Política

Vão votar no 9 dedos por raivinha, diz Bolsonaro





O presidente Jair Bolsonaro disse que alguns brasileiros querem votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, por “raivinha”. Deu a declaração em transmissão ao vivo feita em suas páginas nas redes sociais, referindo-se ao petista como “9 dedos”.

“Agora alguns querem, por não gostar de mim, se por ventura disputar, — atenção TSE [Tribunal Superior Eleitoral], não estou dizendo que vou disputar, posso não disputar — votar no 9 dedos de raivinha?”, disse.

O ex-presidente Lula teve o dedo mínimo da mão esquerda amputado quando trabalhava como torneiro mecânico na Metalúrgica Independência, em São Paulo, em 1964.

O presidente completou: “Ah, para sacanear o Bolsonaro, se ele vier candidato, vou votar no outro lado. Você está fazendo mal contra você mesmo. Estou mostrando a Venezuela. Quer isso para suas filhas, seus netos? Quer isso para eles? O problema de inflação é no mundo todo [sic]”.

Na live, Bolsonaro voltou a atacar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Superior Tribunal Eleitoral), Luís Roberto Barroso –a quem chamou de “mentiroso” e “tapado”.

“Ministro, pega mal mentir dessa maneira ou então és um tapado que desconhece. Enorme diferença em ler papel e escrito a mão. Apuração seria feita pelos próprios mesários ali na sessão eleitoral. Média de 400 votos por sessão e 4 pessoas tomando conta”, declarou.

Diferente do que costuma acontecer, nenhum ministro do governo participou da live nesta 5ª feira (12.ago).

VOTO IMPRESSO

Bolsonaro minimizou a derrota da PEC (proposta de emenda à Constituição) 135 de 2019, que determina a impressão dos votos das urnas eletrônicas. A proposta foi rejeitada pela Câmara na 3ª feira (10.ago).

“Ganhou, mas não levou. Faltou quórum, regra do jogo. Paciência”, disse. PECs como a do voto impressão só são aprovadas se tiverem o apoio de ao menos 308 deputados em 2 turnos.

Quando o número não é atingido na 1ª rodada, não é necessária nova votação. Bolsonaro chegou a dizer em maio que a realização de eleições em 2022 estava condicionada à volta das cédulas de papel.

Fonte: Poder360