Cotidiano

Presidentes de partidos de centro e direita saem em defesa do sistema eleitoral





Sistema brasileiro é 'moderno, célere, seguro e auditável', diz texto. Alguns integram a base do governo no Congresso

Presidentes de oito partidos divulgaram uma nota conjunta em que afirmam possuir "total confiança no sistema eleitoral brasileiro", caracterizado por eles como "moderno, célere, seguro e auditável". 

O posicionamento é assinado por ACM Neto (Democratas), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PDSB), Eduardo Ribeiro (Novo), José Luís Penna (PV), Luciano Bivar (PSL), Paulinho da Força (Solidariedade) e Roberto Freire (Cidadania) e vem após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltar a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seu presidente, o ministro Luís Roberto Barroso, em relação à realização das eleições de 2022. 

"A Democracia é uma das mais importantes conquistas do povo brasileiro, uma conquista inegociável. Nenhuma forma de ameaça à Democracia pode ou deve ser tolerada", escrevem. "Nas últimas três décadas, assistimos a muitos embates políticos, tivemos a sempre salutar alternância de Poder, soubemos conviver com as diferenças e exercer com civilidade e responsabilidade o sagrado direito do voto", acrescentam. 

Vista do prédio do Congresso Nacional em Brasília 25/05/2017 Vista do prédio do Congresso Nacional em Brasília 25/05/2017Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

"Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável. São as eleições que garantem a cada cidadão brasileiro o direito de escolher livremente seus representantes e gestores. Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto. Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição", conclui o texto.

Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro voltou a citar suspeitas de fraudes nas últimas eleições realizadas no país e lançou ataques contra o ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

Na manhã deste sábado, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que as instituições brasileiras "são fortalezas que não se abalarão com declarações públicas e oportunismo". 

“Tenhamos todos, como membros dos poderes republicanos, responsabilidade e serenidade para não causar mais dor e sofrimento aos brasileiros”, pediu Lira. "Deixemos que o eleitor tenha emprego e vacina, que deixe o seu veredito em outubro de 2022 quando encontrará com a urna; essa sim, a grande e única juíza de qualquer disputa política", escreveu.

Na noite da sexta-feira, o presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (DEM-MG) pronunciou-se em coletiva na Casa e afirmou que as eleições são "inegociáveis", apesar de não ter direcionado as críticas nominalmente a Bolsonaro. 

TSE também emitiu posicionamento afirmando que "a realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposto do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade", concluiu a nota.

Fonte: CNN Brasil