Cotidiano

Argentina, Turquia e Brasil têm as maiores taxas de inflação do G20





O aumento de preços não é um problema exclusivo dos brasileiros. A inflação acumulada em 12 meses já passa dos 5% em outros 5 integrantes do G20, o grupo das principais economias do mundo. Na Argentina, chega a 52,1%.

Argentina tem hoje a maior inflação do G20. O país congelou os preços de quase 1.500 alimentos e bens de consumo para tentar conter o avanço de preços, mas especialistas veem a medida com desconfiança.

O 2º lugar no ranking das maiores inflações do G20 é da Turquia, onde os preços subiram 19,89% nos últimos 12 meses. O 3º é do Brasil. Em outubro, a inflação brasileira acelerou 1,25%, chegando a 10,67% no acumulado em 12 meses. A meta para a inflação brasileira é de 3,75% em 2021.

Eis a inflação nos países do G20, segundo dados do Trading Economics:

A inflação tem avançado em todo o mundo por causa do aumento das commodities e da recuperação econômica, que elevou o consumo da população num momento em que as cadeias produtivas ainda estão se reorganizando dos choques sofridos na pandemia de covid-19.

O problema preocupa até as principais economias do mundo. A inflação dos Estados Unidos, por exemplo, chegou a 6,2% em outubro, o maior nível em 31 anos. Na China, a inflação acelerou para 1,5% e também preocupa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que “está todo mundo junto” e que a inflação vai “surgir com toda a sua força” nos Estados Unidos. “Vamos ver Bancos Centrais do mundo passando aperto lá fora, o nosso aqui também”, disse Guedes.

A inflação brasileira, no entanto, tem um componente a mais: a desvalorização do real. É que o dólar afeta preços como os dos combustíveis e dos alimentos e a moeda subiu bastante nos últimos meses, em meio às dúvidas sobre a trajetória fiscal do país.

O BC (Banco Central) tem elevado a taxa básica de juros para tentar conter a alta da inflação. A Selic está em 7,75% e subirá mais em dezembro. Para o mercado, deve fechar o ano em 9,25% e chegar a 11% em 2022.

Guedes admitiu que a alta dos juros pode desacelerar o crescimento econômico. Porém, acredita que o país ainda vai crescer em 2022.

 

Fonte: Poder360