A iniciação no consumo de álcool é maior entre as meninas (26,5%) do que entre os meninos (25,1%). Apesar de preocupante, o dado do Amapá está abaixo da média nacional (34,6%) e fica entre os menores do país. 

Os dados foram coletados em 2019 e refletem o período pré-pandemia. Por meio de amostragem populacional, o órgão distribuiu questionários a jovens do 7º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio, com garantia de anonimato nas respostas. 

O instituto destacou a proximidade dos dados da realidade em função da forma de coleta de informações, feitas a partir de um dispositivo móvel usado pelo próprio adolescente. 

É a segunda reportagem publicada pelo G1 Amapá referente aos dados da PeNSE. Na segunda-feira (13) foi destacado outro recorte do estudo, relacionado à violência sexual nessa faixa. 

Ainda relacionado ao consumo de álcool, entre todos os adolescentes, 54,3% confirmaram ter experimentado bebida alcoólica pelo menos uma vez na vidae, destes, 42,9% admitiram ter sofrido algum episódio de embriaguez nessa faixa etária.

Confira outros pontos: 

• 17% dos adolescentes perderam aulas ou brigaram porque tinham bebido álcool;
• 16,9% dos entrevistados confirmaram ter ingerido álcool pelo menos um dia nos 30 dias anteriores à pesquisa; destes, 3 de cada 10 tomaram 5 doses ou mais;
• 1 de cada 4 adolescentes que ingeriu bebida alcoólica nos 30 dias anteriores à pesquisa conseguiu a bebida com amigos;
• 24,5% conseguiu em festa; 21,9% comprou em bar, botequim, loja ou mercado; e 7,7% obteve com ajuda da família;

O gerente da pesquisa, Marco Andreazzi, reforça que o uso de bebidas alcoólicas na adolescência pode decorrer em vício na vida adulta e causar diversos problemas de saúde. 

“Os efeitos secundários incluem problemas renais, hepáticos, cardíacos e de desenvolvimento cerebral. São efeitos muitos diversos e, quanto mais precoce for esse uso, maior o risco de doenças crônicas degenerativas que ocorrem em função desse uso prolongado”, pontua. 

A PeNSE 2019 também investigou o uso de drogas ilícitas tais como: maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança-perfume, ecstasy, oxy etc. 

Os resultados mostram que 11,8% dos estudantes de 13 a 17 anos de escolas públicas ou privadas do Amapá já haviam usado alguma droga ilícita em algum momento da vida. 

A média nacional ficou em 13%. Do total no Amapá, 3,9% dos adolescentes admitiram ter consumido alguma droga ilícita antes dos 14 anos. 

Ainda na faixa etária de 13 a 17 anos, o percentual de 26% dos entrevistados no Amapá confirmou que fumou cigarro pelo menos uma vez na vida, sendo que 13,7% experimentaram o produto antes dos 14 anos. 

Dos adolescentes que confirmaram o uso de cigarro, 34,5% respondeu que comprou no comércio, 21,8% pediu a alguém, 14,1% deu dinheiro para alguém comprar e 5,5% pegou escondido em casa.

Fonte: G1 Amapá -  John Pacheco