Esporte

Raphinha muda o jogo, Gabigol desencanta e Brasil vira sobre a Venezuela





Foi no sufoco, mas o Brasil manteve os 100% de aproveitamento nas Eliminatórias à Copa 2022. A atuação, no geral, passou longe de ser boa e, apesar da diferença de gols, por pouco o tropeço não veio. Mas a seleção brasileira venceu a Venezuela, de virada, por 3 a 1 em Caracas (VEN). O atacante Eric Ramírez foi quem fez o gol dos donos da casa, em uma jogada que teve escorregão duplo de Fabinho e Marquinhos. Mas coube ao próprio zagueiro do Brasil fazer o gol de empate, no segundo tempo. Gabigol, de pênalti, garantiu a virada. Nos acréscimos, Antony ampliou.

Mas toda essa retomada no placar foi propulsionada por Raphinha, que estreou e fez ótimo jogo. O meia-atacante do Leeds viveu a frustração de ser vetado pelo Leeds na rodada passada, em setembro, mas voltou agora e começou em grande estilo sua trajetória na seleção. E pensar que ele chegou a ser sondado pela Itália.

Com Neymar nas tribunas, já que cumpriu suspensão, e aos trancos e barrancos, o Brasil manteve a estatística positiva contra a Venezuela nas Eliminatórias. Agora são 18 jogos, com 17 vitórias. O único empate continua sendo o de 2009: um 0 a 0 diante da equipe treinada por Dunga.

Nos números, a campanha é perfeita. O Brasil é líder das Eliminatórias, com 27 pontos, e viu a distância em relação à Argentina aumentar para oito pontos. O próximo desafio é domingo (10), contra a Colômbia, em Barranquilla, às 18h (de Brasília). Nesta data Fifa, a seleção brasileira ainda encara o Uruguai, em Manaus, quinta-feira (14).

Xô, jejum

Embora a dobradinha com Gabriel Jesus não tenha funcionado bem, Gabigol voltou a marcar pelo Brasil, após passar seis partidas em branco — quatro delas como titular. A última vez que ele havia balançado a rede foi justamente diante da Venezuela, na vitória por 3 a 0 pela Copa América 2021.

Escorregão no começo

O jogo não começou tão promissor para o Brasil em termos ofensivos. Já dava para ver a dificuldade que o meio-campo formado por Gerson e Fabinho enfrentaria ao longo da partida. O ritmo baixo, alguns erros de passe, algo muito abaixo da média para os dois jogadores. Fabinho, inclusive, na condição de substituto de Casemiro — fora da data Fifa por causa de um problema no siso — foi um dos vilões do lance capital da partida.

A bola cruzada por Soteldo da direita encontrou Eric Ramírez livre na área. O centroavante venezuelano cabeceou com liberdade porque Fabinho e Marquinhos escorregaram juntos na área. Uma cena pitoresca, quase inexplicável, mas que rendeu o gol da seleção anfitriã.

Desfile de Soteldo

Não só por ter sido autor do cruzamento para o gol, Soteldo, conhecido do futebol brasileiro, foi o principal nome da Venezuela na parte ofensiva. O baixinho abusado não teve receio de tentar dribles, jogadas e efeito e passes venenosos, valendo-se da liberdade de movimentação que o técnico Leonardo González lhe deu. No primeiro tempo ele sobrou. No segundo, apareceu bem menos.

Problema coletivo no Brasil

Para além dos escorregões, foi uma das piores atuações coletivas do Brasil de Tite. Pior até do que os 45 minutos iniciais contra o Chile, por exemplo, que foi um jogo no qual a seleção passou sufoco. Hoje, no 4-4-2 proposto por Tite, o Brasil ficou completamente engessado. O baixo rendimento dos volantes foi um problema chamativo, mas eles não ficaram devendo sozinhos. A cena comum foi ver a bola circulando entre zagueiros e laterais, mas sem trazer em seguida uma tentativa mais incisiva. Nada de dribles, jogadas combinadas pelo meio ou apoio consistente dos laterais.

Ainda durante o primeiro tempo, Tite tentou redesenhar o Brasil com o que tinha em campo. Trouxe Paquetá para o meio, abriu por alguns momentos Gabriel Jesus pela esquerda e chegou a fazer com que Everton Ribeiro também tivesse posicionamento invertido, ocupando aquele setor, em vez da direita.

A única ocasião de gol foi quando Everton Ribeiro, na faixa esquerda do ataque, recebeu passe mais vertical de Paquetá e ficou na cara do goleiro. Mas o "vício" de dar assistências para o Gabigol, companheiro de Flamengo, falou mais alto. A tentativa de passe foi desviada pelo marcador e a bola explodiu no travessão.

E os estreantes?

Por mais que tenha sido o mais lúcido do Brasil no primeiro tempo, Tite tirou Everton Ribeiro logo no intervalo. O segundo tempo começou com o estreante Raphinha na ponta direita. Canhoto assim como o meia do Flamengo, o jogador do Leeds tem característica mais aguda, de usar o drible para buscar a área, enquanto Everton Ribeiro é mais um construtor e traz o jogo mais pelo meio. Raphinha foi o destaque da parte boa da seleção brasileira.

Outro estreante da noite, o lateral esquerdo Guilherme Arana teve atuação tímida. Desentrosado, não achou o timing certo para tabelas e subidas ao ataque. Tite posteriormente também colocou Antony em ação — e deu certo.

Marquinhos comemora gol do Brasil contra a Venezuela pelas Eliminatórias - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF
Marquinhos comemora gol do Brasil contra a Venezuela pelas Eliminatórias
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

No desespero, virou 4-2-4

Em que pese o mau desempenho dos meio-campistas centrais, Tite fez mais alterações nos pontas. Depois de Raphinha, apostou em Vinícius Júnior, sacando Paquetá. Coletivamente, os problemas continuaram, mas a tentativa foi dar mais intensidade às jogadas pelo lado. Funcionou a substituição do 4-4-2 por algo mais parecido com o 4-2-4, já que os externos passaram a ter mais característica de drible e velocidade do que de construção e passe.

Alívio pelo alto e virada de pênalti

O Brasil chegou a ter um gol anulado aos 11 minutos do segundo tempo, quando Thiago Silva acertou uma cabeçada após bola alçada na área — só que a arbitragem assinalou impedimento, corretamente. Mas, com a dificuldade de entendimento ofensivo, seria essa a solução para dar alívio ao Brasil. Numa cobrança de escanteio feita por Raphinha, Marquinhos ganhou pelo alto de trouxe o empate.

A vitória brasileira se concretizou após uma rara jogada de velocidade que deu certo. A troca entre Raphinha e Vinicius Júnior culminou com um rebote que ficaria no pé de Gabigol. Só que o atacante sofreu pênalti. Como não costuma errar cobranças, fez o segundo gol do Brasil na partida. Já aos 50 minutos da etapa final, Antony concluiu jogada pela direita, também de Raphinha, e entrou com bola e tudo.

FICHA TÉCNICA:

VENEZUELA 1 x 3 BRASIL
Campeonato:
 Eliminatórias Sul-Americana à Copa 2022 - 11ª rodada

Local: estádio de La Universidad Central de Venezuela, em Caracas (VEN)
Árbitro: Kevin Ortega (PER)
Assistentes: Michael Orue e Jesús Sánchez (ambos PER)
VAR: Eber Aquino (PAR)
Cartões amarelos: Hernández e Bello (VEN); Marquinhos (BRA)
Gols: Ramíres, 11'/1ºT (1-0); Marquinhos, 25'/2ºT (1-1); Gabigol, 39'/2ºT (1-2); Antony, 50'/2ºT (1-3)

VENEZUELA: Graterol, Ronald Hernández, Josua Mejías (Chancellor), Nahuel Ferraresi e Óscar González; Tomás Rincón (Moreno), José Martínez (Castillo) e Soteldo; Machís (Córdova), Peñaranda (Bello) e Eric Ramírez. Técnico: Leo González

BRASIL: Alisson: Danilo (Emerson), Marquinhos, Thiago Silva e Guilherme Arana (Alex Sandro); Fabinho, Gerson, Everton Ribeiro (Raphinha) e Lucas Paquetá (Vini Jr); Gabriel Jesus (Antony) e Gabigol. Técnico: Tite

- Argentina empata com Paraguai em dia de Messi apagado e 'ritmo de treino'

Messi tenta se livrar de marcação do Paraguai em jogo das Eliminatórias da Copa 2022 - NORBERTO DUARTE / AFP

Messi tenta se livrar de marcação do Paraguai em jogo das Eliminatórias da Copa 2022 Imagem: NORBERTO DUARTE / AFP

Em noite pouco inspirada de Lionel Messi, a Argentina ficou no 0 a 0 com o Paraguai no Defensores del Chaco (PAR), pela 11ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.

Em ritmo de treino, a Argentina dominou as ações e passou grande parte do tempo no campo de ataque, mas sem conseguir transformar a superioridade em gols. Já o Paraguai, mesmo jogando diante de sua torcida, se fechou e explorou os poucos contra-ataque que teve.

Com o resultado, a Argentina permanece na segunda colocação, com 19 pontos, três a mais em relação ao Uruguai, que empatou com a Colômbia hoje, no Parque Central (URU). O Paraguai segue em sexto, agora com 12 pontos.

Na sequência, a Argentina recebe o Uruguai no Monumental de Nuñez neste domingo, às 20h30 (horário de Brasília), em jogo atrasado da quinta rodada. Já o Paraguai encara o Chile, no mesmo dia, no estádio San Carlos de Apoquindo, às 21h (horário de Brasília).

Jogando em casa?

Mesmo jogando em Assunção, a Argentina comandou as ações da partida. Pressionando o Paraguai desde os primeiros minutos do jogo, e com Messi livre em campo, a seleção argentina colocou o goleiro Antony Silva para trabalhar, principalmente com Correa.

Tanto que a Argentina quase abriu o placar aos 10 minutos da primeira etapa. Após passe de Messi, Correa tira do goleiro e Di María é travado por Alderete praticamente em cima da linha.

Paraguai tenta, mas não assusta

Após ver a Argentina dominar grande parte do primeiro tempo, o Paraguai se lançou ao ataque nos minutos finais da primeira etapa. Aproveitando erros de passe argentino, assim como algumas roubadas de bola, os donos da casa chegaram à meta de Martinez.

Os paraguaios, porém, não ofereceram perigo à equipe visitante. Com dificuldades tanto na troca de passes quando na construção de jogadas, o Paraguai teve em determinado momento o zagueiro Gustavo Gómez, do Palmeiras, como atacante.

Argentina abusa dos erros

O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro: com a Argentina pressionando e o Paraguai se segurando. Os argentinos, porém, seguiram desperdiçando oportunidades.

Com erros tanto na troca de passes quanto nas finalizações, a seleção argentina teve sua primeira grande chance logos aos cinco minutos da etapa final. Messi acionou De Paul pela direita, que bate para o meio. Com o gol vazio, Correa perde o tempo da bola.

Goleiros trabalham

Pouco exigido no primeiro tempo, Martínez salvou a principal chance do Paraguai na segunda etapa. Aos 19 minutos, Junior Alonso acionou Arzamendia. Lateral cruzou para Sanabria, que obrigou o goleiro argentino a uma grande defesa.

No lance seguinte, foi a vez de De Paul assustar Silva. O atacante mandou uma bomba de fora da área após passe de Messi. O goleiro paraguaio espalmou e ninguém aproveitou o rebote.

O goleiro paraguaio voltou a trabalhar aos 38 minutos da etapa final. Papu Gómez recebeu de Messi e bate colocado de direita, obrigando Silva a defender de mão trocada.

Messi solto, mas discreto

Os paraguaios não se incomodaram com a presença de Lionel Messi, que circulou livremente pelo campo de ataque argentino. Caindo tanto pelos lados quanto pelo centro, o camisa 10 foi responsável por grande parte da criação das ações ofensivas dos 'hermanos'.

Mesmo assim, o camisa 10 fez uma partida discreta. Perdendo bolas simples e sem pontaria nas bolas paradas, o jogador do PSG não ofereceu grande perigo aos donos da casa.

- Equador vence Bolívia pelas Eliminatórias Sul-Americanas

Com três gols antes dos primeiros vinte minutos de jogo, o Equador derrotou a Bolívia por 3 a 0 pela 11ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo dee 2022.

Na cidade equatoriana de Guayaquil, os gols dos donos da casa foram marcados por Michael Estrada (aos 14 minutos) e Énner Valencia (duas vezes, 17 e 19).

Com este resultado, os equatorianos ocupam a terceira posição da tabela, com os mesmos 16 pontos que o Uruguai, quarto colocado pelo saldo de gols e que nesta quinta empatou com a Colômbia (5º) por 0 a 0. 

No domingo, em partida pela quinta rodada, que não foi disputada em março por conta da pandemia de covid-19, o Equador vai encarar a Venezuela, enquanto a Bolívia enfrenta o Peru.

Os quatro primeiros colocados nas eliminatórias garantem vaga para a Copa do Mundo, enquanto o quinto lugar disputa um mata-mata (ida e volta) contra a seleção de outro continente ainda não definido pela Fifa.

Ficha técnica da partida pela 11ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022:

Equador - Bolívia 3 - 0 (3-0)

Local: estádio Isidro Romero Carbo (Guayaquil, Equador)

Árbitro: Wilmar Roldán (COL)

Gols:

Equador: Michael Estrada (14), Enner Valencia (17, 19)

Equipes:

Equador: Moisés Ramírez - Felix Torres, Piero Hincapié, Byron Castillo (Ayrton Preciado 49), Pervis Estupinan - Carlos Gruezo, Michael Estrada (Brayan Angulo 79) - Gonzalo Plata, Ángel Mena (Jeremy Sarmiento 64), Enner Valencia (cap) (Joao Rojas 63), Moisés Caicedo (Sebastián Méndez 78). DT: Gustavo Alfaro.

Bolívia: Carlos Lampe - Jairo Quinteros, Jesus Sagredo, Luis Haquin, Adrian Jusino, Leonel Justiniano (Franz Gonzáles 81) - Marcelo Martins (cap) (Jhon García 87), Boris Cespedes (Marc Enoumba 66) - Henry Vaca Urquisa (Victor Abrego 66), Ramiro Vaca (Roberto Fernandez 88), José Manuel Sagredo. T: César Farías.

- Peru derrota Chile pelas Eliminatórias Sul-Americanas

Jogando em casa, o Peru venceu o Chile por 2 a 0 em partida válida pela 11ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2022.

Os gols dos anfitriões foram marcados por Christian Cueva (aos 35 minutos) e Sergio Peña (64). 

Com este resultado, a seleção peruana está na sétima posição na tabela, com 11 pontos, cinco a menos que o Uruguai (4º), que é a primeira seleção dentro da zona de classificação direta para o Mundial no Catar. Já os chilenos estão em oitavo, com 7 unidades. 

No domingo, pela quinta rodada, que não foi disputada em março por conta da pandemia de covid-19, o Peru enfrenta a Bolívia e o Chile recebe em Santiago o Paraguai.

Os quatro primeiros colocados nas eliminatórias garantem vaga para a Copa do Mundo, enquanto o quinto lugar disputa um mata-mata (ida e volta) contra a seleção de outro continente ainda não definido pela Fifa.

-- Ficha técnica da partida válida pela 11ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022:

Peru - Chile 2-0 (1-0)

Local: estádio Nacional José Diaz (Lima, Peru)

Árbitro: Christian Ferreyra (URU)

Gols:

Peru: Cueva (36), Peña (64)

Cartões amarelos:

Peru: Trauco (39), Callens (70)

Chile: Maripan (42), Vegas (62), Pulgar (72), Medel (72), Isla (82)

Equipes:

Peru: Pedro Gallese - Luís Advincula, Christian Ramos, Alexander Callens, Miguel Trauco - Pedro Aquino, Yoshimar Yotún, Sergio Peña (Wilder Cartagena 79), Christian Cueva (Gabriel Costa 79), Edison Flores (Marcos López 68) - Paolo Guerrero (cap) (Jefferson Farfán 61). T: Ricardo Gareca.

Chile: Claudio Bravo (cap) - Guillermo Maripan, Alexis Sánchez - Mauricio Isla, Marcelino Nunez (Felipe Mora 46), Erick Pulgar, Gary Medel - Sebastián Vegas, Jean Meneses (Joaquín Alberto Montecinos Naranjo 65), Charles Aránguiz (Diego Valdes 65), Ben Brereton (Luis Jiménez 77). T: Martin Lasarte.

- Uruguai e Colômbia empatam pelas Eliminatórias Sul-Americanas

 Uruguai e Colômbia empataram em 0 a 0 em Montevidéu, pela 11ª rodada das Eliminatórias Sul- Americanas para a Copa do Mundo de 2022. 

A partida disputada no estádio Gran Parque Central, na capital uruguaia, teve grande domínio dos donos da casa no primeiro tempo, mas os visitantes foram melhores na etapa seguinte. 

Com este resultado, os uruguaios estão na quarta posição, com 16 pontos, dois a mais que os colombianos, que seguem em quinto. 

No domingo, em partida pela quinta rodada, que não foi disputada em março por conta da pandemia de covid-19, o Uruguai visitará a Argentina e a Colômbia receberá o Brasil.

Os quatro primeiros colocados nas eliminatórias garantem vaga para a Copa do Mundo, enquanto o quinto lugar disputa um mata-mata (ida e volta) contra a seleção de outro continente ainda não definido pela Fifa.

- Ficha técnica da partida válida pela 11ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022

Uruguai - Colômbia 0 - 0 

Local: estádio Gran Parque Central (Montevidéu, Uruguai)

Árbitro: Jesús Valenzuela (VEN)

Cartões amarelos:

Uruguai: Rodrigo Bentancur (15)

Colômbia: Mateus Uribe (49), Juan Cuadrado (62), Johan Mojica (90)

Equipes:

Uruguai: Fernando Muslera - Nahitán Nández, Diego Godín, José Giménez (Ronald Araújo, 59), Matías Viña - Matías Vecino, Rodrigo Bentancur (Gastón Pereiro, 76), Federico Valverde, Giorgian De Arrascaeta (Nicolás De La Cruz, 45) - Luis Suárez (Edinson Cavani, 46), Brian Rodríguez (Darwin Núñez, 46). T: Oscar Tabárez.

Colômbia: David Ospina - John Stefan Medina, Yerry Mina, Carlos Cuesta, Johan Mojica - Juan Cuadrado (Juan Quintero 79), Wilmar Barrios, Mateus Uribe (Jefferson Lerma, 57), Luis Díaz - Rafael Borré (Duvan Zapata, 57), Radamel Falcao García (Roger Martínez, 57). T: Reinaldo Rueda.

- No reencontro com a torcida, São Paulo e Santos empatam e mantêm pressão

No reencontro com sua torcida no Morumbi, o São Paulo somou mais uma rodada sem triunfar no Campeonato Brasileiro e ficou no empate por 1 a 1, com o Santos. O resultado ajuda a aumentar a pressão em cima do técnico Hernán Crespo. O Peixe, por sua vez, se mantém como o primeiro time fora da zona de rebaixamento e segue ameaçado na tabela.

Com a igualdade no clássico, o São Paulo chegou ao seu 29º ponto e se mantém na 14ª posição — fora do grupo de classificados à Copa Sul-Americana do ano que vem. O Santos chega aos 25, abre dois de distância para o Z4, mas segue ameaçado de queda à Série B.

O melhor: Calleri

Em sua reestreia como titular no São Paulo, o argentino Jonathan Calleri deu mobilidade ao ataque tricolor, segurou os zagueiros do Santos e ainda deixou sua marca em cobrança de pênalti.

O pior: Camacho

O primeiro volante do Santos não conseguiu ligar a defesa ao ataque, atuou muito próximo dos zagueiros de seu time e deu espaços para as investidas são-paulinas pelo meio de campo.

Torcida volta ao Morumbi

Foram mais de 19 meses de arquibancadas vazias no estádio do Morumbi ocasionados pela pandemia da Covid-19. Na noite desta quinta (7), os são-paulinos puderam reencontrar o time do coração após a decisão do governo do Estado em liberar a venda de ingressos de até 30% da capacidade dos estádios paulistas. No clássico San-São, o público foi de 5.529 torcedores, com renda bruta de R$ 393.437,00.

Corneteiros de plantão

Durante o aquecimento no gramado do Morumbi, os jogadores do São Paulo voltaram a conviver com os corneteiros das arquibancadas. O nome do atacante Pablo e do goleiro Tiago Volpi foram ironizados em vários momentos por torcedores alocados na arquibancada azul (faixa central do campo). O lateral Reinaldo também ouviu uma ou outra crítica antes de a bola rolar.

O primeiro gol do Santos com Fábio Carille

Demorou muito pouco para o placar do estádio do Morumbi ser inaugurado no San-São. Com apenas quatro minutos de jogo, o volante Carlos Sánchez recebeu bola na entrada da área, dominou, ajeitou o corpo e bateu colocado, de chapa, em direção ao gol defendido por Tiago Volpi. O goleiro são-paulino ainda tentou a defesa, mas a bola caprichosamente bateu na trave antes de estufar a rede.

VAR, bate-boca e gol do São Paulo

Com o Santos em vantagem, o jogo ficou morno durante mais de meia hora. Só nos minutos finais o São Paulo ensaiou uma pressão em cima do rival. Em um chute de fora da área de Rodrigo Nestor, a bola desviou na região do ombro de Vinícius Balieiro, e o árbitro Raphael Claus marcou pênalti após checagem do VAR. Os atacantes Luciano e Calleri discutiram para ver quem batia e o argentino ganhou o debate, assim como também venceu o goleiro João Paulo para empatar o jogo ao Tricolor.

São Paulo acua o Santos e desperdiça chances

No início do segundo tempo, o time da casa esteve mais ligado em campo e criou as melhores chances. Primeiro com Igor Gomes, que aproveitou bola rebatida dentro da área e bateu cruzado, rente à trave defendida por João Paulo. Na sequência, Gabriel Sara e Calleri tabelaram entre os defensores santistas, o meia saiu cara a cara com o goleiro, mas optou por dar um passe ao colega argentino ao invés de finalizar. O lance, no entanto, foi anulado por impedimento no início da jogada.

Volpi frustra planos do Santos

Nos acréscimos do segundo tempo, o Santos quase conquista a vitória no Morumbi. Em bola trabalhada pela esquerda, Pirani e Lucas Braga tabelaram dentro da área e encontraram Felipe Jonatan em condições de finalização. O jogador bateu rasteiro, cruzado e Tiago Volpi se esticou todo para manter a igualdade no marcador.

Próximos jogos

O São Paulo volta a campo na segunda-feira (11) para enfrentar o Cuiabá, na Arena Pantanal. Um dia antes, no domingo (10), o Santos reencontra a sua torcida na Vila Belmiro em confronto direto com o Grêmio (17°) na luta contra o rebaixamento. As partias são válidas pela 25ª rodada da Série A.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 1 x 1 SANTOS
Competição: Campeonato Brasileiro - 24ª rodada
Data: 07/10/2021 (quinta-feira)
Horário: 18h30 (de Brasília)
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Raphael Claus (Fifa/SP)
Assistentes: Danilo Ricardo Silva Manis (Fifa/SP) e Evandro de Melo Lima (SP)
VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos (Fifa/SP)
Cartões amarelos: Benítez e Wellington (São Paulo)Vinícius Balieiro, Marcos Guilherme, Danilo Boza e Marinho (Santos)
Gols: Carlos Sánchez (SAN), aos 4' do 1º tempo (0-1); Calleri (SPFC), aos 34' do 1º tempo (1-1).

SÃO PAULO: Tiago Volpi; Igor Gomes, Miranda, Léo e Wellington; Luan (Gabriel) e Rodrigo Nestor (Liziero); Luciano, Marquinhos (Gabriel Sara), Rigoni e Calleri (Benítez). Técnico: Hernán Crespo

SANTOS: João Paulo; Vinícius Balieiro, Velázquez, Wagner (Lucas Braga) e Marcos Guilherme; Camacho (Danilo Boza), Carlos Sánchez (Gabriel Pirani), Vinícius Zanocelo e Felipe Jonatan; Marinho e Léo Baptistão (Diego Tardelli). Técnico: Fábio Carille

 

Fonte: UOL