Cotidiano

Covid-19: Brasil registra 206 mortes e 4.079 casos em 24 horas





O total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 22.209.020. Em 24 horas, desde ontem, autoridades de saúde registraram 4.079 casos positivos da doença.  

Ainda há 121.080 casos em acompanhamento de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado.

A soma de pessoas que sucumbiram à covid-19 alcançou 617.601. Desde ontem, secretarias estaduais e municipais de Saúde confirmaram 206 novas mortes.   

Ainda há 2.839 falecimentos em investigação, dados relativos a ontem. Essa situação ocorre pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até esta sexta-feira, 21.470.339 pessoas já se recuperaram da doença.

As informações estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta sexta-feira (17). O balanço consolida informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde. Diversos estados não atualizaram os dados hoje. Em Mato Grosso do Sul e Tocantins, as informações são referentes ao dia 9 de dezembro.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (154.950), Rio de Janeiro (69.308), dados de ontem, Minas Gerais (56.535), Paraná (40.853) e Rio Grande do Sul (36.349).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.850), Amapá (2.008), Roraima (2.070), Tocantins (3.927), dados referentes ao dia 9, e Sergipe (6.054). No Acre, Amapá e Sergipe não houve novas mortes desde ontem.

 

Confira outras notícias 

- Covid: Brasil cai para 11º lugar em mortes por milhão de habitantes

O Ministério da Saúde confirmou 206 novas mortes por covid-19 no Brasil. Agora, conforme dados da pasta, são 617.601 vítimas da doença no país desde o início da pandemia.

Apesar de ter registrado um aumento no número de mortes por milhão de habitantes, o Brasil caiu para 11º no ranking mundial, sendo ultrapassado pela Croácia.

O governo também somou 4.079 novos casos no período. São 22.209.020 diagnósticos confirmados no total. Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, São Paulo e Tocantins não atualizaram os dados das últimas 24 horas.

MÉDIAS MÓVEIS DE MORTES E CASOS

Para explicar a situação da pandemia, o Poder360 usa como métrica a média de 7 dias. O indicador mostra que a média de mortes pela doença no Brasil é de 130 por dia. Está abaixo de 300 pelo 44º dia consecutivo, depois de 1 ano e meio acima do patamar. A última vez que esteve abaixo de 300 havia sido em 27 de abril de 2020, quando indicava 281 mortes diárias.

Com uma variação de -36,94% em relação a duas semanas atrás, a curva apresenta tendência de queda.

Quando a variação da curva na comparação com 14 dias antes é igual ou superior a 15%, considera-se que há aumento. Da mesma maneira, se considera que a curva apresenta queda quando a variação é igual ou inferior a 15%. Há estabilidade quando a variação fica na faixa de 15% a -15%.

A média móvel de casos indica 4.079 registros por dia. Com uma variação de –56,12% em relação a duas semanas antes, apresenta tendência de queda.

MORTES PROPORCIONAIS

O Brasil registra 2.895 mortes por milhão de habitantes. As piores situações estão em Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rondônia, Distrito Federal, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Amazonas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Roraima, com mais de 3.000 mortes por milhão.

As taxas consideram o número de mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde e a estimativa populacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o ano de 2021 em cada unidade da Federação.

RANKING MUNDIAL

O Brasil ocupa a 11ª posição do ranking mundial de mortes proporcionais, com 2.895.

A lista é liderada pelo Peru, com 6.055 mortes por milhão. No fim de maio, o país revisou os dados e subiu ao topo do ranking, posição antes ocupada pela Hungria.

- Estudo analisa eficácia de doses de reforço para quem tomou CoronaVac

Pesquisa foi conduzida pela Universidade de Oxford

Um estudo conduzido pela Universidade de Oxford encomendado pelo Ministério da Saúde analisou as taxas de imunização das doses de reforço de diferentes vacinas contra a covid-19 utilizadas no Brasil em quem concluiu o ciclo vacinal com a CoronaVac. O imunizante é produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo.

Segundo a pesquisa, quem recebeu a dose de reforço da própria CoronaVac teve um aumento de sete vezes dos anticorpos em geral contra o coronavírus. Nas demais marcas, a ampliação da quantidade de anticorpos é maior.

Quem recebeu a dose de reforço da Janssen teve elevação do nível de anticorpos em 61 vezes. Na vacina da Oxford-AstraZeneca, o aumento foi de 85 vezes. O imunizante da Pfizer-BioNTech obteve o melhor desempenho, com crescimento de 175 vezes no número de anticorpos.

O estudo conduzido pela Universidade de Oxford apontou uma queda do nível de anticorpos após seis meses em quem recebeu as primeira e segunda doses da CoronaVac, confirmando a importância da dose de reforço.

Voluntários

O estudo contou com a participação de 1.205 voluntários em São Paulo e em Salvador. As pessoas tiveram as doses de reforço dos diferentes tipos de imunizantes aplicadas 28 dias após a conclusão do ciclo vacinal. Em seguida os participantes tiveram amostras de sangue retiradas para avaliar o nível de anticorpos produzidos.

Segundo a responsável pela pesquisa, Sue Ann Costa Clemens, o estudo confirmou o que já vem sendo verificado em outras pesquisas em diferentes países. “O resultado reitera a literatura internacional de que o reforço com plataforma heteróloga [com diferentes tipos de vacinas] suscita uma maior resposta imune”, declarou.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, avaliou que a CoronaVac foi importante no período inicial de vacinação, mas lembrou que orientação da pasta foi a aplicação de outras marcas para a dose de reforço para pessoas acima de 18 anos.

Em relação às pessoas que já tomaram a dose de reforço da CoronaVac, Queiroga respondeu que a vacina eleva anticorpos. “Sendo assim eles têm proteção, menor do que da Pfizer-BioNTech, mas estamos trabalhando com secretarias do estado de são Paulo e vamos tomar a melhor conduta”, disse. Ele não adiantou que medidas serão tomadas.

Vacinação de crianças

Queiroga preferiu não comentar a autorização, dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para vacinação de crianças, a partir de 5 anos, com o imunizante da Pfizer BioNTech. O ministro foi questionado sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro que ontem, durante live em suas redes sociais, afirmou ter pedido o nome dos técnicos responsáveis pela autorização e sobre as reações da diretoria e dos servidores da agência a essa declaração, mas também preferiu não responder. “Essas outras questões não fazem parte da entrevista coletiva que estamos fazendo aqui”, reforçou.

Região Norte

Marcelo Queiroga informou que o ministério está preocupado com a Região Norte, bastante atingida pela pandemia tanto na primeira quanto na segunda ondas. O ministro pontuou que ainda há estados com índices de vacinação mais baixos do que o restante do país.

“Estamos mais atentos em relação à Região Norte. Todos os nossos esforços estão hoje focados em ampliar a cobertura da 2ª dose e da dose de reforço a estados onde essa cobertura está baixa. É região de dimensões continentais, áreas remotas, para que consigamos, mesmo com estrutura poderosa do Sistema Único de Saúde, vacinar povos indígenas e populações ribeirinhas”, destacou.

 

- Anvisa rebate questionamentos do presidente Bolsonaro sobre vacinação

Em live, presidente pediu nome de quem aprovou vacina para crianças

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota rebatendo questionamentos do presidente Jair Bolsonaro acerca da decisão de autorizar a vacinação em crianças com o imunizante da Pfizer-BioNTech.

Em live em redes sociais ontem, Jair Bolsonaro disse que pediu extraoficialmente o “nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos". "Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem foram essas pessoas e forme seu juízo.”

Em nota, a diretoria da Anvisa afirmou que seu ambiente de trabalho é “isento de pressões internas e avesso a pressões externas”. A análise de vacinas, segue o texto, é baseada na ciência e oferece ao Ministério da Saúde opções “seguras, eficazes e de qualidade”.

O comunicado lembra que os diretores do órgão já foram objeto de ameaças por conta da análise sobre a possibilidade de vacinação do público infantil.

“A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explicita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a saúde do cidadão”, conclui a nota.  

Servidores

A Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) também publicou nota reconhecendo o trabalho dos técnicos do órgão e lembrou que a avaliação teve a participação de especialistas da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

“A intenção de se divulgar a identidade dos envolvidos na análise técnica não traz consigo qualquer interesse republicano. Antes, mostra-se como ameaça de retaliação que, não encontrando meios institucionais para fazê-lo, vale-se da incitação ao cidadão, método abertamente fascista e cujos resultados podem ser trágicos e violentos, colocando em risco a vida e a integridade física de servidores da Agência”, classifica a entidade.

 

-  Anvisa aprova nova medicação à base de Cannabis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução que autoriza a comercialização de mais um produto medicinal à base de Cannabis no país. O novo produto aprovado é o Extrato de Cannabis Sativa Alafiamed 200 mg/ml. Segundo o órgão, ele é obtido a partir do extrato vegetal da Cannabis sativa, a partir de um conjunto de substâncias da planta. 

O produto, de acordo com a Anvisa, é fabricado na Suíça e será importado e distribuído no Brasil como produto acabado pronto para uso. Ele estará disponível sob a forma de solução em gotas, contendo 50 mg/mL de canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC). O THC é o princípio ativo priscotrópico da planta. O medicamento será comercializado em farmácias e drogarias a partir da prescrição médica por meio de receita do tipo B (de cor azul). 

"O CBD e o THC informados são considerados marcadores no controle de qualidade desses extratos, os quais são compostos também por outras substâncias, como demais canabinoides e taninos. Os extratos vegetais têm composição complexa, podendo conter muitas substâncias ativas que podem agir por diferentes mecanismos no corpo humano, o que torna ainda mais importante o controle e o monitoramento aplicados a esses produtos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS)", destacou a Anvisa. 

No total, há nove produtos à base de Cannabis aprovados pela Anvisa e que podem ser adquiridos em farmácias e drogarias. De acordo com a Anvisa, são produtos fabricados por empresas certificadas quanto às Boas Práticas de Fabricação, que foram totalmente avaliados em relação à sua qualidade e adequabilidade para uso humano.

 

Fonte: Agência Brasil - Poder360