Política

Presidente está bem e ficará três dias em observação, diz Flávio Bolsonaro





Senador confirmou que o diagnóstico inicial é de que o problema de soluço e dificuldade de discurso do presidente está relacionado com facada sofrida em 2018

 O presidente Jair Bolsonaro está se sentindo bem após exames e ficará três dias em observação no hospital, para analisar a necessidade de procedimentos adicionais, informou o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente, em entrevista coletiva após sessão da CPI da Pandemia.

"Falei com o médico dele mais cedo. Ele me tranquilizou, falou para a família ficar calma, que não tinha nada de mais grave acontecendo, que ele estaria em observação. Passou o telefone para ele, um pouco grogue pela anestesia, disse para ficar tranquilo", afirmou, relatando o estado de saúde de Bolsonaro.

Segundo o senador, não há informação se o presidente precisará passar por uma cirurgia e, em caso positivo, se precisará se afastar pelo cargo, repassando a Presidência momentaneamente ao vice Hamilton Mourão (PRTB).

De acordo com o parlamentar, Bolsonaro ficará essas 72 horas em observação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Flávio Bolsonaro confirmou que o diagnóstico inicial é de que o problema de soluço e dificuldade de discurso do presidente está, a princípio, relacionado com a facada sofrida em 2018. 

O senador afirmou que o presidente está com um problema de sono e que familiares defendem uma mudança nos hábitos alimentares e na rotina do pai. 

Internação

 O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) transferido para São Paulo depois de ter sido internado nesta quarta-feira (14) no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. Bolsonaro sentiu dores abdominais durante a madrugada. 

O cirurgião gástrico do presidente, Antonio Luiz Macedo, viajou à Brasília para fazer uma avaliação médica de Bolsonaro. Foi dele a decisão de transferir o presidente para a capital paulista.

"Após exames realizados no HFA em Brasília, o Dr. Macedo, médico responsável pelas cirurgias no abdômen do Presidente da República, decorrentes do atentado a faca ocorrido em 2018, constatou uma obstrução intestinal e resolveu levá-lo para São Paulo onde fará exames complementares para definição da necessidade, ou não, de uma cirurgia de emergência", disse, em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social.

Por conta da internação de Bolsonaro, a reunião com os presidentes do Senado (Rodrigo Pacheco, DEM-MG), da Câmara (Arthur Lira, PP-AL) e do Supremo Tribunal Federal (Luiz Fux), marcada para esta quarta-feira, foi cancelada. 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em evento no Palácio do PlanaltoO presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em evento no Palácio do Planalto no dia 29 de junho de 2021Foto: Andressa Anholete/Getty Images

Soluços

Por conta da internação de Bolsonaro, a reunião com os presidentes do Senado (Rodrigo Pacheco, DEM-MG), da Câmara (Arthur Lira, PP-AL) e do Supremo Tribunal Federal (Luiz Fux), marcada para esta quarta-feira, foi cancelada. 

Nos últimos dias, Bolsonaro vinha se queixando de soluços persistentes, e chegou a citar o problema em transmissão ao vivo nas redes sociais. 

Momentos depois do governo confirmar a transferência de Bolsonaro para São Paulo, o perfil do presidente no Twitter publicou uma série de mensagens relembrando o ataque sofrido em 2018 e relacionado o acontecido com partidos de oposição ao seu governo. 

"Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao PSOL, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil. Um atentado cruel não só contra mim, mas contra a nossa democracia", escreveu o presidente. 

Fonte: CNN Brasil