Política

Bolsonaro tem sinais de recuperação, sem previsão de alta





O presidente Jair Bolsonaro (PL) “evoluiu com boa aceitação da dieta líquida” e os médicos retiraram a sonda nasogástrica que o chefe do Executivo usava desde que chegou ao Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. O chefe do Executivo trata uma suboclusão intestinal, que se desfez sem a necessidade de intervenção cirúrgica.

O 4º boletim médico sobre o quadro de saúde de Bolsonaro também informou que “o trato digestivo do Presidente da República mostra sinais de recuperação”. O chefe do Executivo ainda não tem previsão de alta hospitalar. 

Em nota oficial, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) também reforçou o conteúdo do boletim médico. Mais cedo, a equipe médica que acompanha o presidente informou que Bolsonaro não precisaria de cirurgia e que o presidente havia iniciado dieta líquida como parte do tratamento.

Nesta manhã, o senador Flavio Bolsonaro (PL) afirmou que o presidente poderia receber alta hospitalar a “qualquer momento”. O filho do presidente afirmou que Bolsonaro estava “super disposto e bem-humorado”.

Na 2ª feira de noite, Bolsonaro já havia apresentado melhora clínica ao usar sonda nasogástrica e não teve febre ou dor abdominal, segundo os médicos.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou vídeo do presidente caminhando no hospital. Nas redes sociais os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e João Roma (Cidadania) também compartilharam a imagem acompanhadas de mensagens de apoio.

A equipe que cuida do caso do presidente é a do médico Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde o episódio da facada em 2018. Macedo estava em viagem no Caribe, mas retornou ao Brasil depois de informado sobre a internação de Bolsonaro.

O médico chegou ao Brasil nesta 3ª feira. Antes de viajar, Macedo adiantou que o presidente “provavelmente” não precisaria de cirurgia.Nesta 3ª feira, o perfil do presidente no TikTok publicou vídeo de Bolsonaro sendo examinado por Macedo.

Facada

Em sua 1ª declaração depois de internado, Bolsonaro disse na 2ª feira (3.jan), em suas redes sociais, que estava hospitalizado por causa de consequências da facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018. Filhos do presidente e a primeira-dama também afirmaram que a internação do chefe do Executivo decorria da facada.

Antes de ser internado, o chefe do Executivo estava em São Francisco do Sul (SC), onde passava período de férias, que foram interrompidas quando sentiu desconforto abdominal após o almoço no domingo (2.jan).

Em julho do ano passado, Bolsonaro ficou internado também por causa de uma obstrução intestinal. Os médicos chegaram a cogitar uma intervenção cirúrgica, que acabou sendo descartada.

 

Confira outras notícias 

- Facada em Bolsonaro: delegado que apurou PCC assume inquérito

A Polícia Federal escolheu o delegado Martin Bottaro Purper para assumir o inquérito que apura a facada contra o então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018.

Purper tem experiência em investigações de homicídios. Ele atuou nas apurações de assassinatos de servidores da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

O delegado já coordenou ações contra a facção criminosa. Ele foi o responsável pela operação Cravada, que buscou desarticular o núcleo financeiro do PCC, em agosto de 2019. As investigações apontaram que o núcleo é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a organização em nível nacional.

Mais recentemente, Purper participou da operação Efialtes. A investigação identificou e desmantelou uma rede de transmissão de ordens de líderes do Comando Vermelho presos na Penitenciária de Catanduvas.

Transferência

O delegado responsável pelo inquérito do ataque à faca a Bolsonaro foitransferido pela PF aos Estados Unidos. A decisão foi divulgada no final de dezembro de 2021.

Rodrigo Morais Fernandes será oficial de ligação da PF junto à força-tarefa de El Dorado, no escritório da HSI (Homeland Security Investigations), em Nova York.

O prazo na nova função é de 2 anos. A HSI é o braço investigativo do departamento de segurança interna dos EUA. O órgão apura crimes, ameaças internacionais e organizações terroristas, além de lidar com contrabando de mercadorias e tráfico de pessoas pela fronteira.

Investigação

Fernandes foi o delegado responsável pelos 2 inquéritos que apuraram o ataque a faca de Adélio Bispo de Oliveira contra Bolsonaro. O 1º, feito ainda em 2018, apontou que a motivação do crime se deu por inconformismo político. O 2º, encerrado em maio de 2020, concluiu que Adélio agiu sozinho, por iniciativa própria, sem mandantes e ajuda de terceiros.

A PF não comprovou a participação de partidos políticos, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares em qualquer das fases do crime.

Em novembro, a PF reabriu a investigação. A decisão veio depois que a Justiça liberou a análise de dados de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado que defendeu Adélio na época do atentado. A 3ª Vara de Juiz de Fora autorizou a quebra do sigilo bancário do defensor, e a apreensão do seu telefone, livros-caixa, recibos e comprovantes de pagamento de honorários.

Na sequência, o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) proibiu o acesso ao material, mas voltou atrás.

Adélio foi absolvido do ataque contra Bolsonaro por ser considerado inimputável, ou seja, incapaz de responder pelos atos que praticou. Por isso, sua pena foi convertida em internação psiquiátrica por tempo indeterminado. Ele cumpre a sentença na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) desde 2018.

Fonte: Poder360