Cotidiano

Duas doses da Pfizer ou AstraZeneca protegem contra hospitalização por variante Delta





Receber duas doses das vacinas Pfizer/BioNTech ou AstraZeneca/Oxford protege efetivamente de uma hospitalização por causa da variante Delta do coronavírus, identificada inicialmente na Índia, afirma um estudo das autoridades de saúde da Inglaterra.

Segundo essa pesquisa da Public Health England (PHE), receber duas doses da Pfizer/BioNTech protege 96% contra as hospitalizações derivadas da variante Delta, enquanto Oxford/AstraZeneca oferece uma eficácia de 92%.  

São "resultados comparáveis à eficácia da vacina na prevenção da hospitalização relacionada com a variante Alfa", surgida em dezembro na Inglaterra.  

De 12 de abril a 4 de junho, o estudo analisou os casos de 14.019 pessoas que contraíram essa variante, das quais 166 foram hospitalizadas. 

Isso "prova como é crucial se vacinar pela segunda vez", afirmou o ministro da Saúde, Matt Hancock, parabenizando que o programa de vacinação britânico "já salvou milhares de vidas".  

Mary Ramsay, responsável de vacinação do PHE, ressaltou também como é "absolutamente fundamental receber as duas doses o mais rápido possível para obter a proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes". 

A variante Delta, 60% mais contagiosa que a Alfa, é agora dominante no Reino Unido, país mais castigado da Europa pela pandemia, com quase 128.000 mortes. 

Diante dessa situação, o primeiro-ministro Boris Johnson deve anunciar nesta segunda-feira um adiamento da última fase do desconfinamento, inicialmente prevista para 21 de junho. 

Devido ao recente aumento do número de casos, em torno dos 7.000 por dia, atrasar o levantamento total das restrições, prolongando entre outras coisas o trabalho remoto, permitiria completar de vacinar mais britânicos para protegê-los de sintomas graves, da hospitalização e da morte. 

Mais de 41,5 milhões de pessoas, ou seja, quase 79% da população adulta do Reino Unido, já receberam ao menos uma primeira dose. Deles, 29,8 milhões de pessoas - 56,6% dos adultos - já receberam as duas doses necessárias.

 

Fonte: Diario de Pernambuco