
    comorbidades à covid-19;
  • 5 a 11 anos que morem com pessoas com alto risco para a covid-19;
  • 10 e 11 anos sem comorbidades;
  • 8 e 9 anos sem comorbidades;
  • 6 e 7 anos sem comorbidades;
  • 5 anos sem comorbidades.

 

- OMS: Ômicron deve infectar mais da metade da Europa em até 8 semanas

Infecções de funcionários da saúde aumentam a preocupação sobre um eventual colapso do sistema durante um novo pico de casos

Mais da metade da população europeia deve ser infectada pela variante Ômicron do coronavírus nas próximas seis a oito semanas, disse nesta terça-feira (11) o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente, Hans Kluge.

A Europa registrou mais de 7 milhões de novos casos de Covid-19 na primeira semana de 2022, mais do que o dobro do notificado quinze dias antes, disse Kluge em uma coletiva de imprensa.

“Neste ritmo, o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde prevê que mais de 50% da população da região será infectada com a Ômicron nas próximas seis a oito semanas”, disse Kluge.

Apesar dos primeiros estudos mostrarem um risco menor de doença grave ou hospitalização por Ômicron em comparação com a variante Delta, anteriormente dominante, as redes de saúde na Espanha, Grã-Bretanha, Itáliae além se encontraram em circunstâncias cada vez mais desesperadoras.

A Grã-Bretanha colocou suas maiores empresas privadas de saúde em alerta máximo na segunda-feira (10) para oferecer tratamentos essenciais, incluindo cirurgia de câncer. A iniciativa é para que o sistema não entre em colapso caso haja ausência de funcionários e níveis insustentáveis ​​de hospitalizações nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (NHS) na Inglaterra.

O país também começou a enviar militares para apoiar hospitais na sexta-feira devido ao registro de casos de COVID-19.

“A Ômicron significa mais pacientes para tratar e menos equipe para tratá-los”, disse o diretor médico do NHS, Stephen Powis, em um comunicado.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, disse na segunda-feira que pode ser hora de usar parâmetros diferentes para monitorar o aumento de casos de Covid-19.

O jornal espanhol El Pais disse que o governo está considerando métodos semelhantes aos usados ​​para rastrear a gripe, sem testes tão amplos e registro de casos.

Funcionários da saúde

A Espanha tem apresentado um aumento de infectados entre enfermeiros e fisioterapeutas que trabalham na linha de frente, disse o sindicato espanhol de enfermagem SATSE em comunicado.

Na região da Andaluzia, eles representavam mais de 30% dos funcionários em licença relacionada à Covid-19 na segunda quinzena de dezembro.

Só na região, cerca de mil trabalhadores foram infectados com o coronavírus nas últimas semanas do ano, “gerando graves problemas na cobertura do serviço”, disse o comunicado.

Na Holanda, as taxas de infecção também estão aumentando acentuadamente entre os funcionários dos hospitais, principalmente enfermeiros e auxiliares de enfermagem, informou o diário holandês De Telegraaf na sexta-feira (7), após uma pesquisa em oito grandes hospitais.

Nos piores casos, um em cada quatro testou positivo no período que antecedeu o Natal, como no Centro Médico da Universidade de Amsterdã, onde 25% dos funcionários agora apresentam resultado positivo, em comparação com 5% há uma semana.

Hospitais holandeses estão considerando mudar suas regras de quarentena para que funcionários infectados que não apresentem sintomas possam vir trabalhar, segundo uma matéria do De Telegraaf, já que os números diários de casos holandeses quebram recordes, apesar de um bloqueio rígido desde 19 de dezembro.

Na Itália, o problema dos profissionais de saúde infectados – mais de 12.800 segundo dados coletados na semana passada – está sendo agravado pela suspensão de médicos, enfermeiras e pessoal administrativo que não são vacinados e representam pouco mais de 4% da força de trabalho total.

Em uma tentativa de última hora para preencher lacunas no serviço, as agências de saúde italianas estão congelando ou adiando férias de funcionários e congelando ou adiando cirurgias programadas não classificadas como “urgentes”.

Fonte: Poder360 - CNN Brasil