Cotidiano

Brasil registra 76 mortes por Covid nas últimas 24 h





Nesta segunda-feira (3) foram reportados 11.850 novos casos da doença no país; Sergipe e Roraima não notificaram dados

De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil registrou, nesta segunda-feira (3), 76 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas.

Além disso, os estados reportaram 11.850 novas infecções pela doença — com exceção de Sergipe e Roraima, que não enviaram dados ao Conass.

No terceiro dia do ano de 2022, o país atingiu a média de 619.209 óbitos e mais de 22.300.078 casos confirmados.

A média móvel de mortes nos últimos sete dias ficou em 8.400 casos e 96 óbitos no mesmo período.

 

Confira outras notícias 

- Brasil pode ter pico de Covid causado pela Ômicron em 15 dias, diz infectologista

Aumento exponencial de casos pode ser difícil de identificar por conta da testagem insuficiente, diz especialista da Sociedade Brasileira de Infectologia 

Os casos de Covid-19 causados pela variante Ômicron podem bater recorde após as festas de final de ano e alcançar patamares semelhantes aos registrados pelos países desenvolvidos.

A previsão é de Marcelo Otsuka, infectologista, pediatra e membro do Departamento de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, que falou à CNN na manhã desta segunda-feira (3).

“A gente calcula que, pelos próximos 15 dias ou três semanas, (a variante Ômicron do coronavírus) possa atingir um pico semelhante ao da França, Reino Unido ou Estados Unidos, isso pode, sim, acontecer”, diz Otsuka.

A França registrou nos últimos dias de 2021 mais de 200 mil casos totais de Covid-19 em um único dia. O Reino Unido identificou mais de 180 mil e os Estados Unidos passaram dos 300 mil casos.

No dia 28 de dezembro, o mundo registrou recorde de infecções desde o início da pandemia, com 1,45 milhão de contaminados em um único dia. A estimativa é que a variante Ômicron seja a responsável pela maior parte dos casos na Europa.

Para Otsuka, a baixa testagem no Brasil pode dificultar a identificação de casos da Ômicron e de antigas ou novas cepas, situação agravada pela confluência dos casos de gripe pelo país, que dificulta a identificação de quadros relacionados a Covid e Influenza.

“O Brasil ainda testa muito pouco. Temos uma taxa de positividade de 38%, e esses países têm uma taxa de 8%”, afirma. “Podemos perder muitos diagnósticos, pode haver novas variantes e pessoas mais suscetíveis a terem quadros mais graves”, acrescenta.

O especialista destaca que ainda não há informações suficientes sobre se a queda da mortalidade do coronavírus está relacionada à menor letalidade da nova variante ou se é apenas resultado da vacinação.

Ele alerta que não é o momento para redução das barreiras de proteção e que o combate à desinformação ainda é um problema para que o coronavírus seja finalmente controlado após o início do terceiro ano de pandemia.

“Qualquer situação no futuro depende do comportamento da nossa população e orientações passadas a ela, o que e como fazer. É incrível que se passaram dois anos e a gente ainda bata cabeça em relação a isso”, conclui.

 

- Companhias de cruzeiros suspendem operações no Brasil até 21 de janeiro

Decisão é voluntária por parte das empresas, que citam "incertezas na interpretação e aplicação de protocolos previamente aprovados"

As companhias de cruzeiros decidiram suspender as operações voluntariamente no Brasil até dia 21 de janeiro. O comunicado cita “incertezas na interpretação e aplicação de protocolos previamente aprovados”.

O comunicado da Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (CLIA) diz que os “protocolos do setor de cruzeiros excedem a maioria de outras indústrias e permanecem eficazes para mitigar o risco de COVID-19” e que os casos identificados nos navios “consistem em uma pequena minoria da população total a bordo”.

A nota complementa que as duas companhias de cruzeiros que atuam no país, MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros, estão buscando “alinhamento com as autoridades do governo federal, Anvisa, estados e municípios nos destinos que operamos em relação às interpretações e aplicações dos protocolos operacionais de saúde e segurança que haviam sido
aprovados no inicio da atual temporada, no mês de novembro”.

A suspensão deve durar até 21 de janeiro, com os cruzeiros que estão atualmente em navegação finalizando os seus
roteiros conforme previsto.

Por fim, a CLIA informa que “a atual temporada, após o término da suspensão, poderá ser cancelada na íntegra se não houver adequação e alinhamento entre todas as partes envolvidas para possibilitar a continuidade da operação”.

Mais cedo, o ministro do Turismo, Gilson Machado, havia afirmado à CNN que a Ômicron mudou o cenário para a continuidade da temporada de cruzeiros no país e que o governo estava reavaliando as regras para embarque.

Nesta segunda-feira de manhã, o ministro se reuniu com representantes dos ministérios que assinam a portaria com as normas em vigor até aqui. A portaria foi editada em 8 de dezembro pelas pastas de Saúde, Justiça, Infraestrutura e Casa Civil.

“Está tudo sendo feito dentro dos protocolos, mas ninguém estava contando com a Ômicron. Estamos reavaliando a portaria, quando ela foi editada não existia a Ômicron. E hoje já é sabido que a maior parte dessas pessoas podem estar com a doença, mas muitos são assintomáticos”, afirmou Machado.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, por sua vez, disse que “a portaria (de cruzeiros) já previa casos de Covid. Se as companhias estão fazendo isso [suspensão], estão observando o que está na portaria e a segurança dos contratantes”.

 

Fonte: CNN Brasil