A comissão especial da Câmara sobre a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 135/19, que torna obrigatório o voto impresso, rejeitou por 23 votos a 11 o substitutivo apresentado pelo relator, deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). O resultado é uma derrota para o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que questiona a lisura do sistema eleitoral sem, no entanto, apresentar provas de irregularidades.
Bolsonaro tinha na PEC uma de suas principais apostas na Câmara. A previsão dos governistas era votar a proposta na comissão especial antes do recesso parlamentar, em julho, mas, diante de perspectiva de derrota já na época, conseguiram adiar a votação para agora — o que não evitou a derrota.
O deputado Júnior Mano (PL-CE) foi designado para redigir parecer em sentido contrário ao rejeitado, ou seja, contrário à PEC. A expectativa é que o novo texto seja apreciado já na próxima reunião da comissão, marcada para amanhã, a partir das 18h.
Veja como cada liderança partidária orientou seus parlamentares:
Agora, confira como votaram os 34 deputados que compõem a comissão especial:
SIM — a favor da PEC do voto impresso
O parecer do relator Filipe Barros acaba de ser derrotado por 23 a 11 na comissão especial da PEC 135/19, do voto impresso auditável. Dia lamentável para a democracia brasileira. Perdemos a batalha, mas não a guerra. O presidente [da Câmara] Arthur Lira [PP-AL] pode levar a PEC ao plenário.Bia Kicis, autora da PEC, no Twitter
NÃO — contra a PEC do voto impresso
Com voto e apoio do Novo, foi rejeitada a proposta do voto impresso na Comissão Especial da Câmara. O Brasil seguirá com o atual sistema eleitoral, que é seguro e auditável.Partido Novo, no Twitter
Fonte: UOL