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Presidente: Jair Bolsonaro e Fernando Haddad vão disputar segundo turno





 

Candidatos de PSL e PT foram os mais votados neste domingo (7). Segundo turno está marcado para o próximo dia 28 e definirá quem governará o país de 2019 a 2022.

G1 Nacional

Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) decidirão no segundo turno quem será o presidente do Brasil pelos próximos quatro anos, segundo os dados de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados na noite deste domingo (7). Eles disputam a Presidência pela primeira vez.

Com quase todas as urnas apuradas, Bolsonaro tinha quase 50 milhões de votos, e Haddad superava os 30 milhões. O terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), somava pouco mais de 13 milhões.

Esta é a oitava eleição presidencial por meio do voto direto desde a redemocratização, no fim da década de 1980. O vencedor governará o Brasil de 1º de janeiro 2019 a 31 de dezembro de 2022.

O resultado do primeiro turno quebrou a polarização entre PT e PSDB na eleição presidencial. Nas últimas seis eleições, os dois primeiros colocados foram dos dois partidos, com duas vitórias do PSDB (1994 e 1998) e quatro do PT (2002, 2006, 2010 e 2014).

A campanha

A campanha eleitoral teve início em agosto com 13 candidatos à Presidência da República, o maior número de concorrentes desde 1989, quando houve 22 postulantes.

A corrida ao Planalto deste ano foi marcada por dois fatos que podem ter influenciado até mesmo o desempenho de outras candidaturas:

O registro de candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva foi rejeitado; o PT substituiu o ex-presidente por Fernando Haddad;

Bolsonaro levou uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) e ficou 23 dias internado.

Haddad candidato

O PT confirmou em 11 de setembro o acordo costurado nos bastidores pelo próprio ex-presidente Lula: elevar Fernando Haddad, vice na chapa, à condição de presidenciável. A deputada estadual Manuela D’Ávila (RS) assumiu a vaga de vice, na aliança com o PCdoB.

Nas palavras de Haddad, que percorria o país como vice, Lula lhe conferiu a missão de assumir a candidatura com o slogan "O Brasil feliz de novo", com a promessa ao eleitor de trazer de volta o "Brasil de Lula".

Facada em Bolsonaro

Deputado federal desde 1991, Bolsonaro filiou-se ao PSL em marçopara disputar a primeira eleição presidencial. Em 6 de setembro, foi vítima de uma facada no abdômen durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

O candidato do PSL passou por cirurgias e ficou 23 dias internado. Em razão do atentado, Bolsonaro concentrou a campanha nas redes sociais, com a publicação de mensagens por escrito e de vídeos.

Sem fazer campanha nas ruas, manteve o primeiro lugar nas pesquisas – liderou desde o início nos cenários sem o ex-presidente Lula – mesmo sem um espectro grande de alianças e com pouco tempo na propaganda eleitoral gratuita de TV. A popularidade de Bolsonaro cresceu à base de um discurso anti-PT e antiesquerda.