Cotidiano

Ministro diz que Brasil está com o controle da pandemia nas mãos





Vacinas para 2022 já estão garantidas, afirmou Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o Brasil está com o controle da pandemia de covid-19 nas mãos. Ele reafirmou que as doses de vacina para 2022 já estão garantidas e que o Brasil tem potencial, inclusive para se tornar um exportador de imunizantes.

Queiroga voltou a citar como exemplos o acordo da Pfizer com a brasileira Eurofarma para produzir 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 e a capacidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de fabricar vacinas com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) nacional.

“Nós temos a Fundação Oswaldo Cruz já produzindo vacina com IFA nacional. A nossa expectativa é de um potencial de produção de até 40 milhões de doses todos os meses. Ou seja, nós temos uma potencialidade de produzir próximo de 500 milhões de vacina [anualmente] na Fundação Oswaldo Cruz. Com isso, o Brasil passará de um país importador de vacinas para um país que vai exportar vacinas, ajudando países vizinhos da América Latina e nossos irmãos da África de língua portuguesa”, disse Queiroga.

O ministro participou hoje, no Rio de Janeiro, do lançamento da semana nacional de Mega Vacinação contra covid-19, criada para reduzir o número de brasileiros que ainda não se imunizaram com a segunda dose. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 21 milhões de pessoas ainda não completaram o  esquema vacinal de duas doses.

Durante a cerimônia de lançamento da campanha, o ministro aproveitou para receber sua dose de reforço e convocou toda a população para se imunizar contra a doença. “Nós estamos com o controle da pandemia nas nossas mãos e depende de cada um de nós a efetividade das ações para por fim ao caráter pandêmico dessa doença”, disse.

Queiroga disse que a vacinação contra a covid-19 tem sido fundamental na redução dos casos e mortes pela doença no país. De abril deste ano, a vacina foi a grande responsável pela queda de 90% nos óbitos de abril, quando se registrou a maior média de mortes diárias (mais de 3 mil), até hoje, que tem uma média de 268 óbitos por dia, de acordo com os dados mais recentes da Fiocruz.

“Nós queremos que as pessoas busquem livremente as salas de vacinação, para reforçar a cobertura vacinal mais ainda e também aplicar a dose de reforço, e proteger a população contra um eventual surto de novos casos, como temos visto na Europa”, afirmou Queiroga.

Janssen

Em entrevista à imprensa, o ministro explicou que as pessoas que foram imunizadas com a Janssen em junho e julho terão que tomar uma dose de reforço desse mesmo imunizante. Segundo ele, as doses dessa vacina, quase 40 milhões, já foram adquiridas e devem chegar ao país em breve.

Queiroga disse que ainda será preciso analisar se os imunizados com a Janssen precisarão de uma terceira dose.

Sobre a CoronaVac, o ministro explicou que, por enquanto, não há intenção de fazer novas compras do imunizante. Ele disse que a vacina produzida pelo Instituto Butantan foi importante no início da campanha de imunização mas que mostrou ter uma efetividade mais baixa do que a Pfizer e a AstraZeneca. “Logicamente, se surgirem evidências científicas mostrando que essa vacina de vírus inativado é tão boa quanto as outras, não há problema em usar não só essa, como qualquer vacina que seja aprovada pela Anvisa”.

 

- Brasil está acima da média global na vacinação contra a Covid-19

60% da população brasileira está com imunização completa, contra média de 41% no resto do mundo

Com 60% da população totalmente imunizada contra a Covid-19, o Brasil está acima da média global de imunização que é de 41%. Na última semana, o país ultrapassou o Estados Unidos, que estagnou com 58% da população totalmente vacinada.

Apesar da boa porcentagem e do número de vacinados continuarem subindo, o Brasil segue atrás de países vizinhos como o Chile, que conta com 82% de sua população imunizada, e do Uruguai, com 76%.

/ CNN/Reprodução

Os dados da adesão da população brasileira a vacinação indicam um caminho positivo para o controle do coronavírus. Dos grupos de vacinação que já tiveram a segunda dose disponibilizada, se destacam as pessoas entre 60 e 69 anos, 70 e 79 anos e com mais de 80 anos, com 95%, 94% e 92% deles completamente vacinados, respectivamente.

/ CNN/Reprodução

O Brasil já aplicou 300.543.741 dosas da vacina contra a Covid-19, seja dose única, segunda dose ou de reforço. Ao todo, 128.685.521 brasileiros já estão completamente imunizados, seja com duas doses ou com dose única da vacina da Janssen.

O Brasil encontra-se na quarta colocação entre os países que aplicam mais doses absolutas no mundo, mas é apenas o 37º quando levado em conta o número de vacinas aplicadas para cada 100 mil habitantes.

 

Fonte: Agência Brasil -  CNN Brasil