Economia

Dólar sobe 0,46%, a R$ 5,636; Bolsa cai e chega ao 5º mês seguido de perdas





O dólar emendou hoje sua terceira alta consecutiva, esta de 0,46%, e fechou a terça-feira (30) cotado a R$ 5,636 na venda — maior valor em quase um mês, desde 1º de novembro, quando a moeda americana alcançou os R$ 5,67%.

Mesmo com os ganhos de hoje, o dólar encerra o mês em leve queda de 0,19% frente ao real, depois de subir 5,3% em setembro e 3,67% em outubro. No ano, em contrapartida, a moeda americana ainda acumula alta de 8,61% frente à brasileira.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), terminou a sessão em queda de 0,87%, aos 101.915,45 pontos — menor patamar em mais de um ano, desde 6 de novembro de 2020 (100.925,11 pontos).

Só em novembro, o Ibovespa caiu 1,53%, chegando ao quinto mês consecutivo de perdas. Em 2021, o balanço é ainda pior, com queda acumulada de 14,37%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

PEC dos Precatórios

O mercado continua acompanhando de perto os desdobramentos em torno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios, que hoje foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado por 16 votos a 10 e agora será analisada em plenário.

A PEC é vista por alguns participantes do mercado como a alternativa menos danosa à saúde fiscal do país em meio à pressão do governo Bolsonaro por mais gastos com benefícios sociais em 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve tentar a reeleição.

Na prática, as mudanças trazidas pela proposta abrem espaço de R$ 91,6 bilhões para gastos em 2022, segundo o governo federal, "folga" que viabilizaria o pagamento do Auxilio Brasil. O novo programa prevê pagar R$ 400 a famílias vulneráveis até o fim de 2022 — ano de eleição —, e, por isso, é considerado como eleitoreiro pela oposição.

Dados do emprego no Brasil

Também esteve no radar dos investidores a divulgação de dois dados sobre o mercado de trabalho no Brasil: o primeiro, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi a taxa de desemprego, que ficou em 12,6% no terceiro trimestre de 2021 — praticamente em linha com a expectativa de 12,7%, segundo pesquisa da Reuters.

Apesar do recuo, o país ainda soma 13,5 milhões de desempregados, queda de 9,3% em relação ao segundo trimestre (14,8 milhões).

O segundo dado, este do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foi a abertura de 253.083 vagas com carteira assinada em outubro, divulgada hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O resultado representa uma desaceleração em relação a setembro, quando foram criados 313.902 empregos formais.

Fonte: UOL com Reuters