Economia

Dólar fecha em queda de 0,61% e chega a R$ 5,551





O dólar manteve a tendência e tem sua quinta queda consecutiva. A moeda americana caiu hoje 0,61% ante ao real, cotado a R$ 5,551. Analistas do mercado destacam o viés externo de enfraquecimento da divisa e o clima de incerteza do cenário doméstico como os principais fatores.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

O que influenciou o dólar nesta segunda-feira

O dólar foi influenciado pelo viés externo de enfraquecimento da divisa norte-americana, enquanto no plano doméstico as atenções seguiam voltadas para o desfecho do Orçamento, que deve ocorrer no máximo até quinta.

De forma geral, investidores globais seguiam repercutindo a percepção de que o banco central dos Estados Unidos manterá estímulos por tempo indeterminado, enquanto a retomada econômica no mundo ampliava a demanda por ativos mais arriscados, caso das moedas emergentes - grupo do qual o real faz parte.

Do lado doméstico o clima de incerteza se mantinha. A novela envolvendo o Orçamento de 2021 - considerado inexequível na forma como aprovado pelo Congresso, com subestimativa de despesas obrigatórias - dominava o foco dos mercados, que ficavam à espera de uma resolução.

"Devemos ter uma solução para o Orçamento essa semana", disse em post no Twitter Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter. "Além do esperado acordo, o controle da pandemia e reabertura da economia devem melhorar as perspectivas para o resultado fiscal", acrescentou, mas ressaltou que essas previsões dizem respeito apenas ao curto prazo, uma vez que o país pode voltar a apresentar riscos às contas públicas este ano e em 2022.

Thiago Andrade, sócio da Athena-BGA Investimentos, disse à Reuters que a "pressão (sobre o real) pelo risco fiscal vai continuar".

"Não acho que vamos ter um real mais valorizado por um bom tempo, a não ser que fatores internacionais afetem o mercado doméstico."

Andrade chamou atenção para dados mostrando que a atividade econômica brasileira registrou o nível mais forte de expansão em sete meses em fevereiro, no décimo mês seguido de crescimento, segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).

Fonte: UOL com informações da Reuters