Cotidiano

Dr. Furlan defende manter uso de máscara e avalia ações de saúde feitas na pandemia em Macapá





Prefeito da capital falou sobre distribuição de 'Kit Covid', cobertura vacinal e outros temas no 'Fato em Foco', quadro da CBN Macapá.

Dr. Furlan (no centro) e os apresentadores da CBN Salgado Neto e Tatiana Guedes — Foto: John Pacheco/G1

Dr. Furlan (no centro) e os apresentadores da CBN Salgado Neto e Tatiana Guedes — Foto: John Pacheco/G1 

 

O prefeito de Macapá, Dr. Furlan (Cidadania), fez nesta quinta-feira (11) um balanço dos investimentos e ações feitas pela gestão, iniciada em janeiro, para combater o avanço da Covid-19. Disse ainda que defende a permanência das máscaras e que vai seguir as determinações do Ministério da Saúde sobre o tema, apesar de algumas cidades do país flexibilizarem o uso do acessório. 

O chefe do executivo municipal foi o convidado do "Fato em Foco", quadro do programa Estação CBN, da Rádio CBN Macapá. Ao longo da entrevista (confira na íntegra), destacou ações como a implantação de leitos de estabilização na rede municipal e a distribuição do "Kit Covid", com medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. 

"Naquela época foi necessário, mas com o avançar da vacinação, hoje não seria necessário, mas naquele momento sim. E como médico não poderia me omitir, usaria todas as armas possíveis e disponíveis para evitar um desastre biológico", declarou Furlan. 

O prefeito reforçou ainda que o kit de medicamentos e vitaminas foi aprovado como protocolo pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 no Amapá. 

"Fizemos a campanha '+ proteção', que foi uma busca ativa de casos, distribuição de máscaras, testagem e entrega de medicamentos e complexo vitamínico", reiterou. 

Furlan declarou que apesar de considerar a pandemia "quase controlada" o uso de máscaras vai seguir obrigatório em espaços públicos abertos e fechados. 

Reforçou que a queda na disseminação da contaminação do novo coronavírus depende, antes de tudo, depende da colaboração da população em cumprir os termos dos decretos. 

"A fiscalização da prefeitura atuou durante toda a pandemia, temos cobrado. Agora existe uma palavra que a população precisa atender que é a corresponsabilidade, que nós estamos sim saindo da pandemia, os números tem mostrado que ainda precisamos respeitar o distanciamento social, uso de máscaras. Ainda estamos sobre decretos do uso de máscaras, alguns estados discutem a liberação, mas aqui temos cobrado", completou. 

Dr. Furlan (Cidadania) durante o Fato em Foco, da CBN Macapá — Foto: John Pacheco/G1

Dr. Furlan (Cidadania) durante o Fato em Foco, da CBN Macapá — Foto: John Pacheco/G1 

 

Rede de atendimento à Covid-19 

Desde o início da pandemia, Macapá registrou 1.495 mortes e 61.008 infectados, de acordo com os dados até a quarta-feira (10). A maior parte dos casos foram atendidos nas Unidades Básicas de Saúde, as portas de entrada para os primeiros atendimentos da doença. 

Atualmente, apenas o Centro Covid Santa Inês, na orla, é a referência para pacientes que apresentam os primeiros sintomas da Covid-19. 

"A nossa referência porta aberta ainda é o Centro Santa Inês, o 'Covidinho' como ficou conhecido. As outras unidades voltaram ao normal como UBS [...] deixamos o Centro Covid Santa Inês como referência 24 horas e o Lélio Silva e outras unidades atendem as patologias gerais", reforçou. 

Centro Covid Santa Inês na orla de Macapá — Foto: Rogério Lameira/PMM

Centro Covid Santa Inês na orla de Macapá — Foto: Rogério Lameira/PMM 

 

Furlan lembrou que no início de 2021, a partir da chamada "segunda onda" da pandemia na capital, as unidades foram adaptadas para ofertar serviços de média e alta complexidade. 

"Estávamos diante de um cenário crítico, porque a população morreu, a palavra é essa, à espera de leito, vagas nas unidades de saúde. Criamos salas vermelhas que funcionam como UTI, no Lélio Silva, Marcelo Cândia, Santa Inês e abrimos uma unidade de graves no Santa Inês", pontua. 

"Isso possibilitou que o nosso paciente pudesse ser atendido e tivesse um tempo maior à espera do leito. Essa política deu certo, perdemos pacientes, perdemos, mas para a doença, mas não por falta de atendimento. Chegamos a ter 100 pessoas esperando por leitos hospitalares", completou o prefeito. 

Futuramente, o executivo prevê a desmobilização do Centro Covid Santa Inês, mas que seguirá em funcionamento enquanto a pandemia durar. Porém, Furlan destacou a obra do Centro de Reabilitação para pacientes em construção na Zona Norte. 

Vacinação de adolescentes contra a Covid-19 em Macapá — Foto: PMM/Divulgação

Vacinação de adolescentes contra a Covid-19 em Macapá — Foto: PMM/Divulgação 

Furlan destacou também o avanço da vacinação, iniciada há quase 10 meses e que, segundo a prefeitura, atingiu 94% da população imunizada com a primeira dose e 62% com a segunda. Foram mais de 482 mil unidades aplicadas. 

"Temos alto índice de pessoas vacinadas, temos a cada dia um número menor de procura nas UBSs, de dispensação de receitas de medicações, de novos casos, e isso tem possibilitado uma retomada gradual, lenta e responsável das nossas atividades", finalizou o prefeito.

Fonte: g1 Amapá