Política

Bolsonaro tem 56% e Haddad, 44%, na disputa à Presidência, diz pesquisa





 

Levantamento do Datafolha mostrou que a diferença entre os presidenciáveis diminuiu em relação à última pesquisa

Folha S.Paulo

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, tem 56% das intenções de voto e seu adversário, Fernando Haddad (PT), 44%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 25, a três dias da eleição. A vantagem do primeiro colocado caiu de 18 para 12 pontos porcentuais em uma semana.

Os números se referem aos votos válidos – ou seja, quando não são contados os eleitores indecisos e os que pretendem votar em branco ou nulo. Na pesquisa anterior do Datafolha, divulgada há uma semana e feita nos dias 17 e 18 de outubro, o placar era 59% a 41%.

Considerando-se os votos totais, Bolsonaro tem 48% e Haddad, 38%. No levantamento anterior, eles tinham 49% e 36%, respectivamente. Ainda há, segundo o instituto, 6% de indecisos e 8% que optariam por anular ou votar em branco, se as eleições fossem hoje. Considerados os votos totais, a rejeição a Haddad é de 52%. Já 44% afirmam que não votariam de jeito nenhum no capitão reformado.

Bolsonaro está na frente principalmente graças ao apoio do eleitorado evangélico, segmento no qual tem 38 pontos porcentuais de vantagem (69% a 31% dos votos válidos). Já os católicos estão divididos: 51% para o candidato do PSL e 49% para o do PT.

O candidato do PSL já não lidera isoladamente no eleitorado feminino: ele tem 51% das preferências, contra 49% de Haddad – isso configura um empate técnico. Já entre os homens, a vantagem continua grande (61% a 39%), embora tenha caído de 30 para 22 pontos.

Bolsonaro perde vantagem em todas as regiões, com exceção do Centro-Oeste

Com exceção do Centro-Oeste, onde as taxas dos dois candidatos apenas oscilaram, Bolsonaro perdeu parte de sua vantagem em todas regiões do País nas quais lidera. No Sudeste, onde o candidato do PSL venceria hoje por 63% a 37% dos votos válidos, a diferença sobre o adversário caiu de 30 para 26 pontos porcentuais. No Sul, Bolsonaro caiu de 69% para 65%, enquanto Haddad subiu de 31% para 35%.

O recuo mais forte, no entanto, ocorreu no Norte do País: o candidato do PSL perdeu sete pontos, para 59%, e o petista ganhou sete, de 34% para 41%.

No Nordeste, única região em que Haddad lidera, o petista subiu três pontos e chegou a 66%, enquanto Bolsonaro caiu de 37% para 34%.

No segmento mais jovem da população, de 16 a 24 anos, Haddad está agora com 52%, ante 48% do adversário. Há uma semana, Bolsonaro vencia por 55% a 45%. Em todas as demais faixas etárias, o candidato do PSL vence de forma folgada. 

A divisão do eleitorado por faixas de renda mostra que Haddad ficaria à frente entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos (56% a 44%). Nas demais faixas, Bolsonaro venceria em todas, sempre com taxas superiores a 60%.

Bolsonaro segue à frente entre os mais escolarizados, embora sua vantagem no segmento com curso superior tenha caído de 30 para 22 pontos porcentuais (61% a 39%). No grupo que fez apenas o ensino fundamental, Haddad abriu oito pontos de folga (54% a 46%).

O Datafolha procurou avaliar o grau de certeza no voto em cada um dos candidatos. Entre os bolsonaristas, 94% afirmam que sua escolha é definitiva. Dos eleitores de Haddad, 91% não admitem a possibilidade de mudar de ideia.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05743/2018 e foi contratada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela Rede Globo. Foram ouvidas 9.173 pessoas em 341 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95% – isso significa que há 95% de chance de os resultados representarem a realidade, considerada a margem de erro