Cotidiano

Vendas de veículos caem 24,5%, anuncia a Anfavea





As vendas de veículos novos caíram 24,5% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2020. Segundo  balanço divulgado hoje (8), em São Paulo, pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram emplacados 162,3 mil unidades. No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, há um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, com a comercialização de 1,7 milhão de veículos.

Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a retração das vendas em outubro é um reflexo das dificuldades enfrentadas pela indústria, como a falta de componentes, em escassez mundial. A previsão é que esses problemas continuem a impactar as atividades do setor até o ano que vem. “2022 continuará sendo um ano de grandes desafios na entrega de semicondutores no setor automotivo”, acrescentou.

Caminhões

O crescimento das vendas ao longo do ano é puxado especialmente pelo setor de caminhões, que teve uma expansão de 50,4% nos emplacamentos de janeiro a outubro na comparação com o mesmo período de 2020. Foram comercializadas no período 106,3 mil unidades, sendo 11 mil em outubro – elevação de 39,7% sobre o mesmo mês de 2020.

As vendas de automóveis e veículos comerciais leves registram queda de 31,1% em outubro, com 128,7 mil unidades. No acumulado de janeiro a outubro, os emplacamentos abrangeram 1,4 milhão de unidades, alta de 6,5% em relação aos primeiros dez meses de 2020.

Produção

A produção de veículos também acusou queda em outubro de 24,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado, com a fabricação de 177,9 mil unidades. Entre janeiro e outubro deste ano, foram produzidos 1,8 milhão de veículos, um crescimento de 16,7% em relação ao mesmo período de 2020.

No acumulado de janeiro a outubro, a fabricação de caminhões registra alta de 91,2%, com a produção de 131, 9 mil unidades. Em outubro, o crescimento ficou em 24,6%, com a montagem de 13,6 mil caminhões.

A produção de automóveis e veículos comerciais leves teve queda de 27,2% em outubro, com a fabricação de 162,9 mil unidades. De janeiro a outubro a produção de veículos alcançou 1,6 milhão de automóveis e comerciais leves, uma elevação de 13,4% em relação aos dez primeiros meses de 2020.

Exportações

As exportações de veículos tiveram queda de 14,6% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, com a venda de 29,8 mil veículos. Nos primeiros dez meses do ano, a comercialização de veículos para o exterior tem alta de 26,8%, com a venda de 306,8 mil veículos.

O nível de emprego na indústria ficou praticamente estável em 102,5 mil trabalhadores em outubro, 0,4% menos do que em setembro e 0,2% mais do que o mesmo mês do ano passado.

Segundo Moraes, as previsões da Anfavea se mantêm para um crescimento do setor de 6% no pior cenário e de 10% em uma possibilidade mais otimista.

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Governo Federal divulga programa de concessões na Europa e Oriente Médio

Ministro da Infraestrutura se reúne com operadores e fundos soberanos em Paris, Milão, Madri, Abu Dhabi e Dubai

Com o objetivo de atrair investidores para os projetos no Brasil, o Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, apresenta seu programa de concessões na área de infraestrutura em países da Europa e Oriente Médio até o dia 17 de novembro. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, passa pela França, Itália, Espanha e Emirados Árabes Unidos apresentando a carteira de projetos do Governo Federal a operadores mundiais e fundos soberanos de investimentos.

“Estamos focando nossa conversa nos maiores operadores de infraestrutura do mundo, dando prosseguimento às atividades que nós iniciamos em Nova Iorque, com fundos de investimentos e bancos. Em 2019 nós iniciamos esse movimento e, na época, nós estávamos mostrando um programa de infraestrutura ousado que estava nascendo, mas que hoje é uma realidade”, destacou o ministro Tarcísio de Freitas.

A divulgação começou em Paris, neste domingo (7) e nesta segunda-feira (8). Em seguida, a apresentação será feita em Milão e em Madri. Na sequência, o ministro Tarcísio Freitas viaja aos Emirados Árabes Unidos, onde terá reuniões em Abu Dhabi e Dubai. Nesta última parada, ele participa do painel “Oportunidades em Infraestrutura no Brasil” do Fórum Invest In Brazil, depois faz uma visita ao pavilhão do Brasil na Expo Dubai 2020.

No mês passado, a divulgação do programa de concessões de infraestrutura do Governo Federal ocorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Por cinco dias, o ministro Tarcísio de Freitas se reuniu com investidores, executivos de instituições e fundos financeiros para fazer um balanço do programa de concessões do Ministério da Infraestrutura.

Desde 2019, já foram concedidos 34 aeroportos, seis rodovias, seis ferrovias, 31 arrendamentos, além de autorizações para 99 terminais de uso privado.

“Realizamos 77 leilões e já estamos chegando aos R$ 100 bilhões em contratos. Até o final de 2022, devemos contratar R$ 300 bilhões e temos certeza que o programa vai ser um grande sucesso. A gente já percebe o interesse na 7ª rodada de concessões de aeroportos, na privatização dos portos, nos leilões de rodovias do Paraná, nas rodovias do Centro-oeste, nas ferrovias, no programa de autorização ferroviária”, concluiu o ministro.

Novos leilões

De outubro a dezembro, o Governo Federal realiza a Super Infra, uma temporada de leilões que pretende atrair cerca de R$ 23,5 bilhões em investimentos privados ao setor de transportes.

O primeiro certame, realizado em 5 de novembro, garantiu quase R$ 15 bilhões em investimentos na rodovia Dutra/Rio-Santos. O leilão foi vencido pelo Grupo CCR.

No próximo dia 19 de novembro, será realizado o maior leilão de arrendamento portuário, com duas áreas destinadas a combustíveis no porto de Santos. A previsão é de que a área receba investimentos de R$ 1 bilhão em melhorias por parte do setor privado.

Já em 20 de dezembro, serão concedidas as rodovias BRs 381 e 262, em Minas Gerais e Espírito Santo. Serão aportados R$ 7 bilhões ao longo do contrato.

Projeção

Ainda neste ano devem ser publicados editais de leilões que ocorrerão no ano que vem. Entre eles estão a relicitação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte (R$ 308 milhões); a concessão das BRs 116, 493 e 465, entre Rio de Janeiro e Governador Valadares (R$ 7 bilhões); e a primeira desestatização portuária, da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), com investimentos de pelo menos R$ 780 milhões.

Existe ainda a possibilidade da renovação antecipada de contrato da malha ferroviária da MRS no Sudeste, com mais R$ 16,7 bilhões a serem investidos.

Para 2022, o Governo Federal conta ainda com os leilões de 16 aeroportos, com destaque para Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ); a desestatização do Porto de Santos; a concessão da Ferrogrão, de Sinop (MT) a Miritituba (PA), e mais de 12 mil quilômetros de rodovias, com destaque para o anel de integração do Paraná (R$ 44 bilhões em investimentos).

A previsão é de que esses leilões ultrapassem um total de R$ 160 bilhões em investimentos.

 

- Carregamentos com 4,1 milhões de doses da Pfizer chegam ao Brasil

vacina Pfizer

Foram recebidas hoje (8) mais 4,1 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer. O lote chegou em dois carregamentos, um que foi desembarcado no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e o outro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

A previsão do Ministério da Saúde é que, ao longo do mês de novembro, cheguem ao Brasil 34 milhões de doses da vacina do laboratório norte-americano, para cumprimento do segundo contrato firmado com o governo para o fornecimento de 100 milhões de doses do imunizante até dezembro. A farmacêutica já fez a entrega de 100 milhões de doses previstas no primeiro termo assinado com o governo brasileiro.

Desde o início da vacinação contra o novo coronavírus no Brasil, foram distribuídas a todos os estados mais de 344,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo que 121 milhões são da Pfizer.

Até o momento, 123,6 milhões de pessoas completaram a imunização contra a doença, com duas doses ou vacina de dose única.

 

- Tesouro pagou em outubro R$ 661,83 milhões em dívidas de estados

Economia, Moeda, Real,Dinheiro, Calculadora

A União pagou, em outubro, R$ 661,83 milhões em dívidas atrasadas de estados, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito, divulgado hoje (8) pelo Tesouro Nacional. Do total, R$ 362,77 milhões são débitos não quitados pelos estados do Rio de Janeiro; R$ 198,83 milhões de Minas Gerais; R$ 78,96 milhões de Goiás; R$ 16,29 milhões do Amapá, e R$ 4,97 milhões do Rio Grande do Norte.

Este ano, já são R$ 6,82 bilhões de dívidas de entes subnacionais honradas pela União. Os que tiveram os maiores valores honrados foram os estados do Rio de Janeiro (R$ 2,89 bilhões, 42,37% do total), Minas Gerais (R$ 2,52 bilhões, 36,94%) e Goiás (R$ 1,14 bilhão, 16,77%).

As garantias representam os ativos oferecidos pela União – representada pelo Tesouro Nacional - para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidor das operações, ele é comunicado pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.

Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto com bloqueios de repasses federais ordinários, além de impedir novos financiamentos. Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias. Entre 2019 e 2021, diversos estados que obtiveram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo a execução.

Desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 39,76 bilhões em dívidas garantidas. Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional também disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas.

Operações garantidas

No último Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas, divulgado em setembro, o Tesouro informou que o saldo total devedor das garantias concedidas pela União a operações de crédito é de R$ 290,28 bilhões. O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior saldo devedor, R$ 39,19 bilhões.

Os estados concentram 77,3% dessas operações garantidas, com dívidas de R$ 224,29 bilhões. Em seguida estão os municípios e os bancos federais, com 9,5% (R$ 27,53 bilhões) e 7,7% (R$ 22,21 bilhões), respectivamente, do saldo devedor. As entidades controladas detêm 3,2% (R$ 9,21 bilhões) e as estatais federais, 2,4% (R$ 7,03 bilhões).

 

Fonte: Agência Brasil - Gov.br