Consagração a Nossa Senhora Aparecida:
“Ó Maria Santíssima,
pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo,
em vossa querida imagem de Aparecida,
espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil.
Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas,
mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia,
prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento,
para que sempre pense no amor que mereceis;
consagro-vos a minha língua,
para que sempre vos louve e propague a vossa devoção;
consagro-vos o meu coração,
para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, ó Rainha incomparável,
vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe,
no ditoso número de vossos filhos e filhas;
acolhei-me debaixo de vossa proteção;
socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais,
sobretudo na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó celestial cooperadora,
e com vossa poderosa intercessão,
fortalecei-me em minha fraqueza,
a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida,
possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.
Assim seja!”
Mais de 100 refugiados e sem-teto, incluindo duas famílias de refugiados do Afeganistão, recentemente evacuadas de Cabul, assistiram ao filme "Francisco", na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, nesta segunda-feira (06/09). O evento foi organizado pela Fundação Laudato sì e pelo cineasta Evgeny Afineevsky, que dirigiu uma saudação pessoal ao público, relembrando a história migratória de sua família, originária da Rússia, que fugiu para Israel e por fim desembarcou nos Estados Unidos.
A projeção ocorreu num clima de grande emoção para as pessoas presentes, que encarnaram as tragédias de mais de 30 povos vítimas de guerras, emergências ambientais e perseguições. Uma tensão que desapareceu no final do filme quando o Papa Francisco abraçou pessoalmente os refugiados no átrio da Sala Paulo VI.
Numa atmosfera informal de grande afeto, cada pessoa, cada grupo familiar, ouviu algumas palavras de conforto diretamente do Papa, para a surpresa sobretudo das crianças que estavam incrédulas de se encontrarem diante do protagonista do filme que tinham acabado de ver.
Foi intenso o momento do encontro com os 20 refugiados afegãos que recentemente fugiram do caos do aeroporto de Cabul. Segundo um comunicado do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, o Papa "dirigiu palavras de afeto e conforto". Dentre eles estavam quatro irmãos e irmãs entre 14 e 20 anos, que chegaram à Itália graças ao apoio da Comunidade de Santo Egídio. Confiados a um tio que tinha sido expatriado anos atrás, eles tiveram que deixar seus pais que ficaram presos nos campos de refugiados no Irã.
Bismillah, o mais velho dos quatro, falou ao Vatican News sobre a importância de se sentirem acolhidos, ouvidos e compreendidos pelo Papa Francisco e como sua presença foi importante para incutir neles uma nova esperança para enfrentar o futuro.
No final do encontro, os refugiados, num clima festivo e de grande empatia, acompanharam o Papa Francisco até o carro que o esperava do lado de fora da Sala Paulo VI para levá-lo de volta à Casa Santa Marta.
Fonte: Stefano Leszczynski – Vatican News
À espera do Papa Francisco que chegará no domingo, dia 12, teve início em Budapeste, Húngria, o Congresso Eucarístico Internacional inaugurado no domingo, dia 05, com a Santa Missa presidida pelo presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, cardeal Angelo Bagnasco. Ele abriu o evento que convida toda a Igreja a refletir sobre o tema: “Todas as minhas fontes estão em Ti”. “A Eucaristia”, disse Bagnasco, “vai além de toda solidão, toda distância e toda indiferença”.
Já o cardeal Péter Erdő, primaz da Hungria, no início da missa de abertura do 52º Congresso Eucarístico Internacional disse “que o Senhor Deus nos conceda poder sentir, nestes dias, que Cristo está conosco na Eucaristia. Ele não deixa a Igreja, os povos e a humanidade sozinhos."
Nesta segunda-feira, dia 6, o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta fez uma catequese online para o Congresso Eucarístico Internacional. O cardeal dividiu a sua catequese em três partes. A primeira parte esteve centrada na “correspondência entre o desejo do coração humano por Deus e a gratuidade do desejo de Deus pelo homem que, despojando-se de sua majestade, se fez um de nós”.
A segunda parte “mostra a necessidade que o mundo tem de transformação e a consequente chamada a todos os batizados para que, como resultado da sua pertença a Cristo, sejam fermento”.
Na terceira parte, o cardeal identificou “Maria, a mãe da Igreja, como síntese perfeita do amor eucarístico em ação. Sua perfeita comunhão com Cristo se manifesta no drama da vida cotidiana, sua identificação com a misericórdia divina”.
O cardeal chamou a atenção sobre o fato de que “são muitos os que vivem em situação de necessidade. Carências materiais, morais e espirituais caracterizam a imensa pobreza em que nos encontramos e que somos chamados a enfrentar, respondendo ao chamado do Senhor que nos pede: ´dai-lhes vós mesmos de comer`”.
Também lamentou que “o homem moderno ache que a sede e a fome que levam dentro de si podem ser saciadas com o consumismo”. “Pessoas e coisas são, por isso, consumidas como objetos de um individualismo exagerado que, em vez de saciar, aumentam mais a angústia, provocando desordens e desequilíbrios no mundo”, explicou.
Dom Orani citou duas ocasiões nas quais Jesus expressa “sua sede pelo coração humano”. A primeira, junto ao poço, quando pediu à samaritana que lhe desse de beber; a segunda, na cruz, quando disse: “tenho sede”.
Em contrapartida, ele afirmou que “o Senhor manifesta seu protagonismo na relação com o ser humano. No encontro da sua sede, expressão da misericórdia do seu coração, com a sede do coração humano, feito para Deus, brota uma transformação emanada da correspondência original que transborda em testemunho: muitos samaritanos daquela cidade creram em Jesus pela força do testemunho daquela mulher”.
No entanto, a “mentalidade mundana e funcionalista dos tempos atuais termina penetrando a expressão religiosa”. Como consequência, “busca-se a fé de maneira imediata, com o único interesse de obter resultados pessoais”.
Dom Orani recordou a advertência feita frequentemente pelo Papa Francisco contra a tentação do pelagianismo, adaptado aos tempos atuais, que busca adaptar a graça divina às estruturas humanas. O resultado é um gnosticismo “que prefere um Deus sem Cristo, um Cristo sem Igreja e uma Igreja sem fiéis”.
Tudo isso, “termina reduzindo a vida da Igreja a uma peça de museu ou a algo próprio de alguns povos, que não é atrativa por não ser capaz de satisfazer os desejos dos corações humanos”.
Fonte: ACI DIGITAL - Vatican News