Cotidiano

OMS diz que proteção de vacinas contra covid-19 é de seis meses





A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma que a duração da imunização dada pelas vacinas contra a covid-19 é de seis meses. A estimativa foi por meio do cruzamento de vários estudos já realizados.

Kate o'bryan, especialista em vacinas da OMS, explica que a proteção de até seis meses não desaparece completamente depois desse período. Mas durante meio ano, o risco de doença grave, internação ou morte diminui drasticamente.

As informações de Kate foram dadas hoje (9), em entrevista coletiva.

A OMS indica que o risco de infecção por covid-19 é baixo durante seis meses após a aplicação da vacina.

África

Em nota divulgada hoje, a organização informou que o número de casos de covid-19 na África quase duplicou em uma semana, mas salientou que "há sinais de esperança", já que o número de hospitalizações se mantém baixo.

A OMS adiantou que a investigação está sendo intensificada para determinar se a variante Ômicron é responsável pelo número de casos na África. Houve mais 107 mil casos na última semana, quase o dobro dos 55 mil da semana anterior.

"Cinco países representaram 86% dos casos da última semana, com a África Austral registrando a maior subida, de 140%, principalmente motivada pelo aumento na África do Sul", acrescenta o comunicado.

A OMS destaca, no entanto, que o aumento de casos não parece ter uma correspondência com o número de hospitalizações, o que permite antever que apesar de muito contagiosa, a variante Ômicron não é mais perigosa que as anteriores.

"Os dados que estamos recebendo da África do Sul indicam que a Ômicron pode causar uma doença menos severa", já que o número de hospitalizações está em 6,3%, "o que é muito baixo comparado com o mesmo período, quando o país enfrentava o pico da variante. Delta, em julho", diz a organização.

O continente africano representa 46% dos quase mil casos de Ômicron registrados por 57 países em várias regiões do mundo, dez deles africanos.


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- Crucial contra coronavírus, sequenciamento genômico avança devagar no mundo

Desde surgimento da variante Ômicron, menos de um terço dos territórios sequenciou casos para identificar possível mutação, diz levantamento da CNN

Quando cientistas sul-africanos anunciaram que haviam detectado uma nova variante do coronavírus com um número preocupantemente alto de mutações, eles foram aplaudidos pela rapidez com que foram capazes de detectá-la.

O país foi elogiado por ter um programa robusto de sequenciamento genômico, que lhes permitiu identificar as propriedades potencialmente preocupantes da variante agora conhecida como Ômicron.

Quando os vírus se espalham pelas populações, eles sofrem mutações. A maioria delas não altera significativamente o comportamento de um vírus, mas algumas podem ser preocupantes.

O sequenciamento genômico envolve a decodificação do material genético de um vírus para detectar as mutações e determinar qual efeito elas podem ter sobre o vírus – por exemplo, se elas podem torná-lo mais transmissível ou mais perigoso em termos da gravidade da doença que ele causa.

O processo é feito em um laboratório, separadamente dos testes de coronavírus. Ele pode levar de algumas horas a várias semanas – e cada país tem uma abordagem diferente.

Esforços de sequenciamento em todo o mundo deixam muito espaço para melhorias, mas a descoberta da África do Sul da variante Ômicron é um exemplo de como esforços concentrados podem fazer uma grande diferença.

“A identificação da Ômicron destaca a contínua importância e necessidade de vigilância genômica da SARS-CoV-2, bem como o acesso a amostras relevantes para fazer isso”, disse Sharon Peacock, professora de Saúde Pública e Microbiologia na Universidade de Cambridge, acrescentando que o Ministério da Saúde da África do Sul e seus cientistas “devem ser aplaudidos por sua resposta, sua ciência e por soar o alarme para o mundo”.

Nos últimos 30 dias, durante os quais a Ômicron chegou aos holofotes globais, menos de um terço dos países e territórios sequenciou casos para identificar como o vírus mudou ao longo do tempo, de acordo com a análise da CNN dos dados reportados à iniciativa científica global GISAID.

Quase um terço dos 241 países e territórios rastreados pela Gisaid não conseguiram sequenciar mais de 100 amostras durante o curso da pandemia.

No mês passado, quando a variante Ômicron se tornou a última variante de preocupação, apenas uma dúzia de países realizou sequenciamento para mais de 5% de seus casos Covid-19.

Eles são a Dinamarca, Bahrain, Israel, Camboja, Suécia, Reino Unido, Gana, Luxemburgo, Senegal, Aruba, Nova Zelândia e Botsuana.

Outros 63 países sequenciaram um pequeno número de casos no mês passado, mas mais de 100 outros que o haviam feito anteriormente na pandemia não relataram nenhuma sequencia no último mês.

No entanto, os números não contam a história toda. Alguns países foram capazes de sequenciar grandes proporções de seus casos porque seus níveis gerais de infecção não são muito altos. Este foi o caso da Dinamarca, Bahrein e Israel, por exemplo, que não estão atualmente sofrendo grandes picos de casos.

O Reino Unido se destaca como o único país que tem uma alta carga de casos e ainda é capaz de sequenciar uma grande proporção de suas amostras – 13% no mês passado e em média durante a pandemia.

Os Estados Unidos estão atrasados, com apenas 2,6% de casos sequenciados nos últimos 30 dias e 4% em geral, de acordo com o banco de dados.

Mesmo um pequeno sequenciamento pode ser útil. A África do Sul, por exemplo, só sequenciou 0,3% de seus casos no mês passado e 0,8% de casos em geral durante o curso da pandemia.

Entretanto, o Ministério da Saúde do país e seus cientistas concentraram seus esforços onde era importante. Quando perceberam que os casos Covid-19 começaram a crescer a uma taxa muito mais alta na província de Gauteng em comparação com o resto do país, eles visaram amostras sequenciadas na região – e, ao fazer isso, identificaram a nova variante.

 

 

Covid-19: Brasil recebe mais 2,2 milhões de doses da vacina da Janssen

Novos lotes da vacina contra a covid-19 da farmacêutica Janssen chegaram nesta quinta-feira (9) ao Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, são 2,2 milhões de doses do imunizante, que utiliza o vírus modificado para estimular o organismo humano a produzir anticorpos contra a doença.

A partir do desembarque, os insumos passam por um rigoroso processo de análise de qualidade e, em seguida, são distribuídos aos estados e municípios “de maneira igualitária e proporcional”, informou o ministério. Das 380 milhões de doses distribuídas em todo o país, cerca de 6 milhões são da Janssen.

Internações e óbitos

Dados do Ministério da Saúde indicam queda na taxa de internações e de mortes por covid-19 em meio ao aumento da vacinação no país. Hoje, segundo a pasta, o Brasil registrou redução de quase 15% na média móvel de óbitos em relação há 14 dias.

 

Fonte: Agência Brasil - CNN Brasil