Vice-presidente da CPI da Covid afirmou que encaminhará notícia-crime na 2ª feira (30.jun)
Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é vice-presidente da CPI da covid-19 Sérgio Lima/Poder360 - 5.mai.2021
26.jun.2021 (sábado) - 18h10
O vice-presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou neste sábado (26.jun.2021) que encaminhará notícia-crime à PGR (Procuradoria Geral da República) contra o presidente Jair Bolsonaro pelo crime de prevaricação. Deve enviar na 2ª feira (30.jun).
Em vídeo, o senador declarou que o presidente Jair Bolsonaro não tomou providências quando soube das possíveis de irregularidades envolvendo a compra da Covaxin. Em março, o deputado Luis Miranda e seu irmão, servidor do Ministério da Saúde, apresentaram ao presidente suspeitas envolvendo as negociações do imunizante e relataram a existência de pressões internas no Ministério para que o vacina fosse adquirida.
“Mesmo comunicado, o presidente da República não toma nenhuma providência, não instaura inquérito, não pede investigação, nada. Diante desse grave acontecimento, estarei representando na 2ª feira à Procuradoria Geral da República para dar notícia de crime de prevaricação cometido pelo senhor presidente da República”, declarou em vídeo divulgado por sua assessoria.
“Este crime até aqui é o mínimo a ser apurado. Eu tenho certeza que a Comissão Parlamentar de Inquérito apurará muito mais além disso”, disse.
Randolfe também citou o fato de Luis Miranda ter relatado que Bolsonaro suspeitou do envolvimento de Ricardo Barros, atual líder do Governo na Câmara dos Deputados, quando soube das suspeitas de irregularidades. O deputado foi ministro da Saúde de 2016 a 2018.
“Estamos diante do seguinte fato: um servidor público concursado e seu irmão deputado federal levam ao presidente da República a notícia de que tem um crime de corrupção em curso. O presidente da República informa que tem conhecimento do autor e que se trata do seu líder na Câmara dos Deputados”, citou Randolfe.
Barros respondeu em seu Twitter que não participou de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas indianas e disse que estar a disposição para esclarecimentos.
Fonte: Poder360