Política

Lula chega a 2022 líder isolado nas pesquisas; Bolsonaro é 2º colocado





O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entra em 2022 como líder isolado na corrida eleitoral para o Palácio do Planalto, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto. O atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), aparece em 2º lugar.

Poder360 compilou os levantamentos realizados em dezembro do PoderData, do Ipec e do Datafolha. As empresas usam metodologias diferentes, mas indicam cenário parecido para as eleições.

Lula pontua de 40% a 48%, de acordo com a pesquisa. Bolsonaro fica entre 21% e 30%. Os candidatos da chamada “3ª via” disputam um 3º lugar, mas nenhum chega a 2 dígitos nas intenções de voto.

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) marca de 6% a 9%. Ciro Gomes (PDT), de 4% a 7%; e João Doria (PSDB), de 2% e 4%. Os pré-candidatos André Janones(Avante), Alessandro Vieira (Cidadania), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d’Avila (Novo) e Rodrigo Pacheco (PSD) variam de 1% a 2%.

 

Confira outras notícias 

- Eleições devem travar reformas no Congresso em 2022

As eleições federais são só em outubro desse ano, mas os efeitos do pleito serão sentidos o ano todo. No Congresso, projetos considerados impopulares não devem avançar porque os políticos querem reduzir ao máximo o risco de rejeição com os eleitores.

Puxando a lista das medidas que ficarão só para depois do 2º turno ou para o 1º ano do próximo governo estão as reformas tributária e administrativa. A 1ª quer simplificar os impostos federais e estaduais, já a 2ª muda regras para os funcionários públicos.

Tanto a reforma tributária ampla (PEC 110 de 2019), que unifica impostos nos níveis federal e estadual, tem a simpatia pelo menos dos senadores. O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre (DEM-AP), prometeu que o texto será o 1º que os senadores analisarão na volta do recesso, mas a medida está longe de ser consenso para aprovação.

Já a reforma do Imposto de Renda, que também está no Senado, deve avançar só se houver um grande movimento do governo pela aprovação. O que é improvável, porque o Planalto está sem líder na Casa desde que Fernando Bezerra (MDB-PE) deixou o cargo, e porque o relator apresentou um novo projeto só para atualizar a tabela do imposto.

Já a PEC (proposta de emenda à Constituição) 32 de 2020, da reforma administrativa, aprovada na comissão especial da Câmara em setembro, precisa passar por 2 turnos no plenário da Casa. A proposta, entretanto, enfrenta resistência de congressistas e pressões de funcionários públicos.

Outra medida que não deve sair do lugar em 2022 é a privatização dos Correios, que passou pela Câmara, mas está estacionada no Senado. Ainda antes do recesso congressual, senadores já davam a ideia como enterrada.

Eleições e incerteza

É muito pouco provável que qualquer projeto no Congresso seja analisado caso não haja acordo sobre seu conteúdo. Os congressistas devem esvaziar os corredores das Casas mais cedo que o habitual porque estarão envolvidos com os planejamentos de campanha.

Desta forma líderes das duas Casas devem optar por levar à pauta medidas com pouca controvérsia. É incerto quais projetos de fato podem avançar em 2022, mas há textos que aparecem sempre  como prioridades do Executivo e do Legislativo. Eis um resumo:

Fonte: Poder360