Cotidiano

Consórcio oferece R$ 930 milhões e arremata concessão do serviço de água e esgoto do Amapá





Grupo tem a frente a Equatorial Energia, que em junho venceu outro leilão para operar o de serviço energia elétrica no estado.

Vencedora vai ocupar o lugar da Companhia de Eletricidade do Amapá (Caesa) — Foto: Maksuel Martins/GEA/Divulgação

Vencedora vai ocupar o lugar da Companhia de Eletricidade do Amapá (Caesa) — Foto: Maksuel Martins/GEA/Divulgação 

O Consórcio Marco Zero, liderado pela empresa Equatorial Energia, ofereceu o maior valor e será a concessionária do serviço de saneamento básico do Amapápelos próximos 35 anos. 

O leilão ocorrido na tarde desta quinta-feira (2) na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, teve seis concorrentes e a vencedora apresentou proposta de R$ 930 milhões. 

A Equatorial Energia é a mesma empresa que em 25 de junho arrematou a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e vai iniciar a privatização do serviço no estado. 

Além da Equatorial, que tem participação de 80%, o consórcio Marco Zero é formado pela SAM Ambiental e Engenharia, com 20%. 

A proposta vencedora, segundo o Valor Econômico, foi bem acima das dos demais concorrentes, e prevê ainda um desconto de 20% na tarifa de água dos usuários. 

O prazo de início das atividades ainda será definido para que o consórcio assuma o serviço de tratamento de esgoto, fornecimento e cobrança de tarifa de água, que deixam de ser atribuição da Companhia de Água e Esgoto (Caesa), gerenciada pelo governo do Amapá. 

"A concessão marca a entrada da Companhia no segmento de saneamento e representa um importante passo na estratégia de crescimento do grupo no setor de infraestrutura, sempre buscando disciplina na alocação do capital. O modelo de gestão da Equatorial baseado em uma cultura de dono, alinhamento de toda a cadeia para os resultados, e com excelência operacional já trouxe grandes resultados no setor elétrico e será agora implementado neste novo segmento", diz a Equatorial, em nota. 

O arrematante deverá operar a atividade de saneamento básico no estado pelo período de 35 anos, com investimentos previstos na casa dos R$ 3 bilhões. 

O edital e o tipo de concessão foram definidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com secretarias do governo do Amapá e a própria Caesa. 

O consórcio deverá ofertar o abastecimento de água e coleta de esgoto para 738 mil habitantes nos 16 municípios do estado. 

Também deverá combater um problema crônico, que é o desperdício e o posterior não faturamento de água, por ligações clandestinas ou falhas na rede. Cerca de 70% de toda água tratada pela Caesa é perdida.

Fonte: G1 Amapá - John Pacheco